sábado, 31 de março de 2012

Espiral di amor...


Hoje
depois de grande esforço, sinto-me a relaxar.
Sinto-me bem, mas cansada pelo esforço normal de deitar tarde e acordar cedo.
Tenho andado assim, mas feliz. E sinto esperança. muita esperança, que vai crescendo, crescendo, para se expandir cada vez mais.
Ofereceram-me esta musica, este video, dádiva celeste.
Parece que o meu coração se torna mais quentinho e mais fresquinho com esta vibração.
Hoje senti um grande amor invadir-me, como que reforçando a escolha de existir.
O céu, as estrelas, o mar estão ali naquela mala cheia de sonhos. Amo os meus pais. Agradeço tê-los aqui, para poder desfrutar do seu amor. A vida é uma caixinha de surpresas. Como estou tão sensível, muito mais do que imaginava ser. Amo viver, poder-me oferecer esta dádiva da vida, para a partilhar com o universo.
Estrelas celestiais brilham no céu
Traçado a tecido maduro
Com riscas e barcos tão belos
Com o vermelho brilhante mais puro.
Para como que saltitante
Este sangue pulsante
Que dentro de nós nos projecta e injecta
A frescura do céu
Tu és meu e eu sua tua
Mesmo que não exista chão nesta rua
Basta existires cinto (sinto) o quanto vos amo.
Mãe, pai e família, amigos e habitantes do céu. Sabem aqui estou EU.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Faz de conta...


Vou acordar...
Lavar o rosto mascarado
Deixar o mundo marado
Despertar
Fazer parte dele
Respirá-lo
Sou mais feliz fora da rigidez que me exijo
Do que fazer de conta que conto o conto
Do mais puro faz de conta
O que conta é tudo o que desejamos
Para abrir os braços e ir
Ser a loucura da liberdade
Ser um raio de luz a formar-se
Rasgando um espaço e um corpo
Que se eternaliza na prisão da sociedade
Ser o que nem sequer imagino ser
Sou limitada ao limite
Do que a criação me deixou...
Acordei
Acordada para a vida...
Acordada eternamente para Ti...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vou... com medo de voar...


Andava no
limite
De tudo e todos
Desafiava sem transparecer
O Desafio em si
Fugia de tudo e todos
O seu mais intimo desagrado violentava-a.
Amava por amar
Sem profundidade
Sem vontade de se manifestar
A razão era a sua fuga
Era o seu ego magoado
Nunca gostou de se perder
Porque temia sempre encontrar-se
Corria sozinha por ruas
Becos
Pedaços desarticulados
Que habitavam em si
Essa forma de não viver
Isolava-a do melhor de si
Qual melhor?
Nunca sequer a viu
Pensava...
Tudo o que pensava
Está a desabar...
Olho-a numa figura espelhada
De medo e alegria
Ao longe tenho vontade da repelir
Escondo-me por trás de paredes
Que já não existem
Que nunca existiram
Precisamente neste momento vou estar ali
A conversar com as palavras da alma
Talvez oiça ou não
Nunca se sabe o que nos alimenta
O que me atormenta às vezes puxa-me
Para lá onde não me identifico
Nunca tive identidade
Nunca usei a maldade
Que pensava ser...
Porquê?
Estás parada sombra da loucura
Encostada a mim para quê?
Diz-me!
Dá-me respostas!
Exijo tanto...
Tanto...
Nunca tinha sentido
Nunca tinha nada
Vivia a minha própria negação de existência...
Sem perder sinto uma dor profunda de perda
Uma tristeza que não alimento
Sinto...
Forte...
Desde o primeiro respiro
Que mora em mim
Uma memória subtil desse sofrimento
Isolada a um cantinho de mim
Muito escondido
Libertava lágrimas contidas
Uma a uma
Para não se notar
Para não as sentir
Escorriam quentes
Soprava-as para arrefecerem
Rapidamente
Não as quero mais em mim
Não mando
Escolho...
Sem convicção
estou viciada na fuga
Ressaco-a...
Volto a viver
De olhos abertos
Despertos
Amedrontados...
Vou correr por esse rio
Mergulhar...
sem saber se algum dia vou emergir de mim...
Aqui
Ali
Olho o azul do céu...
Sinto o seu calor
O seu aconchego...
Noto que perdi o medo...
Porque sei o que sou
Onde estou
Já não dá para fugir...
Sou sensível...
Abro o peito e estou a sentir... a sentir...
Sentir-te é ter a plenitude neste microcosmos
Que me ajudou a identificar com o macro do amor...
Com que me tens acolhido...
Tudo está a ser sentido...
Será?
Estás aqui
Sinto...
Fecho os olhos...
Tens a tua cabeça encostada ao meu peito...
Sinto o teu amor... Universal...
Abre-se uma espiral bem no alto de mim...
Voo...
Sem asas... Vou...
Adormecer nas tuas...
Leves
Brancas
Asas que me iluminam por saber que afinal
Tenho uma grande casa
Dentro do meu coração...
Descanso...
No balanço da tua energia...
Uma vibração tão leve...
Tão alta...
Vou...






domingo, 25 de março de 2012

Hoje o mar sou eu...

Programava os meus dias. Os meus sentimentos. Programava momentos que se abriam para a ilusão.
Sabia quando conter as lágrimas, sabia quando deitá-las. Sabia tanta coisa e não sabia quase nada.
Aprendi a entregar sem entrega. Eram frases ditas da boca para fora, com a maior facilidade e simplicidade. Sem intenção de modificar o meu padrão repetitivo de comportamento.
As lágrimas que deito custam a soltar-se. As palavras que digo são um misto do meu próprio julgamento e neste preciso momento resta-me dizer: Ruíram as minhas crenças. Ruiu um grande pedaço do que não era meu, do que vivia em mim.
Sinto-me leve, adormecida, sem nunca ter pensado que de facto era eu que me restringia, me anulava e fugia, da imensidão que o meu eu nunca acreditou.
Um pequeno pedacinho de mim, ajudou-me a permanecer e a animar a vida de luz que a minha alma escolheu ser.
Abraço sem braços, voo sem asas, porque quero acreditar que no momento certo tudo me irá ser proporcionado.
Não rasgo as folhas do meu diário, porque fazem parte dum percurso, mas guardo o momento presente no meu coração... Até quando não sei... Quem me dera que fosse até sempre...

sábado, 24 de março de 2012

Escada... Triste...


Dias em que subimos e descemos escadas...
Dias que se repetem
Escadas iguais
Que teimam em ser pisadas...
Tenho andado a caminhar sem os pés no chão
Ou se estão não os sinto.
Tenho andado a aprender pequenos retalhos de vida
Quando me acho e encontro o sonho
Depressa me sinto a adormecer e a acordar
Para nem sequer ter tempo de sonhar
Os sonhos são pequenos pedaços de alegria
Acordo e vejo o nascer do dia
Que apenas nasce em mim e para mim
Descentrei-me de tudo
Choro sem lágrimas deitar
Acabo por amar a vida
Sem saber o que é a vida sem saber o que é estar
Estou triste
Muito triste
Sabia e fui avisada que ía estar assim
Não é sinal de perda
Mas sim de crescimento
Porque limpo o que acabou por ficar
Olhei-me há pouco ao espelho
Choro mas não vejo lágrimas deitar
A minha tristeza
O meu choro
São mera ilusão.
Reparo que o espelho onde me olho
Não reflecte
Não existe
Na realidade sempre o vi ali
Desapareceu
Ou nunca ali ficou.
Vou subir um bocadinho
Tenho tanto para chorar
Tanto
O meu coração há pouco ficou despedaçado
Porque como sempre faço
Acabou por ser julgado
Vou acordar
Vou-me deitar
Porque tenho tanto para ver
Tanto para fazer crescer
O que ainda não cresceu em mim
Essência ajuda-me a ser quem és
Ajuda-me a rir
Até que eu possa chorar
E adormecer a baloiçar na tua energia.
Sinto-me triste...


sexta-feira, 23 de março de 2012

Gelo Azul... cavaleiro que não partiu...


Talvez me apetecesse permanecer ali.
Fechada no azul, não do céu, mas do interior de um cubo gigante de gelo. Ficar a gelar um pouco do que tenho que transformar. Permanecer em segredo, amando e fugindo amplamente do medo.
As lágrimas tornam-se cristais que gelam e regelam a surpresa de existir.
Tenho urgentemente que descansar, isolada e fechada de tudo o que me afasta de mim.
Apetecia-me ser galáxia, uma pequena parte de mim, adora voar por aí, sem rumo. Deixar-se brilhar num rumo incerto.
Viajar por dentro de um pequeno cubo e traçar rotas pequenas, que alargam os horizontes de quem ama, de quem voa.
Ir de espada na mão, sem guerrear, apenas segurar um pouco de que me sustem. Sinto-me dama de um cavaleiro que me abandonou, porque nunca tomou conta de nada. Nem sequer se amou. Apenas lutou por seguir o seu instinto animal, o seu instinto de defesa.
Acabou e vai acabar por amar o seu outro eu, o seu outro ser de amor e loucura. Aquele que em criança acabou por perder.
Agora vou correr por esses caminhos verdes claros, cheios de sinais gastos pelo tempo.
Vou pedir um pouco de ti, para te abraçar e ao mesmo tempo me abraçar a mim. Porque quantos cavaleiros conheci?

quinta-feira, 22 de março de 2012

My heart is... new...

Tenho estado em reflexão
Não é profunda
É prática
Reparo que ninguém quer sofrer
Até eu própria prefiro sentir-me confortável sem dor
Do que vacilar no desconhecido...
Tenho contactado com tantas aparências de vida
Ainda não percebi
Porque se insiste em repetir
Padrões do passado
Se já se revelaram restritivos
Se já manifestaram tanta tristeza
Tanta desarmonia
Entre o que se é para agradar aos outros
Entre o que se é só por ser
Se o passo mais difícil de desprendimento já foi dado
Se já se conheceu a liberdade
De se ser o que se é
Porque se vacila em regressar
Ao padrão passado
Somos masoquistas
Com consciência sabemos que iremos ficar magoados
Doentes
Bloqueados
Pergunto porquê?
Para viver uma vida que não é a nossa
Para viver a essência dos que nos rodeiam
Que nem sabem que essência é essa
Até se existe a própria essência?
Ontem tive vontade de chorar
Tive vontade de regressar ao passado
Para curar tudo o que vivi sem ser por mim
Tudo o que vivi repleta de manipulação
Com consciência de que manipulava tudo e todos...
Um dia acordei
Não tinha nada
Ninguém tinha nada
À minha volta existíamos com o corpo e a alma
Agradeço o ter perdido tudo
Agradeço o ter manipulado até ao limite
Ter-me cansado
Ter ficado no vazio
Se hoje vivo assim feliz
Com interrogações
Foi porque entre amigos e muito mais
Dei por mim a crescer
A construir de novo
Se hoje sou o que sou
Foi porque um dia Deus me acordou
Colocou-me num caminho cheio de tudo
Cheio de nada
Escolhi o do meio
Libertou-me
Cegou o meu passado
Conduziu-me para a magia
Que hoje sou
Onde caminho
Onde tudo o que me destruía e escurecia
Acaba por se cruzar e desvanecer...
Segui a essência
Estou aqui
Principalmente a ser e a escrever
O que o meu coração palpitou.



Desabafo pelo amor ao cansaço...



Estava a pensar descansar. Nada acontece por acaso como já algum tempo o afirmo.
Tenho estado em completa reformulação. Sinto-me bem, mas avaliando sempre a minha forma de vida, o como estar, se partir ou ficar.
Sinto-me subir e descer perante uma multidão de ideias e de ideais.
Tenho andado a vencer a dificuldade de ficar, permanecer na tranquilidade de sentir, sorrir e agradecer o estar a amar a vida e o que sinto em mim.
Em criança temia os desafios externos, desafiava o meu interior, na ilusão de que nunca me magoaria, ou magoaria alguém. A minha criança era recatada, calada, e sem qualquer vontade de existir.
Porque achava que estaria a perder o meu tempo, discutindo e puxando à minha essência.
Tenho estado a chorar e não é de tristeza, tenho chorado, por pensar o quanto é bom sentir o bater do coração, o amar estar aqui, ser o que sou e ver que afinal os outros também são, estão e não me isolo tanto.
Vivi isolada apesar de não parecer, sinto ás vezes uma tristeza tão grande e uma solidão. Foi uma opção de vida, teria de certo outra forma. Foi-me dado a escolher e escolhi assim. Também sinto que vou mudar. Não quero mais fingir, rir e dizer que gosto do faço, como se só isso me satisfizesse. Satisfaz uma parte de mim, e pronto... Só isso. O que já é muito. O meu ambiente de trabalho é excelente. Sou feliz... Lá isso sou. Não me gritam, não me agridem, até me elogiam bastante. E a minha alma sorri, porque faz e aceita o que lhe dizem e demonstram.
Tenho amigos excepcionais, amigos que me ajudam a continuar e a achar que afinal voltamos a reencontrar-nos novamente. Nunca traí um amigo nunca. Amigo é um conceito que é até ao fim de tudo. Adoro os meus amigos, e agradeço o poder dizer que bom que é abraçar-vos amigos.
Amei fugazmente. Amo fugazmente. Amo e algum dia voltarei a amar com maior intensidade. Vou ter que crescer um pouco mais. Voltar a idolatrar a razão de te abraçar e ansiar estar contigo. Tudo vai acontecer fluídamente. Se te pudesse dizer que és o homem da minha vida, aliás até posso dizer, mas nunca aceitarias, porque não és. És e não és. Afinal o que és? Ah! já sei livre, queres ser livre, com eu sempre quis. Mas pode-se ser livre de várias formas. Vou ficar aqui a descansar.
Hoje sinto-me muito cansada. Muito mesmo. Acho que tenho sofrido um bocadinho, mas não o digo com pesar, digo-o com amor.
Vou descansar. Estou a precisar acordar novamente repleta de ideias e cheia de força de vontade para continuar.
Tocou o telefone e não ouvi.
Bato o dente de frio.
Sinto as pernas debilitadas.
Por isso vou adormecer para ti. Para mim.
Rim.

terça-feira, 20 de março de 2012

Mastros ao vento...



Há pouco estava a pensar que felicidade sinto ao olhar para a luz do sol. Que alegria ver as ondas do mar, cheirar a maresia... Olhar para o céu e ver mastros de diferentes tamanhos e diferentes cores. Apreciar as cordas que içam e caçam velas, as cordas de várias cores. Estas cordas são expansivas, não prendem, antes pelo contrário libertam.
Cabos e mais cabos.
Tive um sonho lindo...
Sonhei que estava no mar perdida de medo, com um sentimento de tristeza, por não conseguir permanecer sózinha, num recanto de mar. Levantou-se uma ventania, ouvia mastros a chiar, não eram barcos a chorar, eram pequenos segredos de estar ali. Do céu veio uma luz, que me iluminou, me conduziu para dentro. O meu interior iluminou-se e transformou-se, apercebi-me que dentro de mim, estavam pequenos regatos de lágrimas. Sentei-me e pedi um doce. Veio a imagem do mar salgado, como que temperado pela insistência de permanecer naquela recordação.
Deixei-me ir...
Acordei no centro do mundo...
Do meu mundo...
No centro do meu corpo, no quentinho do meu coração.
Abri os braços e entreguei-me.
O Cristo Rei sorriu-me e disse-me deixa-te ficar aí a contemplar a tua cidade.
Adormeci... No balançar de um mágico barco, que tem um raio de luz que sempre intuí.


Zé Jorge, aqui está o vídeo do teu comentário, que adorei...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Faz hoje um ano...


Faz hoje um ano, que escrevi o meu primeiro texto deste blog...
Faz hoje um ano que nasceu este blog...
Sinto-me feliz, por ter conseguido mantê-lo este tempo... Nunca pensei ter criado tanto.
Às vezes pensava que não poderia ter este blog muito actualizado, porque não iria ter tempo.
Afinal quando o nosso coração quer tem tempo para tudo.
Este blog tem um simbolismo muito grande.
Não começou aqui começou noutro sitio na net. Era verde e amarelo. Passou a ser cor de fogo como eu, sou tanto fogo. Passou a ter cor e muita cor. Passou a chamar-se a minha essência. Passou a ser tanta coisa. A ser tanto de mim. Eu que não queria blogues. Realmente muitas vezes faço juízos precipitados. Vinha à pouco a pensar no comboio, que não conseguiria escrever logo hoje, porque se apoderou de mim um cansaço, e sentia-me adoentada. Mas quando liguei o computador, não consegui desligá-lo sem escrever. Agradecer este ano mágico. Agradecer aos meus amigos, aos meus visitantes, agradecer a Deus, por me ter ajudado a concretizar o meu canto de sossego.
Apetece-me tanto adormecer aqui...
O Freedom foi o grande impulsor de tudo o que me aconteceu durante este ano. Ouvi-o numa aula da Helena e hoje é dia da aula da Helena e vai ser incrível, porque as aulas são sempre incriveis. E desde esse dia nunca mais perdi uma aula de meditação, uma aula que me leva a perceber e a sentir que realmente, nem tudo o que achamos é. Aliás tudo o que achava não era.
Há pouco pensava com alguma tristeza que não iria à aula, porque estou adoentada, mas já me sinto melhor.
Vou... Vou mesmo... Com o coração cheio de luz, projectando a luz que durante este tempo me tem iluminado no projecto. Se hoje falo e escrevo em luz, a Ele o devo... Obrigada Jesus...
Dá-me mais um abraço daqueles que me tens dado, porque sinto que preciso do teu conforto, do teu amor, para poder continuar.
Posso adormecer no teu abraço? Eternamente?
A liberdade que sinto quando me prendes nos teus braços, é tão alta, tão forte, que quero permanecer nela infinitamente aconchegada.
Agora Olinda Cris chegou o momento de te agradecer mais uma vez, o teres escrito Freedom, o teres publicado, o teres permanecido... E vejo-te vir devagarinho juntar-te ao meu abraço apertado com Ele... Olho lá para cima e vejo tanta luz a sorrir.
Agora já posso partir e voltar. Sim depois de vos abraçar.
Obrigada
Lurdes Jóia


As cores do meu blog são uma parte de mim, outra parte dali...

domingo, 11 de março de 2012

A Bola de luz...


P'ra ti Lurdes... Os carneiros têm uma energia... LOL


Ficamos com momentos que nunca se esquecem... Sem apego, sem medo, fica-se a pensar, a reflectir...
Que bom que é existir... Ficam lembranças, momentos, todos imortais...
Mortal só o corpo. A Alma tem uma dimensão, que só mesmo quem sente a alma, lhe pode ver a dimensão do imenso. Hoje foi a despedida, a partida para o lado mais luz, o outro lado em que acredito tanto, da mãe de um amigo. E cada momento representou um ensinamento, um riso, uma lágrima.
Cada lugar é um lugar diferente, depende da sua dimensão.
Como o mundo nos junta e nos afasta... Que bom que é dar aconchego ao corpo já partido e mostrar um caminho de luz à alma, o seu caminho original.
Repousou na paisagem mais bela do céu, com uma leveza que se sentiu voar.
Que bom que é sentirmos uma ternura no coração e depois repousar esperando um outro momento de morte e de vida, de partida e chegada. Fazem-se as malas, e despedimos-nos e nesse momento de mãos vazias já estamos a chegar. Voltar a casa e ficar. Novamente ser estrela brilhante e esperando a condicionante no céu. A combinação sagrada e voltar a caminhar na estrada da vida e voltar o reencontro.
Um segredo por desvendar mas que me faz acreditar que esses segredos são os mais preciosos dentro de nós.
Descalço os sapatos que nunca calcei, caminho de mãos dadas contigo e acordo num momento, noutra vida já vivido.
Que bom que é poder ter um amigos, vários e partilhar que cada lágrima é um desenlace de um nó que acabamos por dar.
Partiu sem partir. Ficou sem ficar, ondulando serenamente entre a terra e o mar.

E não me calei com a Oração do Santo Agostinho, falei nela e ela apareceu no meu caminho, e caminhou, caminhou e culminou no cimo daquela serra tão bela e tão perto do céu...

Se me amas não chores

Se conhecesses o mistério imenso do céu
onde agora vivo,este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias,se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus,
na sua infindável beleza.
Permanece em mim o teu amor,uma
enorme ternura que nem tu consegues
imaginar.
Vivo num alegria puríssima.
Nas angústias do tempo pensa nesta casa
onde um dia estaremos reunidos para al´me
da morte,matando a sede na fonte
inesgotável da alegria e do amor infinito.
Não chores,se verdadeiramente me amas!

Santo Agostinho

quarta-feira, 7 de março de 2012

Um ano de FREEDOM...

FAZ UM ANO QUE COMENTEI O FREEDOM...Anónimo

Faz hoje um ano que fiz o meu primeiro comentário ao blog da Cris... Desde esse dia nunca mais parei de escrever. Deixo aqui o meu comentário e a resposta da Olinda Cris, eu era a anónima...
Obrigada Olinda por me teres ensinado tanto e acima de tudo ajudado... Hoje felizmente somos amigas... Estou tão feliz...
Se tenho este blog a ti o devo...

Anónimo disse...

Ainda nem sei bem como vim aqui parar… (ou melhor até sei, lá estou eu de novo a fugir!)
Nada acontece por acaso, tudo tem um propósito…
Estas palavras irradiam luz, entrega, fé, … e digo isto do fundo do coração, porque foi o que senti, um calorzinho libertador, quando ouvi este texto, na meditação de quarta…
A fé abre o canal. O seu texto libertou-me, abriu as minhas asas e fez-me voar para além do controle, aquele que tantas vezes temi perder, aquele que muitas vezes me afastou da luz.
Mas senti que aqui aprendi a voar, guiada pela luz dele…
Eu que adoro escrever, que sempre escrevi, senti a minha essência brilhar e crescer e de repente dei por mim, aqui … a voar, a voar… a sonhar…
Obrigada por ter deixado este rasto tão forte de luz… E como Jesus diz: “A melhor maneira de te conectares com o céu é viveres o momento presente. Este momento único, que quando passa, não volta mais.”
“Vive o agora, este momento, e receberás a verdadeira inspiração para seres quem és.”
Obrigada por partilhar, e dei por mim de olhos fechados, a flutuar devagarinho, muito devagarinho, e senti o meu coração vibrar, escutei a sua voz e apenas me dizia: A liberdade é seres tu própria, sem máscaras, sem medo, escreve à Olinda, e expressa o que sentiste, este momento foi único e por isso aqui ficou este registo.
“ A Liberdade é mágica”...

7 de Março de 2011 19:09

Respostas:

Cris disse...

Estou muito feliz por ter gostado! Ao mesmo tempo, intrigada...intrigadíssima, porque quando o texto foi lido na aula não foi dito que era meu...E como é que veio aqui parar, de facto intriga-me...Mas o que interessa é que estou a ler o seu testemunho, que me deixa mesmo muito feliz! Sobretudo porque
o entendo como um sinal para alargar este blog, que só tinha dado a conhecer a alguns amigos...E como não há acasos... Obrigada, e mesmo não sabendo quem é, gosto de si!

13 de Março de 2011 01:28

Blogger Cris disse...

Estou aqui a pensar como é curioso que tenha escrito que a liberdade é sermos nós próprias, sem máscaras, sem medos...e que por isso me escreveu...Na verdade eu estava à espera de um sinal para divulgar mais este blog, e tinha previsto que esse sinal seria receber um comentário de alguem a quem eu não tivesse mostrado o blog...que é o seu caso, aliás nem sei quem é...O que quer dizer que o sinal para eu me expôr mais, retirar mais máscaras, e enfrentar mais medos, através da divulgação do blog,não podia ser mais claro!...Obrigada!

13 de Março de 2011 01:56

E a Olinda Cris abriu e divulgou o seu BLOG...


http://olindacris.blogspot.com/

O Ser em mim...

Esse especial foi uma coisa linda de se ver. precisa virar dvd urgente!! Foi um deleite do começo ao fim. Se Gil e Caetano juntos já são um arraso, imagina com o talento, linda voz e astral de Ivete; era a cereja do bolo que faltava.
(nada acontece por acaso, faz hoje 1 ano que pela primeira vez comentei um blog, que tem um texto, que também termina assim, Freedom, da Olinda Cris).

Em criança cresci. Interessante parece que ao nascer fui muralhada, deixada acorrentar por seres, tabus e por mim. Não acreditando que podia ser livre e crescer assim.
Sentia um contraste, um conflito, que se foi intensificando. Não compreendia o porquê do dinheiro, porque se chorava de dor se a dor era criada por nós. Porque não se buscava a felicidade?
Todos nascemos diferentes, nunca percebi porque nos denominavam de iguais.
Imaginava um mundo pleno de liberdade, sem julgamentos, completamente absurdo de tanta liberdade se gastar. Este era o meu mundo interior.
Nunca pude exprimir o que sentia, apenas vivia com tanto dentro de mim. Quando tudo não se concretizava, comecei a ficar baralhada, achando-me completamente louca, insegura de tanto que vivenciava em mim.
Havia uma força interior que me foi desactivada ao longo dos anos.
Não queria viver em sociedade, aquela em que fui integrada. Queria que o mundo fosse uma elite de seres iguais a mim, livres. Completamente enobrecidos por uma imaginação e mundo interiores cheios de luz.
Logo à nascença percebi que existiam três mundos:
Um mundo do céu.
Um mundo da luz.
Um mundo das sombras e das trevas.
O mundo do céu era o que percebia melhor, o que encaixava em mim plenamente. Só que não podia ser, não era merecedora de tanto.
O mesmo acontecia com o mundo da luz, que na verdade mais próximo de mim, imaginava-o aqui na terra, mas não podia viver nele. Porque ao mesmo tempo, formavam-se dentro de mim emoções de violência e raiva, principalmente quando contrariada.
Por tudo isto optava pelo das sombras, o outro lado de mim, o lado mais triste, mais bloqueado, porque nunca foi o desejado, mas o que estava mais à mão. Oferecia-se gratuitamente, prometendo-me a liberdade e tudo o mais. Principalmente o aceitar que se controle o ser, o mundo em que ganhámos um puro poder, e só depois de passar tudo isto, seria merecedora da luz.
Até sempre vivi assim. Comecei a achar-me doente, sempre muito diferente. Temia ao mesmo tempo o próprio ser humano. Pois se construía dentro de mim pensamentos tão intensos e tão descontrolados, não poderia acreditar em mais nada, a não ser nisso mesmo.
Sonhava com a partida forçada para o mundo do céu, acolhedor, brilhante. Sentia-o tão bem e conhecia-o anteriormente, há muitos séculos atrás.
Mas tudo tem o seu tempo, tudo tem um propósito. O meu foi chegar até aqui e permanecer numa busca constante. Espreitando e vivenciando cada brecha de luz. Nunca perdi a esperança de encontrar o mundo que sentia e vivia desde pequena.
Encontrei a porta e de vez em quando abro-a, espreito e entro por um momento. Fecho os olhos e sinto uma paz incrível.
Nessa porta está um caminho que me pertence, sei qual é, mas ainda tenho que me preparar um bocadinho para poder segui-lo.
Nesse caminho esperam-me outros seres que já sabiam que os ía encontrar. Estou a angariar coragem para deixar tudo e levar alguns comigo. São sonhos que se concretizam quando menos esperamos.

O Nunca mais é agora, transformado na magia de seguir...

terça-feira, 6 de março de 2012

Heaven...


Onde andas?
Quando voltas?
Apetece-te voar
Subires e retornares
Trazeres raios de luz
Que colheste e coloriste
Quando subiste e voltaste
Podias voltar lá acima
Levares um pouco daqui
Do cinzento que teimam em deixar
Levavas nas tuas asas
Nos teus braços
Levavas no teu coração...
Adormecias numa nuvem bem leve
Bem cuidada
Daquelas que sempre te deixavas levar
E lá ías...
Quando chegasse o momento de fusão
De gratidão ao céu
Abrias o teu coração
Abrias os teus braços
Recolhias as tuas asas
Numa troca alquímica
Deixavas a energia lá bem de cima inundar-te o coração
Prender-se nos teus braços
Nas asas trazeres a magia
A alegria
Que acabaste de conhecer
Devagarinho
Voltavas pelo mesmo caminho
Trazendo um mundo imenso de luz
Um mundo imenso de Sol
Uma bola gigante expansivel
Cheia de energia Dele
Sem vestigios de dor
Sem estar pregado naquela cruz
Porque se deixou expandir
Acabou por nos legar a verdadeira mensagem
Profética...
A mensagem celestial
Nada é perfeito
Tudo é merecido
Devolvido
Para ser vivido e resolvido
E não voltar a vibrar
No mesmo tom
No mesmo ritmo...
Apenas flutuar no mar
Levando a vela como guia
Protecção
Por trás duma vigia
O outro lado do céu
Aquele que senti e vi
Tantos dias...
Tanto tempo
Para acabar escondida e mergulhada na luz.