domingo, 30 de dezembro de 2012

You are for me...


Se não fosses tu estares aqui em mim, seres parte de mim, seres tudo o que me consola e envolve, já não estaria aqui.
Às vezes sentia uma tristeza arrepiante que me levava para o degelo da minha fé, que me transportava para a escuridão serena e consolável, aquela que temia acreditar, arrependia-me de estar ali e fugia. Corria loucamente para os primeiros braços abertos que sentia e que transmitiam calor, um calor único,  pleno, que me adormecia e prendia suavemente no teu ventre.
Eras sempre tu... Sentia que era dali que vinha a minha união à minha mãe, ao meu pai e a ti.
Por mais que chorasse, que gritasse, continuava a sentir esse teu abraço, mesmo duvidando, estava ali. Uma parte de mim queria sentir infinitamente essa tua energia, outra repelia bruscamente, levava-me a gritar de raiva, a menosprezar o amor, a sentir-me feroz, louca, e ao mesmo tempo uma deusa de nada, talvez da pequena negridão que fomentava. Esse não era o teu caminho, não era o meu caminho, não era e não é. Hoje sinto-me feliz, insegura, mas sempre atenta aos teus sinais, aos teus momentos de grande resplendor, de tanta emoção...
Tu és o escudo que me protege esta energia essencial do meu coração. Tu és o que eu quero ser, porque não posso ser outra coisa, a não ser a minha escolha,TU...
Hoje que te oiço, te sinto, te pronuncias quando te procuro, estás a dar brilho e cor à minha vida... Ela já a tinha, eu é que não sentia.
Deste-me o amor combinado, aquele que foi eterno e será, sofro por não o poder ter materialmente, mas tenho a sua companhia, o seu calor, o seu amor de uma outra forma. Isso desnorteia-me de vez em quando, só de vez em quando e depois sinto que amor mais puro e profundo não existe. Se assim foi combinado, e não me lembro, não domino, nada... Só posso deixar fluir e ir acompanhando com os meus pequenos passinhos de coração... Dar-te a mão e saberes que mesmo quando me arrasto, arrasto com fé... Sabes o que nos une... Ele sabe também, não a razão, mas mostraste-me e fizeste-me sentir como era lá... E és parte de mim, a outra metade que nos une... Desde o dia que te vi pela primeira vez, ali naquele espaço, onde nunca pela razão lógica deverias estar... Eras tu... Conheci-te de varias maneiras emocionantes e independentemente de tudo... Sei que és tu... O que combinámos foi tão belo... Que quando regressarmos talvez... Possamos reconhecer os sinais...
Durante este ano, aprendi a amar serenamente e a guardar os meus maiores tesouros, os meus amigos e a família que escolhi...


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

The way... El camino...


Estava aqui a reviver uns momentos dos meus caminhos de este ano e de outros já idos. Cheia de saudades das temporadas passadas em estradas arranhadas pelo medo e pela ignorância, sempre com a esperança de voltar.
Se pudesse escreveria aqui esses momentos em que me revi a cavalgar por estradas e caminhos sujos e com limos que chegaram via remessas do passado. Um cavalo se abateu nas ruínas das lembranças e caio nessa loucura de sofrimento. Como moinhos que se movem mesmo sem vento...
Um dia vou pegar nessa pena que perdi e vou transcrever as viagens por que passei desde muito pequena. Se me pudesses adormecer e compreender, trazer-me de volta a alegria do passado, seria a maior recordação da vida e do céu...
O caminho é sempre caminho desde que andemos nele, seja por onde for o trilho, é o escolhido por nós e neste caso por mim...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Gitans...


Como Ciganos, como anjos, como homem e mulher, como luz, como malabaristas,  trapezistas, palhaços,  as nossas almas são assim livres...

( O meu anjinho da guarda é assim com essa vozinha com que este video inicia, sabes  foi ele que me acompanhou em todo este processo de amor incondicional)...


Queria fazer tanta coisa, tanto por fazer, que me sentei a reflectir sobre nada. Triste por ter despertado em mim a nostalgia do passado. Conheci os amigos mais incríveis, conheci a família que tanto amo e procuro-te intensamente por entre aqueles em que não estás. Sei quem tu és, o que foste para mim, o que combinámos e inibo-me de te dizer. Uma voz ressoa em mim, diz-me: - Não vale a pena... Pois não... Reparas que existo, que estou tranquila, que choro, que me escondo, que me aproximo e que te admiro cada vez mais como alma. Tudo isto foi-me mostrado, foi-me animado por imagens que constróis tão belas e tão serenas.
Se sonhas eu sei, se choras eu sinto e corro num sonho para te acariciar as lágrimas, como sempre te fiz. Conheço-te tão bem, salvaste-me do desespero da solidão, deste-me a mão e caminhaste comigo vidas e vidas.
As vidas todas de um amor incrível  em conjunto, na perfeita companhia. Estiveste a meditar comigo naquela igrejinha em Itália, de mão dada por entre o entardecer  porque jamais poderiam desconfiar que tu eras a minha doce paixão além de Deus. Cumprias a tua missão e eu a minha. Vivíamos em conventos diferentes, com ideais de amor iguais. Eras o padre mais conhecido e mais rebelde e eu freira estática e severa, com medo da loucura do amor. Ainda hoje oiço os cavalos a caminhar, denunciando a tua chegada a tua partida. Partíamos sem saber destino a Espanha, onde apregoávamos um amor interior. Nunca terias inventado um mundo teatral, se não vivesses um teatro ideal, aquele que foi vezes sem conta reinventado nos nossos corações.
Fomos ciganos, fomos casados numa loucura intensa, fomos tanto que te poderia contar passo a passo cada vida. Para quê???
Se escolheste ser outro ou aquele que sente a fuga, o escape da vida sem nunca saber a razão. Continuo aqui em reflexão à espera que um sinal defina a nossa razão, e te mostre que estou aqui nesta vida à tua espera. Sabes resolvi mesmo esperar...
Mesmo que tenha de transitar para a outra vida...
Continuo à tua espera com esta caravana ambulante, com uma sina por desvendar, continuo aqui como uma cigana à espera de te encantar.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Carta...



Existem cartas que não são preciso ser escritas. Existem por elas mesmas.
Estou aqui a tentar escrever-te a carta perfeita, uma carta que não se formaliza no papel mas sim no meu coração.
Ele neste momento solta lágrimas devastadas pelo medo cruel que invento a cada instante.
Amar é tão lindo, tão fluído e olho-te por entre letras e linhas que escreves e desenhas com tanto rigor colorido.
Sinto cada traço, cada momento desenhado e acabo por adormecer rodeada de cor. A tua cor... Aquela que não se inventa, aquela que se constitui com sentimentos puros e profundos. Sinto o inexplicável... Cada momento em que respiro e te sinto, falo contigo e rasgo pedaços de mim, antiquados, desorientados para se formatarem de novo num constituinte de amizade.
Sim! Para mim não é amizade, é algo mais que não se explica, mas que me transcende... Transporta e rebela... Subo em espiral e corro para ti, lá em cima... Porque é aqui que te reconheço mas foi lá que combinei e reencontrei...


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alma Gémea...


Hoje percebi que o Universo me trouxe tanta informação e tanta felicidade ao mesmo tempo.
Dentro de tudo o que sinto, sinto-me triste e ao mesmo tempo com vontade de correr para os teus braços e te abraçar.
Abracei -te tanto ali, aconcheguei-te em criança e sinto que voltámos a reencontrar-nos aqui.
Acredito que no momento certo a informação chega, e no momento certo sinto-me baralhada.
Como posso ver no universo tanto do que não sabia que era, do que não sabia que existia.
Que pena que me sinto triste ao ver que ao mesmo tempo o meu coração sorri.
Um dia vais perceber que encontrar-te foi uma dádiva para regressar ao começo.
Que mesmo que não se concretize aqui, agradeço-te tudo o que hoje me ofereceste.

Uma borboleta que poisou na minha secretaria... Uma enviada lá de cima ...

sábado, 1 de dezembro de 2012

Obrigada por seres assim... Parabéns...



Este era um disco que ouvia na minha adolescência...



E quando nesses tempos a desilusão chegava, ouvia: Y volo ( interessante, encontrei esta versão depois de tantos anos, os Pecos voltaram a cantar...).


Tenho estado a perceber que me apetece chorar. Apetece-me estar aqui sentada a olhar para ti e a agradecer o ter saído de ti.
Sou realmente feliz por te ter na minha vida. Imaginei-te tantas vezes diferente, queria que fosses como eu queria. Felizmente que és como és, porque foste quem me guiou na minha educação, quem apesar de não me compreender, sempre me compreendeu. Muito do que sou, muita da minha mudança deve-se a ti, que me fizeste a mim e sem ti viveria triste. Ou melhor nem sequer estaria aqui.
Ainda bem que combinámos assim.
Mãe muitos parabéns por fazer parte da tua vida e fazeres tanto por mim, a minha maior alegria é seres Assim...

Hoje é o dia dos teus anos... Que bom!!!