domingo, 15 de dezembro de 2013

Tempo...

Tenho estado assim...
Ocupada... A fazer o que gosto...
Não escrevo há muito tempo, porque o tempo me tem dado muitas oportunidades para não ter tempo para ele. Sou feliz assim, mesmo quando o desgaste chega e me demonstra que por mais que queira mudar, não vou conseguir... Como se eu quisesse alguma coisa, querer quero mas não mando. Ainda bem!
Fiz das aulas a minha profissão, fiz da clínica a minha casa e refugio...  Tudo que faço gosto, só não gosto de não gostar do tempo que não tenho...
Por isso não te abandonei meu canto da fortuna, meu blogue e amigo... Não te abandono só saí para dar uma espreitadela na minha vida... E quando puder eu regresso, cheia de tempo para contar o que a vida me ensina.


domingo, 29 de setembro de 2013

Chove sem correr...

Chove intensamente...
Apetece-me adormecer e sentir a chuva acordar o desejo de sentir a luz.
Angustiada por não ver o sol e não poder sentir o seu calor em mim.
Aos domingos costumo ir correr e depois relaxar... Ver o mar e sentir a espuma em mim, aquelas ondas do Guincho a rebentar.
Sinto um vazio tão grande e profundo.
Não sei o que causa em mim aquela corrida, aqueles passos hesitantes durante tempo consecutivo. Desespero por não ver o tempo passar e ao mesmo tempo quero continuar.
O meu rosto torna-se feliz à medida que perco resistência e ao mesmo tempo ganho sensibilidade para poder continuar sem esforço. Sinto-me estranha, mas chove tanto que nem imagino para onde ir.
Vou tentar ouvir a musica que o caminho gravou em mim, fechar os olhos e ver-me a transpirar e a agradecer por correr tanto internamente e ver-te natureza em mim.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Correr comigo...

Nunca mais vim ao meu cantinho...
O meu cantinho não está esquecido...
Ando a tratar de correr um pouco. Não é correr comigo, ou melhor até é...
Correr faz-me bem à alma, ao corpo e deixa-me a vacilar. Quando menos espero mais sinto que me sinto a transformar. Hei-de relatar um dia destes a minha actividade de correr Comigo.




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Perdida... De Novo...

Caíu um raio de leveza
Acentuou a magia que me  inundou
Tropecei no que não conheço
Amei o que já tinha amado
Caminho meio descalça pelos trilhos do passado…
Choro porque aprendi a chorar
Sinto-me perdida
Mesmo perdida...
Vazia de tudo...
Reparo que me orientas
Acompanhas…
Nada me chega…
Onde moras vida antiga…
Onde estás vida nova?
Que vida me pertence?
Onde vivo? Estou viva?
Porque resisto ao que não conheço?
O que me consola… É o teu colo que sempre  sinto  neste meu Eu desconhecido…
O meu ser está perdido para  se reformar… Voltar de novo…

Para um novo começo acabar…

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Primeiro dia do mês de Agosto de 2013

Primeiro dia do mês de Agosto de 2013, apesar de ainda não estar de férias, senti-me de férias... Sinto-me de férias!
Tenho andado fugida, tenho-me refugiado em pequenos retalhos da minha vida, ou de outras vidas e fujo... Fugir para não me comprometer com a eficácia da sinceridade que me consome, mas não mata.
Apanho racatadamente pedras de menina perdida, espanto-me com a leveza com que as levanto e as coloco mesmo à minha frente impedindo o caminho, o meu caminho.
Como é um dia de inicio de férias, como quando em criança visitava a família, me orientava nas brincadeiras, sinto-me perdida e acho-me aqui a escrever, por merecer estar aqui. Gosto tanto deste pequeno pedaço da minha essência, que tenho que ter a paciência em me aceitar. Impotente e sem resistência para resistir.
Vou subir a vibração para não cair na vitimização que tanto acarinhei ao longo destes anos.
Sinto-me crescida, com um coração frágil, que gosta tanto de tanto e teme ser grande para não sofrer. Na verdade sofre na mesma e continua a sofrer, que mesmo pequenina a dor continua a doer...
Mas hoje é o primeiro dia de Agosto... E vou ficar por aqui a acariciar as palavras e os momentos que já vivi... Para alcançar outros escritos e outros saberes que hão-de vir.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

31 de Julho 2013

Hoje ultimo dia do mês de Julho reparo que nem este dia tenho para mim...
Estou a tentar uns minutos de descanso mas eles não moram aqui.
Fugiram apesar de acreditar em ti....
Mas afinal a energia ainda paira e está solta...


Voa frágil e pragmática mas voa...

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O livro: O Sol do Tarot de Sintra





Desde há 3 dias que me refugiei nas frases de um livro que me cativou, mesmo antes do ter.
Como sou de ideias fixas, em dois dias tinha o livro nas minhas mãos, bem guardadinho como se fosse um tesouro, que ao cobiçarem-no mo podiam esconder. Escondi-o eu!
Pergunto-me: Porquê? Se há tanto tempo não conseguia ler um livro até ao fim, porque o faço agora com dois livros de seguida?
Confesso que ainda não percebi, nem nunca irei perceber. Resta-me sentir, sinto e faço-o. Sei que é gratificante para a minha alma e aqui o tenho da cor do Sol, amarelo e cheio de personagens onde me retrato. É a primeira vez que uma ideia fixa, não se torna em obsessividade, antes pelo contrário sinto uma tranquilidade ao  ler estas personagens.



Aleph retrata os recantos em que me escondo, em que nunca cheguei a nascer, e quando nasci voltei a esconder. Sinto tantas vezes os olhos inundados de lágrimas, lágrimas que silenciam a minha dor e ao mesmo tempo a retratam. Estou como se costuma dizer: Em estado de graça. Sinto-me leve e sem arrependimento. No decorrer destes dois dias, a vida mostrou-me o passado, trouxe-me o passado e sinto-me a fugir dele. Há oito dias queria a minha vida passada de volta, o universo fez-me a vontade. Mostrou-me e fez-me sentir a sua energia. As personagens que foram reais tornaram-se ficção, voltaram de carne e osso, para que não restassem duvidas. Hoje com o “Sol do tarot de Sintra” na mão… Sinto-me como se me identificasse com o que ainda não sei, mas ao mesmo tempo adivinho que vou por aqui ficar. Se não saindo do mesmo lugar, o meu mundo de repente se enriqueceu… O mundo nem sequer é meu… O mundo é de Deus ou de um Ser Universal, que apesar do ver ou percepcionar , sinto-o  dentro de mim. Somos criados à sua imagem e semelhança… Basta…
Aqui já há tanto para sentir, principalmente a minha missão. Ontem referia que nunca quis ter filhos e verbalizei-o de uma forma diferente, sem arrependimento. Talvez sinta um vazio… O que é este vazio?
Aleph retrata uma parte de mim, outra parte que me resta quando me sinto judia dentro deste corpo que não o é… Sei lá se o sou? Sei lá !!!
Numa dualidade profunda reparo que estou aqui em reflexão… Na minha camara de reflexão onde reina Deus e Sol e muito mais… O Sol e Ele fundem-se e deixam-me assim a Oriente de onde estou ou a Oriente para onde vou.
Que interessa a direcção? Se o que me arrasta é a vocação da criação que temo destruir. De braços cruzados sobre o peito em esquadro ou sem o ser. Sinto a medida da imensidão… As palavras, a energia de um livro que hoje me trouxe tantos recantos e arestas deste meu pequenino eu.
Só me resta dizer, que só por isto, já me sinto feliz… ou melhor, já me sinto sorrir profundamente…

Vou retomar a leitura, para mergulhar na realidade, aquela que conheço e que de lá nunca quis sair…

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sabe Deus...


Sabe Deus...
O Deus que procuro em mim...
A sua semente mora algures por aqui...
Talvez no mais suave profundo de mim...
Sabes Deus...
O que procuro nunca encontro...
Sabes que a tristeza faz parte...
Sabes que desistir não é um acto cobarde...
Porque esse seria um julgamento...
Sabes Deus não quero Julgar...
Só que me julgo demais...
Nunca encontro o equilíbrio que tanto procuro...
Porque o equilíbrio és tu...
O Ser mais profundo e alto dos céus...
Sabe Deus...
Sabe que em ti confio...
A tua luz é que me alimenta e sustenta aqui na terra...
Mesmo quando se esconde pelo véu escuro e monstruoso do pior que possuo em mim...
Só que sei que não sou isso... E por tudo isto só Deus sabe...
Que ultimamente sinto uma vontade louca de chorar...
Choro de mão dada contigo para não me perder neste labirinto de sombras e silhuetas que não procuro...
São elas que me procuram mas eu já não estou assim...
Apagada, não... Agora sinto sempre uma semente a brilhar...
Essa semente sabe Deus quem m'a ofereceu...




Open arms...

Um grito!
Que loucura penetra nesta janela da vida...
Não me sinto arrependida, sinto-me ser e abranger na loucura da alma...
Sou puro peixe que não nada mas não precisa porque sonha voar...
Quando sentimos o sonho dentro de nós nascer, sentimos o coração expandir e alegrar-se.
Repara-se e volta-se a reparar sinais partidos e repartidos de emoções vividas e por viver.
Nasce-se para se ser o mais possível a nossa essência.
A nossa essência somos nós...
O nós verdadeiro, o nós que vive iluminado que nunca esqueceu quem o germinou e onde foi germinado...




terça-feira, 28 de maio de 2013

Chove Luz... Mesmo assim...



Tenho andado afastada e tão próxima de mim... Tenho-me sentado nos momentos que construo e alimento... Tenho processado razões de existência e permanência na vida e no caminho... Tenho-me desleixado da pretensão de alimentar o meu cantinho aqui... Esse cantinho está em mim e liberto da frustração dos olhos que me Auto castigam. Sou mais feliz, tenho menos tempo para mim, mas encho mais o vazio que me angustiava e desorganizava... Estou em harmonia... Porque na harmonia massajo e desbloqueio o coração... Sou a vivência da minha existência plena de razoes para ter escolhido cair aqui e ter voado...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

podias ter-me levado...



Queria tanto ser anjo...
Ter asas levantar voo e perder-me de voar...
Caíem-me lágrimas que me inundam a alma e não sei secá-las, escondê-las... Não sei se vou caminhar sozinha... Se tenho forças para continuar...
Gosto tanto de caminhar... De mãos dadas contigo e dar-te o meu abraço...
O maior, o mais amigo, o sentir mais antigo....
Caminho e estás comigo...
Vou contigo e vou na tua asa a flutuar...
Mais um abraço e um caminho...
E o que sinto é o teu vibrar aqui em mim...
Porque cada vez me sinto mais perto de ti... Mais perto do céu...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Céu...



Os olhos enchem-se de lágrimas
Os passos que dei sofrem de uma solidão ilusória
Procuro-me
Mergulho no mais profundo de mim
Perdida pelo desconhecimento cruel do meu aconchego
Armazeno prometidas memórias
Passeio nelas e vigio os momentos em que me perco
Sento-me no meio de mim
Dividida
Repartida
Passo por cima de mim a chorar
Porque solto tanta tristeza recalcada?
Porque me refugio no que conheço?
Porque me desobedeço?
Porque transporto luz e sou a luz da minha alma?
Mereço que a escolha
Sou a sua fonte reprodutora de mim
Adormeço e reconheço que o medo me desvia
Leva-me para o buraco mais escuro que noutros tempos mergulhei
Ando cega por te encontrar
Por te sentir Essência pura e feliz
Alma recatada e brilhante que em mim habitas
Quando hesitas preciso do teu abraço para me reconfortar
Preciso do teu peito para chorar
Preciso de ti para me sentir em casa
Lá bem em cima onde o azul me cobre e protege
Preciso de voltar para ti
Céu...



46... Sem tempo...

Uf!!! Consegui escrever!
Tenho tido tantos contratempos que me deixam completamente à toa.
Se tinha tempo, deixei de tê-lo. Às vezes as mudanças são radicais e completamente imprevistas, mas ao mesmo tempo inibidoras e renovadoras da alma. Tenho sentido isto mesmo.
Faço hoje 46 anos, ou melhor fiz hoje, porque já é quase dia 11 e nasci às 00:50 do dia 10 de Abril de 1967.
Foram os únicos anos até hoje, que não tive tempo para fazê-los... Por um lado até me dá jeito... Fazer 46 anos... Hum! É melhor deixar de ter tempo para os contar e esquecer este dia, para alimentar os 45 que tinha ontem.
Ai... Ai... Ai... Não é fácil fazer 46...


domingo, 24 de março de 2013

A New Life...


Estou aqui! Aqui de novo!
Tenho saudades de ti, meu cantinho de luz, de escuridão, de amor e solidão... Meu cantinho, meu interior, que tanto ambiciono cuidar com amor.
Nota-se que estou feliz por estar de volta a estas linhas...
Andava ocupada sem tempo para nada que fosse teu. Sabes gosto do que faço, mas o tempo corre e deixa-me pouco espaço, para adormecer aqui nos teus braços. Adormeço por aí, sem saber onde...
Quando chego aqui e abro com a minha chave esta porta do meu ser... Sinto-me realmente ser o que sou...
Sabes ultimamente tenho estado assim... Mas nunca te esqueço, porque desde que me conheço que te escrevo e me escrevo, mesmo quando as ideias atrofiavam o meu ser, eu tinha sempre uma palavra para escrever...
Utilizo mecanismos de fuga para não sofrer mas não resultam.
Pensei ser diferente procurei nova gente, mas não me servem para preencher a alma. Sabes que acredito nas verdades lá de cima, sem fantasias, sem perfeições  mas não aguento a mentira, nem a hipocrisia... Estou triste... Ao mesmo tempo livre e feliz.
Porque sempre fui selectiva mas quando escolho é para sempre... Para sempre até a minha essência sorrir...
Ai! Ai! Tenho uma nova vida! Que não sei qual é! Mas é muito mais rica porque vive dos vestígios da pobreza que estou a criar em mim... Ser pobre de bolsos vazios mas de coração cheio... DE AMOR E LUZ...

domingo, 10 de março de 2013

Olha, olha esta luzinha...

Olha, olha esta luzinha...




Estas lágrimas que caiem... Manifestam a rebelião de uma tristeza sem fim a soltar-se.
Estou prestes a perder o norte... A resolver-me na mágoa que alimentava para me entristecer à força. O que se constroíe em mim, é de uma fonte pura que se turva pelos pensamentos envenenados do mais profundo ego, que escondo por vergonha de ser.
Apetecia-me ser criança outra vez... Para poder sentir a vibração da inocência pura... Aquela que não foi manipulada por tudo o que tenho e que ficou. As minhas pestanas estão a arder, de profundas noites de sofrimento... 
Existem canções de embalar que me adormecem profundamente e me descontroíem...
As lágrimas que deito são das saudades que já não lembro, apenas permanecem aqui no mais profundo canto do meu coração.
Eu sei...




quarta-feira, 6 de março de 2013

Resisto...


Sinto tantas saudades do descanso...
Sei que não era feliz mas descansava...
Em toda a minha vida só estou bem onde não estou... E continuo assim!
Com saudades de tudo o que não tenho, quando tinha nada sentia, a não ser a vontade de mudar.
Por isso vou mudando ainda num registo psiquico antigo, que alimento para me sentir ainda um pouco no passado. Despojei-me de muitos valores e bens... Nisso sinto a loucura crescer em mim, trazendo-me toneladas de alegrias e de muita perdição... Sim, sim, ando perdida de mim, e isso é muito bom. Ontem caminhava e as minhas pernas reflectiam o cansaço, a perda de resistência. E mesmo assim quero resistir, resistir, para não me perder...
Que coisa, esta vida está sempre a puxar-me para a frente e eu remo para trás... E nada acontece dentro da previsão... Nada mesmo nada...
Nada!!!
Por isso quando não estiver aqui, estou lá naquele registo que resisto para não deixar...




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Que dia... UFF...

Hoje termina o mês de Fevereiro e nem consegui visitar tanto quanto desejo, este meu cantinho. Onde medito, onde me encontro, onde me afogo na tristeza e volto a ressuscitar para a vida. Aqui reparo que tenho andado envolvida na luz, que me ilumina o coração e me alimenta as dificuldades da alma. Que estranha sensação esquecimento!
Estou com vontade de chorar porque me encontro numa profunda exaustão de tudo. Procuro harmonizar-me com a clareza que me deste e não me sinto capaz.
Ao ouvir-te renasço e afundo-me profundamente nas mágoas de outros tempos.
Mora dentro de mim a solidão, que teimo aconchegar com o amor que me envolve mas não se apodera.
Estava com saudades das musicas antigas que ouvia e de grande qualidade. Por isso aqui fica Sarajevo e U2 um grupo que se chama a minha adolescência.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A um passo da Harmonia...


A minha vida tem vindo a mudar constantemente e ultimamente.
Não tenho conseguido vir aqui ao meu cantinho, relaxar...
Hoje estava a sentir a falta da escrita, da minha recolha musical e de tudo aquilo que gosto de expor aqui.
Dentro de algumas horas vou caminhar em conjunto... Eu que sempre quis caminhar sozinha ou melhor ir por aí com quem me apetecer e fazer o que me apetecer...
Hoje estou quase nas vésperas de dar um passo em sintonia com a imensidão do céu. Nunca me deixei guiar assim, nunca confiei assim, se nunca confiei em mim...
Costumo dizer que não sou de fiar... Mas fio-me na tua presença...
Vou tentar sorrir a cada imprevisto e aceitar que é mesmo assim.
A vida oferece-nos oportunidades únicas para crescer...
Sinto um frio invadir-me a "espinha", recolho-me no meu ser e adormeço repleta de medo.
Por outro lado sinto-me crescer e renascer...
Adoro o que faço e mais... O que mais prazer me dá, é poder transmitir, de forma a que todos possam sentir a alegria que me vai na alma.
Esta Harmonia perfeita vai-nos dar as mãos e caminhar na perfeição do conhecimento do ser... E aí vou... De braços abertos para receber a energia do céu e poder espalhá-la na terra e mais importante nos nossos corpos...

E agora fazer a minha postura de árvore, aquela que me acompanha para sempre e me ajudará a enraizar todas as partidas da vida... E chegadas também...


(Atenção: Aconselho a não praticarem sozinhos Qigong)


domingo, 27 de janeiro de 2013

Tenho saudades lá de cima...





Estava aqui a pensar...
Com o pensamento turvo pois baralho-me constantemente...
Tanto me acerco do passado, como me enraízo no presente ora fujo para o futuro que me dirás e ensinarás um dia.
Se sinto estas lágrimas a cair é porque caio com elas e deixo-me ir...
Caio num pranto profundo com saudades vossas, as vossas luzes fazem-me tanta falta, tenho saudades daí e só as posso matar indo aí... Se não fosse as que tenho aqui na terra comigo juraria que não aguentaria.
Como luz que procuro, como luz que sou e vocês também é natural sentir as saudades de estar aí.
Tenho o céu projectado aqui na terra, completamente avariado, transtornado pelos egos que escolhemos ter. De repente sinto que reconheço o que de facto não é daqui.
Quando chegar o desejo ou melhor o desejado de voltar para lá, irei de braços abertos com a sabedoria de ter passado por aqui mais uma vez.
E tudo fica registado no Universo, nas células que fazem parte de mim... Nas outras e na tua própria célula que é una. Nessa união está a primeira mensagem, o primeiro sinal que nos escuta e nos transporta para as portas de cima e nos dá as asas para voar e os rasgos de fé para caminhar.
Estou orientada mas com vontade de voltar e por isso só tenho vontade de chorar...
Tenho saudades da "minha" casinha lá no Céu...

domingo, 13 de janeiro de 2013

O meu canto de meditação...


Tenho passado uns dias estranhos  mas cheios de emoção... Tenho refugiado os meus sonhos num pacote de ilusões concretizáveis.
Tenho chorado de emoção, com medo de não te respeitar ou melhor respeitar-me.
Tenho gritado e fugido da loucura que nunca mais me invadiu. Tenho amado e sempre o amor se acumula e se concretiza no plano do céu. O mesmo amor que reconheço ao longo dos séculos.
Estava tão cansada que abri a porta da minha aula de meditação e sentei-me aqui a meditar. Fechei os olhos e pedi para me limpares como num duche sem água. Onde o próprio ser, o próprio sentir é subtil.
Estou a pensar em tudo e não deveria pensar em nada. Comecei a deixar-me levar pela vibração da respiração, a ouvir a tua voz a guiar-me. A vossa voz era o sinal de estar a elevar-me naquela tranquilidade que começa a chegar. Deixei de sentir o corpo e comecei a inundar-me de luz e ao mesmo tempo um calor aquecia-me os meridianos que tanto trabalho. Trouxeste-me a imagem do Rim e pensei que estava a flutuar, mas ele escondia-se na minha zona lombar e pedia-me para confiar. Percebi que estava a chegar a hora de tonificar a força de vontade. Aqueci com o pensamento e com as partículas de ar que inspirava,  a água do Rim e deixei-me ficar assim...
Subi, subi...
Acabei por transcender este espaço e fiquei por lá. Senti intensamente os teus braços a agarrarem-me e a unirem os nossos corações. Vi uma chispa de luz, um sinal do teu amor entrar no meu peito e permanecer. Senti a emoção do chakra do coração que transformou-se e perpetuou-se para todo o sempre em mim e lá.
Terminei quando me trouxeste de novo... Quando infinitamente senti a tua verdadeira fusão.
Quando me sentir assim, voltarei aqui ao meu canto, à minha câmara de reflexão.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Amor ao relento...


Tudo vai continuar...
Vou continuar a ouvir os teus relatos.
Mesmo que já não existas para mim.
Foste tão grande...
Tão forte...
Amaste-me até ao final...
Ofereceste-me ouro talhado pelo coração...
Postais a cores, a preto e branco...
Escritos com erros que o amor não bloqueou...
Não quis ficar assim aprisionada à ilusão...
Hoje vejo-me no espelho...
O mesmo espelho...
Estou diferente...
Relembro-te e o meu coração chora...
Porque dentro de mim mora...
O caminho macabro dessa tal Ilusão...
Que construo a cada ar que respiro...
A cada grito que solto...
Procuro aquele amor...
Não eras tu...
Aquele outro que sinto...
Não há nenhuma vida que o ignora...
Porque este amor tem muito tempo...
Não tem horas daqui...
Tem eternidades do céu...
Tem murmúrios do vento...


Gosto de ti... Ilumina-me... Quem sabe algum dia sintas que sou eu... Ilumina-me...


Eres mi religion... fé...



Ter um pouco de fé trouxe-me à musica, à vida, à leitura, aqui.
Estava muitas vezes reflectindo sobre a minha vida, com uma pena interior de mim própria, como se fosse forçada a estar aqui.
Comecei a caminhar devagarinho, com uns passos incessantes que nunca desistiam. Encontrei-me ainda mais perdida, mas convicta a seguir por aí.
Uns trilhos cheios de devaneios e picos abertos, ainda com feridas a sangrar e com um só objectivo, afastar-me de um tal caminho.
Agarravam-me mãos negras, mãos perdidas e vidas estranhas aprisionavam-me, pareciam canibais desatentos ao movimento da minha vida.
Caldeirões de sofrimento, tudo com uma expectativa de morte, de pura imortalidade, que ao mesmo tempo me prendia e afastava. Eram filmes, foram filmes e vão continuar a ser, apenas sem grande importância. Chorei tantas vezes, por pensar que estava aqui em plena sensação de castigo, imprópria para viver.
Hoje sou feliz, reparo que ainda existem estas memórias, estes factos, mas ignoro-os como meus, não são meus mesmo. São filmes que se vêem no cinema, mas que não se pagam em dinheiro, pagam-se no corpo e na alma.
Com filmes e sem filmes vou continuar nesta felicidade de ter nascido e permanecido até cumprir algo.
Fui e sou assolada por imprevistos repentinos de egos amarfanhados, continuo, sou imparável, o meu ego também é tramado. Costumo domesticá-lo mas como tenho tanto em carneiro não é nada fácil. Gosto de desafios, por isso vou continuar aqui, com a fé que tenho e que irei alimentando aos poucos. Não sou de grandes exageros, mas neste caso custe o que custar, vou continuar sempre por aqui e por ali em busca do que esqueci, da minha essência...  Com toda a paciência  para a minha alma crescer como alma e poder sentir, o que com o véu do esquecimento perdi Por tanto e por tudo vou continuar por aqui 2013...