quinta-feira, 11 de abril de 2013

Céu...



Os olhos enchem-se de lágrimas
Os passos que dei sofrem de uma solidão ilusória
Procuro-me
Mergulho no mais profundo de mim
Perdida pelo desconhecimento cruel do meu aconchego
Armazeno prometidas memórias
Passeio nelas e vigio os momentos em que me perco
Sento-me no meio de mim
Dividida
Repartida
Passo por cima de mim a chorar
Porque solto tanta tristeza recalcada?
Porque me refugio no que conheço?
Porque me desobedeço?
Porque transporto luz e sou a luz da minha alma?
Mereço que a escolha
Sou a sua fonte reprodutora de mim
Adormeço e reconheço que o medo me desvia
Leva-me para o buraco mais escuro que noutros tempos mergulhei
Ando cega por te encontrar
Por te sentir Essência pura e feliz
Alma recatada e brilhante que em mim habitas
Quando hesitas preciso do teu abraço para me reconfortar
Preciso do teu peito para chorar
Preciso de ti para me sentir em casa
Lá bem em cima onde o azul me cobre e protege
Preciso de voltar para ti
Céu...



46... Sem tempo...

Uf!!! Consegui escrever!
Tenho tido tantos contratempos que me deixam completamente à toa.
Se tinha tempo, deixei de tê-lo. Às vezes as mudanças são radicais e completamente imprevistas, mas ao mesmo tempo inibidoras e renovadoras da alma. Tenho sentido isto mesmo.
Faço hoje 46 anos, ou melhor fiz hoje, porque já é quase dia 11 e nasci às 00:50 do dia 10 de Abril de 1967.
Foram os únicos anos até hoje, que não tive tempo para fazê-los... Por um lado até me dá jeito... Fazer 46 anos... Hum! É melhor deixar de ter tempo para os contar e esquecer este dia, para alimentar os 45 que tinha ontem.
Ai... Ai... Ai... Não é fácil fazer 46...