domingo, 27 de janeiro de 2013

Tenho saudades lá de cima...





Estava aqui a pensar...
Com o pensamento turvo pois baralho-me constantemente...
Tanto me acerco do passado, como me enraízo no presente ora fujo para o futuro que me dirás e ensinarás um dia.
Se sinto estas lágrimas a cair é porque caio com elas e deixo-me ir...
Caio num pranto profundo com saudades vossas, as vossas luzes fazem-me tanta falta, tenho saudades daí e só as posso matar indo aí... Se não fosse as que tenho aqui na terra comigo juraria que não aguentaria.
Como luz que procuro, como luz que sou e vocês também é natural sentir as saudades de estar aí.
Tenho o céu projectado aqui na terra, completamente avariado, transtornado pelos egos que escolhemos ter. De repente sinto que reconheço o que de facto não é daqui.
Quando chegar o desejo ou melhor o desejado de voltar para lá, irei de braços abertos com a sabedoria de ter passado por aqui mais uma vez.
E tudo fica registado no Universo, nas células que fazem parte de mim... Nas outras e na tua própria célula que é una. Nessa união está a primeira mensagem, o primeiro sinal que nos escuta e nos transporta para as portas de cima e nos dá as asas para voar e os rasgos de fé para caminhar.
Estou orientada mas com vontade de voltar e por isso só tenho vontade de chorar...
Tenho saudades da "minha" casinha lá no Céu...

domingo, 13 de janeiro de 2013

O meu canto de meditação...


Tenho passado uns dias estranhos  mas cheios de emoção... Tenho refugiado os meus sonhos num pacote de ilusões concretizáveis.
Tenho chorado de emoção, com medo de não te respeitar ou melhor respeitar-me.
Tenho gritado e fugido da loucura que nunca mais me invadiu. Tenho amado e sempre o amor se acumula e se concretiza no plano do céu. O mesmo amor que reconheço ao longo dos séculos.
Estava tão cansada que abri a porta da minha aula de meditação e sentei-me aqui a meditar. Fechei os olhos e pedi para me limpares como num duche sem água. Onde o próprio ser, o próprio sentir é subtil.
Estou a pensar em tudo e não deveria pensar em nada. Comecei a deixar-me levar pela vibração da respiração, a ouvir a tua voz a guiar-me. A vossa voz era o sinal de estar a elevar-me naquela tranquilidade que começa a chegar. Deixei de sentir o corpo e comecei a inundar-me de luz e ao mesmo tempo um calor aquecia-me os meridianos que tanto trabalho. Trouxeste-me a imagem do Rim e pensei que estava a flutuar, mas ele escondia-se na minha zona lombar e pedia-me para confiar. Percebi que estava a chegar a hora de tonificar a força de vontade. Aqueci com o pensamento e com as partículas de ar que inspirava,  a água do Rim e deixei-me ficar assim...
Subi, subi...
Acabei por transcender este espaço e fiquei por lá. Senti intensamente os teus braços a agarrarem-me e a unirem os nossos corações. Vi uma chispa de luz, um sinal do teu amor entrar no meu peito e permanecer. Senti a emoção do chakra do coração que transformou-se e perpetuou-se para todo o sempre em mim e lá.
Terminei quando me trouxeste de novo... Quando infinitamente senti a tua verdadeira fusão.
Quando me sentir assim, voltarei aqui ao meu canto, à minha câmara de reflexão.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Amor ao relento...


Tudo vai continuar...
Vou continuar a ouvir os teus relatos.
Mesmo que já não existas para mim.
Foste tão grande...
Tão forte...
Amaste-me até ao final...
Ofereceste-me ouro talhado pelo coração...
Postais a cores, a preto e branco...
Escritos com erros que o amor não bloqueou...
Não quis ficar assim aprisionada à ilusão...
Hoje vejo-me no espelho...
O mesmo espelho...
Estou diferente...
Relembro-te e o meu coração chora...
Porque dentro de mim mora...
O caminho macabro dessa tal Ilusão...
Que construo a cada ar que respiro...
A cada grito que solto...
Procuro aquele amor...
Não eras tu...
Aquele outro que sinto...
Não há nenhuma vida que o ignora...
Porque este amor tem muito tempo...
Não tem horas daqui...
Tem eternidades do céu...
Tem murmúrios do vento...


Gosto de ti... Ilumina-me... Quem sabe algum dia sintas que sou eu... Ilumina-me...


Eres mi religion... fé...



Ter um pouco de fé trouxe-me à musica, à vida, à leitura, aqui.
Estava muitas vezes reflectindo sobre a minha vida, com uma pena interior de mim própria, como se fosse forçada a estar aqui.
Comecei a caminhar devagarinho, com uns passos incessantes que nunca desistiam. Encontrei-me ainda mais perdida, mas convicta a seguir por aí.
Uns trilhos cheios de devaneios e picos abertos, ainda com feridas a sangrar e com um só objectivo, afastar-me de um tal caminho.
Agarravam-me mãos negras, mãos perdidas e vidas estranhas aprisionavam-me, pareciam canibais desatentos ao movimento da minha vida.
Caldeirões de sofrimento, tudo com uma expectativa de morte, de pura imortalidade, que ao mesmo tempo me prendia e afastava. Eram filmes, foram filmes e vão continuar a ser, apenas sem grande importância. Chorei tantas vezes, por pensar que estava aqui em plena sensação de castigo, imprópria para viver.
Hoje sou feliz, reparo que ainda existem estas memórias, estes factos, mas ignoro-os como meus, não são meus mesmo. São filmes que se vêem no cinema, mas que não se pagam em dinheiro, pagam-se no corpo e na alma.
Com filmes e sem filmes vou continuar nesta felicidade de ter nascido e permanecido até cumprir algo.
Fui e sou assolada por imprevistos repentinos de egos amarfanhados, continuo, sou imparável, o meu ego também é tramado. Costumo domesticá-lo mas como tenho tanto em carneiro não é nada fácil. Gosto de desafios, por isso vou continuar aqui, com a fé que tenho e que irei alimentando aos poucos. Não sou de grandes exageros, mas neste caso custe o que custar, vou continuar sempre por aqui e por ali em busca do que esqueci, da minha essência...  Com toda a paciência  para a minha alma crescer como alma e poder sentir, o que com o véu do esquecimento perdi Por tanto e por tudo vou continuar por aqui 2013...