sábado, 31 de dezembro de 2011

Retrospectiva de vida em letras e musical... 2012 na escala maior... a escalada mais aguardada ao som de um ano melhor...

Para terminar o ano em Glória musical vou postar aqui alguns vídeos que têm mensagens lindas, que tocam esse órgão Imperador " O coração".
Caetano Veloso com Shimbalaiê... Voz maravilhosa, poema e musica divinais, fenomenais...



O meu coração é o sol pai de toda cor...
Gosto de te ver ao sol leãozinho...
De molhar minha Juba...

Arrastando o meu olhar como um íman...

Ouvi vezes sem conta esta musica, nessas noite de musica ao vivo, e quantas vezes acabei a entrar no mar... No teu mar... para poder navegar eternamente...



Às vezes no silencio eu fico imaginando nós dois...
Foste vezes sem conta o homem da minha vida, tão depressa corria para os teus braços, como te trocava por outro e me arrependia... Umas vezes temia perder-te... E hoje em dia acabei por te libertar... Onde está você agora... Porque às vezes não cuidei de ti... Porque me aborrecia... Onde está você agora?



Sonhos, sonhos são...
Um dos meus grandes sonhos é correr o Mundo de braços abertos para o Mundo...



Felicidade é estar aqui... Dizer feliz ano 2012...
Um ano em cheio, que deverá mostrar que afinal ainda existe amor, apesar de tudo o amor é o mais forte dos dinheiros imaginários... Com moedas de esperança, de dança e imaginando o quanto o amor era preciso no meio de tanta dor... Apesar de tudo o que se faz e diz... Estávamos a precisar de ser felizes...



POR FIM... Neste Inicio quase começo... Aqui fica a oração ao Tempo... Tempo, tempo, tempo és um dos Deuses mais lindos...



Tempo, tempo, tempo dá -me o teu brilho...
A tua luz...

O Doce mistério da vida... Trouxe-me aqui...
Tive um sonho como uma fotografia... (ai tanta lembrança...)
Ensinou-me a olhar para as coisas...
Ai... Meu Deus quanta alegria tenho por estar aqui... Quanta beleza há em tudo o que criaste...
Sinto-me a criança que nunca tinha sido... Sei que existem milagres... Porque os vejo e sinto em mim...
Ele dorme dentro da minha alma... Porque ele é Deus... Leva-me quando achares que mereço voltar, até lá, só me resta agradecer-te...
Estares sempre aqui... Comigo... e em mim...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mestre do Coração...

Estamos no final de um ano, que para mim teve muitas experiências, não as posso designar por boas e más, pois estaria a fazer julgamento. Além do mais tudo o que o Criador nos dá, é para a nossa evolução, devemos aceitar, têm sempre uma mensagem por trás.
Normalmente deixa-mo-nos guiar pelo matreiro ego, que tudo o que normalmente é pouco evolutivo, é o que ele mais ama. Já tenho falado e escrito bastante sobre o ego, e na verdade quando mais o estudo mais me afasto deste filtro cruel, que apenas se anima com o carrocel do desprezo, do medo e da fuga. Não o quero com grande valor, mas tenho que viver com ele.
Este ano trouxe-me uma grande alegria, uma energia de concretização, o nascimento deste meu blog. Assim como tenho uns amigos especiais, tão especiais, que a minha vida se tem enchido de luz, cada vez mais luz, aquela luz, que o meu proprio ego desconhecia, porque sempre desfazia o melhor que havia em mim. Hoje sinto-me feliz, podia estar diferente e estou, mas na verdade, a vida é uma grande mestre e deixa-nos o rasto e ilumina-o para nos levar para o caminho. O problema, se assim o podemos chamar, é nós acharmos, que o caminho é a sombra do verdadeiro, é mesmo, o outro lado, o lado de lá... Se nunca o experimentaste, como é que sabes que não é bom, porque tens medo? Porque foges dele?
Deus mostrou-me que não preciso dos olhos para ver, não preciso das pernas para andar, não preciso de ouvidos para ouvir, não preciso...
Todo o julgamento que sempre fiz e faço, já não quero, a partir de hoje vou ter que mudar de vida, de filosofia de vida, e dizer que entrego, entrego tudo lá acima, aqui em baixo, que vou caminhando passo a passo... Vou, vou sim...
Tenho que afastar determinados conceitos religiosos que já não fazem parte da minha vida interior...
Acredito em Deus, Jesus, na luz e no grande Criador que arquitectou este mundo... Nos deu o Paraíso e nos mostrou que apesar de existir o paraíso também existe o não paraíso, e qual a nossa escolha... Temos tudo e não temos nada... No espiritual não é preciso matéria. A matéria só faz parte das nossas vidas, porque é nela que encarnamos e é com ela que evoluímos, ou seja, ela está aqui, mas estar ou não estar, não vai mudar o meu interior, não precisa de nada para se alimentar... Porque a grande grandeza está lá em cima e na grande dádiva que Deus nos deu em palavra, órgão e sentimento, que é o coração...
A via do coração...
Mestre do coração, protege-me e ajuda-me a seguir a via... Mesmo sem vê-la, sem senti-la, sem conseguir andar, tu sabes que nada disto é preciso... Só é preciso... aceitar, aceitar, aceitar que é para mim...

(O resto que me incutiram já não faz parte de mim, entrego-te o meu amor, mas simbolicamente, porque o amor sente-se, o amor é amar o que sou, e ser o que sou, já é o bastante para me sentir ser... Amar e viver, e agradecer por esta dádiva da experiência da vida, e de poder vir para limpar o que há para limpar, por tudo isto agradeço a todos os que se cruzam na minha vida, a todo o povo do céu, a Deus, a Jesus e principalmente a ti, Amor Incondicional (AI)...)



Dúvidas existenciais fazem parte do percurso... Foi graças a muitas destas dúvidas, que hoje me sinto mais viver, sem arrependimento, sem tanta coisa que depositei no passado, um passado tão próximo e tão longínquo, que sem elas não estaria aqui...



A seguir uma musica de 1966, nasci em 1967, o que significa que o ano de 1966 foi muito importante para a minha vida... Estou aqui a aceitar algo, a que sempre neguei, a que sempre fugi... O meu coração não é de papel... Não é não, até que me dava jeito, mas não é não...
A unica coisa que posso dizer, é que ele mora no meu peito, que neste momento já conhece a leveza, o mesmo quer dizer:
- Sinto meu peito tão leve!
Sim estou admirada, porque sabem o que é chumbo, era assim que eu o sentia, e mais grave ainda, achava isso normal, pois hoje graças a um grupo de amigos, sei que o peito é leve também, tudo depende de como vibro, tudo depende da veracidade desse céu que habita em mim, ou melhor habitei nele e adoro visitá-lo...
(Desculpem, pensam que enlouqueci? Não, não enlouqueci, porque sempre fui assim, mas sabem uma coisa? Sabem? não devem saber! Sinto-me tão feliz, por ser louca assim, e ainda bem que há outros loucos como eu... Será? Sei lá, pelo menos digo isto, para não me sentir sózinha...)



Com tanta loucura bloqueada, soltei-a, descobri que a minha criança interior é mais louca que todas as loucuras que alguma vez sonhei... A minha essência é demais!!! Outra louca divertida, que nunca mais vai ter tempo a perder...

sábado, 24 de dezembro de 2011

We can Fly...

Afinal depois de vos desejar boas festas, senti uma vontade incrível de escrever...
Estive a ler o Blog da Helena e do Rui, e senti uma paz enorme.
O cantinho deles "Diário de sonho" é lindo, calmo e conta a historia da concretização de um sonho, chamado Harmony. Confesso que sou fã do blog deles e deu-me uma vontade incrivel de voar, pelo céu adentro, abrir as minhas asas inexistentes, oleá-las para abrirem sem hesitação e se entregarem ao céu...
Como numa meditação, sem medo e sem ego... Ir por esse universo fora e soltar as máscaras que alimentei por conforto.
Estava a sentir que talvez não escrevesse por conforto...
Para não abrir os braços e puxar um pouco pelo meu interior...
Trabalhar o interior tem-me cansado, mas ao mesmo tempo tem sido a maior dádiva...
Que fácil é dizer: "Estou cansada". Ultimamente esta frase faz parte incondicional do meu dia a dia.
Estranho mas real.
Tenho que modificar este padrão... Sem dúvidas que tenho...
Depois de voar pelo blog da Helena e do Rui, imaginem fui passear pelo blog da Olinda Cris, que realmente é outro cantinho onde costumo passear, um blog também muito bonito e com umas histórias de vida tão bonitas, que ao transmiti-las me alegram e me ajudam a ultrapassar momentos de grande importância, quando na verdade não têm importância nenhuma, são apenas momentos como os outros.
Tenho aprendido tanto com eles, que tenho que agradecer esta dádiva tão imensa...
Tinha colocado de lado a hipotese de voltar a escrever e desde Março, depois de uma aula da Helena, a minha vida libertou-se e transformou-se... O ano de 2011 foi tão importante para a minha vida, um ano cheio de ouro, de luz e de esperança, porque na verdade os conheci melhor...
E não só... Outros amigos ganhei...
Por isso não sei porque me sinto cansada, porque arranjo desculpas por tudo e por nada, se de facto tenho tantas ajudas...
Às vezes sentia uma tristeza imensa, porque achava que nunca ninguém me iria compreender, porque era estranha, a solidão apoderava-se cada vez mais, e nem tinha percebido que esse lado era o outro lado, que se agarrava e me puxava para aquele pensamento circular, mas na verdade conheço isso, mas não sou isso. Não sou mesmo...
Por tudo o que o Universo me tem dado, quero agradecer mais uma vez lá acima, cá a baixo, por tudo o que tenho tido e recebido...
Obrigada a todos os que contribuíram para me sentir "normal" aqui...
E agora vou ter com a minha família passar o Natal, e levo-vos no meu coração...

Boas Festas...

A todos os que visitam o meu Blog, desejo Boas Festas...
Não tenho conseguido vir aqui escrever... Arrastam-se as horas e os dias... Quem sabe o 2012 seja diferente... Assim espero... Talvez seja psicológico, e o cansaço seja por causa do final do ano se aproximar a momentos vistos...
Sou tão feliz por vos ter... E mais feliz por poder publicar neste meu canto de mim...

Feliz Natal...
Prospero Ano Novo 2012...

Desta vossa Amiga

Lurdes Jóia

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rendo-me!!!

Ausentei-me do meu blog por uma questão de cansaço, às vezes a nossa essência precisa descansar.
Nem sequer sabia que a essência descansa, descansa mesmo...
Que remédio!
Tive que me render.
Uma rendição tão grande, que eu nem sei bem lidar com isto. Não sei mesmo.
Este é o Mundo do desconhecido para este meu ser, que possuía uma força inabalável...
Abalou-se de tal forma, que hoje arrasto os dedos, arrasto-me para chegar aqui...
Algum dia tinha mesmo que ser... Foi agora, é agora e será até ser...

Boas Festas!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

100 pontuação...

Sempre me apeteceu escrever sem pontuação, livremente, sem regras...
Cada leitor que lê um texto, deve lê-lo livremente também, sem entraves, sem barreiras.
Que direito tenho de "obrigar" a parar naquele ponto final, o que para mim tem um fim, para outra pessoa pode não ter.
As regras são necessárias em determinada fase da nossa vida, mas só numa determinada fase...
Crescemos
Maturamos
Libertamo-nos
Desde muito pequena e assim que comecei a escrever, sempre pensei: Porquê a pontuação?
Escrevi tantos textos sem um único sinal.
Texto corrido...
Lindo...
Apercebi-me que parava em algumas frases...
Relia o texto e as paragens já eram outras...
Quando viajamos repetidamente, para o mesmo lugar, paramos em zonas diferentes para conhecer melhor.
As palavras constroem estradas, caminhos, ruelas, que nunca são percorridas da mesma forma...
Às vezes vamos descalços...
Outras calçados...
Outras voando por aí...
Ao ritmo embalado e mágico das palavras...
Sem pontos nem virgulas... Vamos por aí...

13/12/2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sopro nu...

Sopra dentro do mundo
Uma intensidade sem ilusão
Um mundo cheio de paz e coração...
Segue-se a brisa que penetra em cada vaso do meu corpo
Dispo-me de tudo...
Vergo-me perante tudo
Caio e sinto-me desmaiar
Como se uma luz me fundisse
E me deixasse caída no chão...
Rolam pérolas por de baixo dos meus olhos
Saltitam as pálpebras
Mergulho no meu Eu mais profundo
Atenta ao acaso...
Atenta ao deixar ficar e não olhar...
Senti o Novo Sopro renascer...
Soprou de dentro de mim e lá de cima o teu nome...
Que bom que é estar assim...
Nua
Fria e ao mesmo tempo sentir-te aqui...

11/12/2011
17h30m

A felicidade...

A felicidade vive agora dentro de mim
Sinto-me chorar de alegria
Algo mexeu comigo...
Me abraçou e me levou para os teus braços
E sinto-me envolver por umas mãos quentes
Que me aconchegam e me protegem
Desde que nasci...
Quando o mundo parecia acabar
Dava por mim a chorar
Tentando fugir de mim...
Ao fundo
Bem no fundo do que via
Estavas tu "luz divina"...
Jesus...
A maior felicidade é poder ver-te
E abraçar-te hoje
Para o resto da minha vida...
Gritar bem alto:
Sinto-me verdadeiramente feliz...
Sou fruto dessa felicidade
Que a minha criança criou...
Nunca a tinha experimentado...
Sem um acaso
Renasci
Abri o coração e voltei para ti.

11/12/2011
17h 05m


domingo, 27 de novembro de 2011

Uma mulher no fado...

Uma mulher no fado
É teu cantar
Triste sem ninguém
Ouvi-te assim
Como uma luz que treme
As palavras que se soltam de ti
O fado foi teu cantar
A tristeza te consolou
Fiquei tremendo
Como a tua voz
Cantei o fado dentro de mim
Uma mulher foi teu sonhar
Um fadista assim cantou
Cantaste bem
Foi mau sinal
Porque a tua alma chorou
Chora guitarra
Comigo aqui
Dá-me o teu vibrar
Teme o meu chorar
Que está em ti...

Lisboa, 02 Dezembro 1990 (o2h28m)

Escrevi este poema, dediquei-o nessa altura a um amigo muito especial...
Andávamos por aí, por essas ruas ouvindo e cantando o fado...
Ele dedicava-me vezes sem conta um fado cantado pelo Gonçalo da Câmara Pereira "Guitarra triste". E nessa altura escrevi este pequeno texto... Deixo aqui... Não cantado pelo Gonçalo, mas pela Kátia Guerreiro...

Fado... Ao poeta perguntei...

Ao fado Património Cultural Imaterial da Humanidade...

Desde pequenina que ouvia este fado da Amália Rodrigues... Sempre gostei de poesia e fado...
Sempre... Quando somos crianças, quando vibramos com uma letra, uma musica, uma voz, seja lá o que for, é porque é importante para nós... Este fado foi e é muito importante para a minha alma... Passei noites a ouvir fado, quer em casa quer ao vivo em casas de fado... O meu sonho era ser actriz, escritora, poetiza, ligada ao mundo da musica, do teatro... Passava momentos em surdina a olhar os artistas, a imaginar o quanto a sua arte era tão bela... Ia ao teatro revista, ao teatro, a tertúlias, sei lá, eu sei lá, percorri tantos lugares, tantos palácios, recantos e mais recantos por inventar... Um dia vou ser escritora, acreditem que vou... Imaginava esta frase dentro de mim, e ainda hoje fantasio pequenos contos, pequenos momentos, pequenos versos que não passam de palavras juntas, que a minha alma ama e amou... E isso já é tão bom... Maravilhoso... O meu coração pulsa com a vibração que inventa, que alimenta neste mundo de fantasia.
Um dia é mais um dia... Um dia vou ser o que for... Um dia eu vou...

A letra do fado que se segue tem tudo a ver comigo, e não me perguntem porquê... Só sei que tem... São coisas que me acontecem...

Que engraçado, ouvia este fado com apenas quatro anos de idade, e sempre o adorei...
Desde os meus quatro anos que adoro este fado...
Uma criança de quatro anos... Repito várias vezes, porque só hoje reparei nisso, aliás agora mesmo...

sábado, 26 de novembro de 2011

Voa... 272... Luz.

Quando recebes uma mensagem que te diz:

"Voa para lá do branco, para lá das estrelas, para lá das constelações - para lá do infinito imaginário.
Voa para lá do que o teu corpo pode suportar.
Aceita desprender, aceita prescindir.
Voa para lá do branco, passa o portal da luz.
Vem ter comigo.
Dá-me o teu coração, dá-me a tua capacidade de amar, dá-me a tua força.
Volta para casa e eu vou transformar-te num anjo, vou transformar-te num ser de luz, vou transformar-te num Avatar.
E depois, quando regressares à terra, nunca mais nada vai ser igual, porque encheste a Terra de céu. Encheste a terra de mim."
Jesus (mensagem 272 - In Livro da Luz de Alexandra Solnado)

Acontece-te receberes esta mensagem exactamente quando sentes a mudança. A mudança causada por uma escolha que foi culminada pelo desespero, medo, por tudo... Eis que de repente no meio de ninguém, mas repleta de memorias de tanta gente, te revês, e voltas a rever, e percebes que aquilo que viveste não eras tu... Não eras mesmo... Escolhias para fugir da dor, para fugir de ti, para fugir daquela criança que um dia foste.
Só de pensar que tinhas que abraçá-la sentias medo, talvez do desconhecido, porque nunca olhaste para ela, nunca mesmo.
Hoje quando a olho bem nos olhos, abraço-a, sinto-a, amo-a, e ela faz parte de mim, porque é a ela que devo abraçar quando me sinto mais triste, quando parece que nada existe, é a ela que devo perdoar e dizer que estou aqui para a estimar, compreender, perceber. Faz parte da existência material, de um corpo que a bloqueou, de uma alma que sempre a amou, mas fugiu disso.
Quando te pedi uma mensagem para mim hoje, mostraste-me a 273... ia para além da ultima que é a 272... Intuí... Por isso deixo aqui um pedaço de doçura, de beleza, porque foi nestes dias que percebi, que afinal a minha escolha é a luz... Entrego-te o meu coração, entrego-te a minha capacidade de amar (que só agora descobri que a tenho), entrego-te a minha força, porque preciso prescindir dela, porque foi a ela que me agarrei e desprezei tudo o que a vida tinha para mim, até há bem pouco tempo. Sinto-me a consolidar um compromisso. Registei-o nos céus, no meu coração... Hoje quando caminho vejo que estás aqui, que a terra onde respiro, tem sempre tudo de ti... Vou voar para lá do branco... Porque sempre temi vê-lo e agora que o conheci, é para lá que quero ir, é para lá que abro estas asas enferrujadas pelo passar dos séculos, pelo temor do tempo, e vou VOAR.

26/11/2011

O Mundo da criança... O Mundo da criança que eu não fui e que agora reencontrei...




Agora voa coração... Estás apto para voar e chegar...

domingo, 20 de novembro de 2011

Um pouco de céu... (Dedicado aos meus amigos especiais... )

Existem momentos únicos nas nossas vidas!
Recebo sinais e mais sinais, para te entregar tudo!
Quando menos pensamos somos arrastados...
Para o centro do coração...
Parece que se sente um chamamento...
Um caos turbulento...
Abrem-se os braços e voamos para um recanto
Que nem sequer conhecemos
Somos almas que caminham em tempos iguais
Em momentos luminosos
A vida deixa de nos seguir no ego
Deixa-nos ser o que somos
E o que somos e onde vamos não sabemos
Quando damos por nós estamos onde nos entregamos...
Uma prateleira cheia de Luz...
Mais luz...
Muito mais luz...
Reconhecemo-nos na luz e aí vamos...
Limpeza após limpeza mais nos encontramos...
Com um pouco de céu...

(Este texto tem a ver com um sincronismo, tão forte, que realmente hoje me aconteceu... De repente, muito de repente, na fnac em frente de uma prateleira de livros especiais, encontro um amigo especial, que me ajuda em compras especiais, e leva um cd para uma pessoa muito especial... Na prateleira estavam os livros de um projecto também muito especial, para nós e para a pessoa que iria ser contemplada com esse cd... Obrigada por tantos sinais...)
20/11/2011

I Want to Break Free

Sinto-me livre... que bom! Há cerca de uma semana, sentia umas amarras invisíveis que me prendiam, consumiam, deixavam-me rastejar, e cada dia que passava o rastejar era mais lento... Até onde chegaria? não sei. Celestialmente falando, celestialmente projectando, e celestialmente chegando ao mais baixo de mim... Aqui estou ajudada, claro... Mas ergo-me ao mundo, corro para os seus braços e sinto-me subir...
Sinto-me livre... Só me apetece chorar... Agradecer aos céus por me trazerem de volta à vida... Que a pouco e pouco se esbatia como uma tela sem cor. Há coisas em que não acredito mas sinto-as por isso, deitei fora o orgulho e entreguei-me... Se me perguntarem hoje o que sinto? Além de livre... FELIZ...
20/11/2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Prelúdio ansioso...

Anseio ser barco
Veleiro aventureiro
Ao cimo do meu mar
Onde mora a emoção
Revolto-me com o que não vi
Com o que não senti
Porque me habituei a revoltar
São vícios que se constroem
Talvez já nasçam assim
É difícil
Tão difícil largá-los
São como pequenos sinais
Que se apegam
Às vezes apetece-me perdê-los
Não senti-los
É isso mesmo que tenho de fazer
Vou recostar-me num pequeno sofá
Onde contemplo a lua
Onde amadureço a censura
De ainda estar aqui
Fecho os olhos
Não sei se medito
Não sei o que faço
Só sei que um novo mundo se abre
Apresento-me à vida de braços abertos
Ajoelho-me num chão agreste
Não há nada que reste
A não ser a sensação
Do ouvir e sentir
Bem dentro de mim
Sinto uma chaga no peito
Sinto que esse queimar é transformador
Abro os olhos
Reparo finalmente que por uns instantes
Acalmei o meu interior
Apaguei a dor que ali morava
Se abastava na ilusão
Criada pelo medo de te perder...

14/11/2011

domingo, 13 de novembro de 2011

D. quixote foi-se embora...

Coloquei aqui no meu cantinho... D. quixote foi-se embora, do Jorge Palma... Que tanto me diz, que tanto me toca e toca em mim...


"...Acende mais um cigarro, irmão
Inventa alguma paz interior
Esconde essas sombras no teu olhar
Tenta mexer-te com mais vigor
Abre o teu saco de recordações
E guarda só o essencial
O mundo nunca deixou de mudar
Mas lá no fundo é sempre igual

E agora, que a lua escureceu
E a guitarra se partiu
D. quixote foi-se embora
Com o amigo que a tudo assistiu
As cores do teu arco-íris
Estão todas a desbotar
E o que te parecia uma bela sinfonia
É só mais uma banda a passar

A chuva encharcou-te os sapatos
E não sabes p'ra onde vais
Tu desprezavas uma simples fatia
E o bolo inteiro era grande demais
Agarras-te a mais uma cerveja
Vazia como um fim de verão
Perdeste a direcção de casa
Com a tua sede de perfeição

Tens um peso enorme nos ombros
Os braços que pareciam voar
Tu continuas a falar de amor
Mas qualquer coisa deixou de vibrar
Os teus sonhos de infância já foram
Velas brancas ao longo do rio
Hoje não passam de farrapos
Feitos de medo, solidão e frio..."

Jorge Palma

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ainda existem flores no meu jardim interior!

Chorei!
Contraí a ilusão
Expandi o peito
Representei um papel
A fortaleza de um ser frágil
As lágrimas que se desprendiam
Derramavam acidez
Ardia...
Ao mesmo tempo fugia...
Ao mesmo tempo
O paraíso
crescia em certas partes de mim
Acabei por pôr um fim
à hipocrisia...

09/11/2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Projecto de luz... Ao projecto que me projectou para ti...

Tenho a certeza de que hoje me sinto renascer.
Quando hesitava qual o caminho a seguir, quando estimulava a indecisão, dei por mim a percorrer um carreiro de escolha.
Escolho uma insegurança, corro atrás disso, nessa corrida deparei-me com a certeza de que quero estar onde estou, de que sou o que sou, e devo sê-lo sem julgamento.
Que importa quando nasci, que me importa o que perdi, se de facto hoje estou aqui a dizer que escolhi, ser quem sou, ser o que vim aqui fazer... Ter a esperança da mudança, ou melhor do crescimento... Deparei-me a usar a palavra querer... Hoje utilizei-a internamente para consolidar a energia que trabalho e que acredito incondicionalmente. Mais uma vez tinha feito um julgamento severo, do que achava que não conseguiria ver.
Vejo, vi, sinto e senti... que na verdade vivo aqui alimentando-me de uma energia altíssima, de uma energia lá de cima, sei onde a trabalho, onde a reencontro e por isso estou feliz por estar aqui.
Projectando-me no projecto em que acredito, no projecto em que sinto a alquimia em mim. Por mais que me aliciem, por mais que me incentivem, sei onde pertenço mesmo passando pela dor, chorando-a e tentando libertá-la, mesmo que não o consiga fazer por agora, sei que um dia vou acreditar, que serei capaz... Mesmo que não o consiga entregar agora, hei-de conseguir subir cada vez mais.
Observar a tua luz... A vossa luz... E pensar que um dia acreditei na não existência da luz... Esse dia foi uma mera ilusão, porque senti a luz, senti-a e no projecto mais profundo do meu coração.

08/11/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Claustro dos Jerónimos (2) - Portal a ocidente


(Lenda) Escudo das armas de Portugal partido


Reza a lenda que no meio do arco que fica sobre o portal voltado para ocidente, vê-se um escudo das armas de Portugal, e que sendo uma pedra inteiriça se partiu ao meio, como se pode ver ainda hoje. Aconteceu quando em África morreu o Senhor El Rey D. Sebastião. Quando os reis faleciam, fazia-se esta cerimónia, quebravam-se os escudos. Diz a crónica do Maximo Doutor e Príncipe dos patriarcas são Jeronymo, dedicada a D. João V por Frei Manuel Baptista de Castro, que esta perda foi tão grande , que até as pedras milagrosamente a sentiram. Esta pedra quebrou-se com um grande estrondo e assim se conserva até hoje.






domingo, 6 de novembro de 2011

Claustro dos Jerónimos (1)

Inicio aqui no meu blog algumas indicações sobre o Mosteiro dos Jerónimos. As fotos são minhas e quanto ao texto baseou-se nas explicações do António Telmo e também do grande orientador, professor, mestre... e grande amigo Carlos Vieira. Visito monumentos e mais monumentos, sempre com as suas explicações, que não são as que estão nos livros comuns... Estão em corações especiais e escritos especiais. O Carlos é um grande conhecedor destas matérias e explica muito bem. Estudou religiões comparadas na Suíça e teve outros mestres... E haveria muito mais a dizer... Mas espero que um dia seja ele a fazê-lo.




Claustro dos Jerónimos

Claustro significa o oculto, o fechado.
Toda a ornamentação interior do Claustro é do Boitaca.

Há neste claustro, dispostos a toda a volta pelo lado de dentro, vinte medalhões, que parecem decisivos para quem pretenda alcançar uma interpretação esotérica dos Descobrimentos. Combinam-se, nos seus medalhões, motivos ornamentais alusivos à vida, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo (Lados ocidental e oriental) e aos Descobrimentos (lados norte e sul).
1º Grupo (lado ocidental)
Letra X, primeira letra do nome grego de Cristo, também podemos ver neste X nada mais nada menos que a cruz de Sto André.


4º Grupo (lado sul):
O sol.

Logo inicia-se pelo claustro Ocidental e termina-se no claustro sul.
Inicia-se com o X e termina-se com o sol. O X é o ponto de partida, o sol é o ponto de chegada.Sem esta determinação, não é possível apreender o sentido do claustro. A partir dela, podemos afirmar que o claustro descreve, no seu movimento de ocidente para oriente, pelo norte, até acabar no sul, momentos e aspectos da "iniciação " da Arte Régia. Estamos perante a própria iniciação do navegador Nicolau Coelho.

Continua no Claustro dos Jerónimos (2), que pouco e pouco irei publicando...

sábado, 5 de novembro de 2011

No céu...


Hoje pela manhã quando ía trabalhar, deparei-me ao sair do metro com este maravilhoso arco-íris. Queria fotografar, e não tinha a minha máquina, de repente lembrei-me do telemovel...
Hesitando, e ao mesmo tempo querendo ficar com a lembrança deste momento, disparei sem fé nenhuma... Mas na verdade ao ver esta fotografia, fiquei irradiando luz de dentro de mim, porque voltei a sentir a energia que o meu coração transbordou com este momento...
Uma fotografia do Céu... Ainda há dias escalei por um assim... Tive a ajuda de uma mão, que tem a mesma energia que este momento em que o vi...

05/11/2011

domingo, 30 de outubro de 2011

A meio da noite...

Vou por aí noite fora
Sem época sem idade
Percorro caminhos desconhecidos
Andando na incerteza do ser
Amando a natureza que me trouxe
Que me criou e me deixou ao abandono da vida
Navego por rios desconhecidos
Por sonhos perdidos
Essências por vencer
Ando perdida de tudo e perdida de ti
Se me deitasses a mão e me guiasses
Pelo caminho da loucura
Por livros nunca escritos
Poemas nunca lidos
Por pedaços rasgados em mim
Mesmo de mão dada com a vida
Mesmo orientando-me para continuar
Mesmo partindo ficando
Acabaria por matar
A saudade que ficou...
Essa nem o vento a levou...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

It's my life!

Que bom estar aqui a escrever!
Que bom que é partilhar!
It's my life!

Chama-se Espanca a minha boneca...


Chama-se Espanca a minha boneca.
Este é o único brinquedo que guardei de criança, nunca brinquei com ela.
Era como uma companhia para mim, a ideal, a minha melhor amiga. Tem uma particularidade, não precisa falar, porque sempre ouvi as suas respostas dentro de mim.
Não ainda não enlouqueci... Porque na verdade ainda não calhou...
Será que o medo me ajudou a manter-me sã?
Obrigada boneca por estares aqui comigo. Espelho da minha infância, de uma criança interior que preciso amar... Para voltar a ser feliz...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ser, chorar, ficar a sentir a minha essência...

Hoje apeteceu-me escrever…

Não sei bem sobre quê… Porquê?

Senti uma vontade incrível de sair de mim, para poder correr por aí… Gritar:

- Sou Livre!

Não sei de quê?

Essa liberdade sinto-a desde que me senti ser.

No entanto a cada momento, a cada passo, corria por aí, iludida que a minha vida, nunca iria continuar.

Que a vida, me temia, e eu temia-a também. Medo de viver? Talvez.

Como é que se pode viver sempre no medo, aterrorizada com o dia-a-dia, como?

Sempre vivi assim… Sempre…

Um desgaste tremendo, um medo e um agradecimento por estar aqui.

Um sentimento de não merecimento, porque me refugiava, não sei onde, mas refugiava.

Usava uma força tão forte, onde me prendia e sufocava, numa energia negra, fria, no lado mais sombrio do meu ser.

Sabia que existia a luz, sabia que via a luz, mas pura e simplesmente, não era aí que vibrava, não era aí que ficava, não era.

Só quando a dor me apertava, o medo piorava, pedia ao outro lado mais iluminado, para me vir buscar.

Não vinha, mas dava-me um sinal, que me acompanhava nas horas mais difíceis, onde os meus olhos se perdiam, e ficava cega para tudo.

Falava vezes sem conta com a natureza, estrelas, árvores, e principalmente com a noite. Desabafava sobre tudo, principalmente sobre o tal medo de estar aqui. Ficava aliviada, acho, mas não tenho a certeza.

Isso não importa por agora, não vou perder tempo, com o que ficava ou não ficava.

Vou apenas deixar aqui, o relato de uns momentos, que hoje praticamente se explicam, e ainda para mais vivencio-os, quase uma vez por semana, ou de duas em duas semanas. Só na semana passada, me apercebi, do quão forte eles eram. Abri os braços ao céu, agradeci, comovi-me, o que em mim é difícil, ou melhor era difícil, porque achava que chorar, chorar era para pessoas fracas. Um julgamento impeditivo do meu ego, para não sentir qualquer emoção, ponto automático de bloqueio. Automatismos que se geram e alimentam ao longo da vida. O ego por um lado ajudou-me a não cair no ridículo do desespero, ajudou-me a erguer nos momentos mais dificeis, a ser forte para aguentar continuar aqui, e foi assim que aqui cheguei, que aqui me sentei neste canto de mim.

Neste pequeno cantinho, onde espelho um pouco o que vai dentro de mim.

Imagino tanto, iludo-me tanto, que a cada momento preciso parar, para poder sentir, abrir o peito e olhar lá para dentro. Quantas vezes apesar de cega, sentia, bloqueava, para não ver, e digo ver porque apenas queria, e mais… Querer ver…

Posse, um tormento absoluto, tudo pequenos pedaços de nada, hoje espremo e nada, nada sai.

Talvez apenas um pequeno momento fugidio do que não quero ser.

Hoje apesar do choque interior, senti que fugi de tudo, na verdade fugi do meu eu. Tinha que ter passado por aí, para poder vivenciar, conhecer e amar a minha própria essência.


26/10/2011



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sincronismo...


Sincronismos que não se explicam, porque devemos senti-los, aceitá-los e disfrutar do que têm para dar.

Toda a tarde, sempre que tinha ocasião, comecei por ouvir Adele , de seguida senti necessidade de ouvir Áurea. Vi os vídeos no youtube, na gala, onde cantou com um vestido preto. Vi-a também cantar na rua, antes de ser conhecida, outras imagens no parque Eduardo VII. Toda a tarde sempre que aparecia um intervalo, disfrutava a sua voz. Recebi uma mensagem no telemóvel que não abri, porque estava a trabalhar. No final do dia recebi uma prenda muito bonita, do Zé Jorge,uma foto com a Áurea,que tirou propositadamente para mim. Fiquei encantada, que incrível, daí o estar com uma vontade muito forte internamente de ouvir Aurea. Quem me dera ouvi-la ao vivo e a gravar,não podia estava a trabalhar. Ela dá a voz a um trabalho que o Zé Jorge está a fazer... Não posso revelar.

Estou feliz porque o meu coração sintonizou no estúdio, o estúdio do Zé Jorge com a Áurea. Confesso que não sabia,não sabia mesmo.

A voz da áurea ecoa dentro de mim, como se entrásse nos meus meridianos e removesse toda a estase. Sinto o sangue a fluir, ir ao coração, e a espalhar-se por todo o corpo, a fazer a conexão entre o céu e a terra. Uma voz que no nível homem entoa, fazendo a ligação céu/terra.rapidamente ascende e me transcende lá para cima. Vou fazer qigong ao som da Áurea... Sentir a dormência provocada pela livre circulação de qi e sangue ao longo dos meridianos.

Entra no coração e sinto uma alegria indescritível. Aquece-me o rim, liberta-me dos medos e faz-me voar. O pulmão palpita e deixa para trás a tristeza. O fígado apazigua, deixando desvanever alguma raiva, que sentia.

Entrego-me à vida, sem me preocupar com nada, enalteço o baço e solto-me.

Coração/ baço - pâncreas/ pulmão / rim / fígado, todos em harmonia...

Que sensação!

Obrigada Zé Jorge.

Agradece por mim à Áurea.

A tua voz vibrou em mim, a quilómetros de distancia.

Trouxe-me a alegria de braços abertos.

Aqui estou!

Num rasgo de abundância, fica a esperança de te ouvir...

Em presença.

Lurdes jóia