Ter um pouco de fé trouxe-me à musica, à vida, à leitura, aqui.
Estava muitas vezes reflectindo sobre a minha vida, com uma pena interior de mim própria, como se fosse forçada a estar aqui.
Comecei a caminhar devagarinho, com uns passos incessantes que nunca desistiam. Encontrei-me ainda mais perdida, mas convicta a seguir por aí.
Uns trilhos cheios de devaneios e picos abertos, ainda com feridas a sangrar e com um só objectivo, afastar-me de um tal caminho.
Agarravam-me mãos negras, mãos perdidas e vidas estranhas aprisionavam-me, pareciam canibais desatentos ao movimento da minha vida.
Caldeirões de sofrimento, tudo com uma expectativa de morte, de pura imortalidade, que ao mesmo tempo me prendia e afastava. Eram filmes, foram filmes e vão continuar a ser, apenas sem grande importância. Chorei tantas vezes, por pensar que estava aqui em plena sensação de castigo, imprópria para viver.
Hoje sou feliz, reparo que ainda existem estas memórias, estes factos, mas ignoro-os como meus, não são meus mesmo. São filmes que se vêem no cinema, mas que não se pagam em dinheiro, pagam-se no corpo e na alma.
Com filmes e sem filmes vou continuar nesta felicidade de ter nascido e permanecido até cumprir algo.
Fui e sou assolada por imprevistos repentinos de egos amarfanhados, continuo, sou imparável, o meu ego também é tramado. Costumo domesticá-lo mas como tenho tanto em carneiro não é nada fácil. Gosto de desafios, por isso vou continuar aqui, com a fé que tenho e que irei alimentando aos poucos. Não sou de grandes exageros, mas neste caso custe o que custar, vou continuar sempre por aqui e por ali em busca do que esqueci, da minha essência... Com toda a paciência para a minha alma crescer como alma e poder sentir, o que com o véu do esquecimento perdi Por tanto e por tudo vou continuar por aqui 2013...
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