terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Diferente de tudo o que projectei...


Regresso aqui hoje com o coração mais tranquilo.
A vida tem-me dado ensinamentos incríveis.
No momento mais oportuno deu-me amigos muito especiais, chegaram quando era a hora... Divirto-me com eles, temos partilhado tanto...
Hoje senti-me perder o Norte e ganhar o Sul...
Aprendi que não devo fazer planos, porque hoje não havia planos que se concretizassem...
Uns amigos levaram-me a um amigo, e esses amigos a outros amigos.
Agradeço-te por me dares a oportunidade de ir evoluindo e pondo à prova tanto do que duvidava.
Tenho vontade de chorar... Pois tenho e tenho nem sei por que motivo...
Tenho vontade de agradecer ao Universo por hoje me ter ajudado a compreender quem de facto sou, pelo que vibro, e que preciso sentir para fazer as minhas escolhas.
Não me sinto confortável...
Nem desconfortável...
Sei que sinto algo diferente...
Não faço juízos de valor não vale a pena...
Tenho que sentir que hoje foi um dia muito importante na minha vida.
Os dias importantes não são os mais alegres, pois não. São dias que são dados como bênçãos, para recordarmos que somos de luz, independentemente se o sentimos ou não.
Desde que acordei até agora vivenciei um turbilhão de emoções... Aprendi que afinal ainda sei amar, ainda sei sentir que algo está em mim... O amor incondicional...
Apetece-me fechar os olhos e adormecer...

Que bom! Jesus recebeu-me ao nascer, as suas mãos trouxeram-me até aqui... Porque é que recuso e esqueço que afinal sou um ser de luz?
Obrigada Universo por me indicares o caminho quando duvido do que sou...
O céu é azul e brilhante...
Se vimos lá de cima somos assim por semelhança...
Que bom que é ter nas células a lembrança...
Que bom que é ter uma amiga como tu...
Que me ajudas a espelhar e a sentir o que é um ser de luz...

domingo, 29 de janeiro de 2012

O papelinho... verdinho, amarelinho e de todas as cores...



Um amigo muito especial, deixa-me estas mensagens...
Tenho vindo a coleccioná-las...
Há uns tempos atrás entrei na minha sala onde dou aulas e encontrei um papelinho destes na minha secretária... O meu coração encheu-se de alegria... Tanta, tanta... Que ainda hoje não sei expressar o que senti.
Todas as semanas tenho um papelinho destes... Tão especial... Que sinto o meu coração sorrir...
Mas por falar em papelinhos aqui há uns tempos também me escreveram um papelinho verdinho, onde eu disse que ía mudar... Também uma amiga especial...
Que bom os papelinhos fazem a minha vida sorrir...
Os meus amigos dão mais alegria à minha vida...
Por isso estou tão feliz por vos ter...
Aos meus preciosos papelinhos e a vocês...
(e não encontro o papelinho verdinho, mas quando encontrar publico)
Encontrei-o:




Chorar à chuva...

Chorei tanto...
Apeteceu-me caminhar pelo caminho percorrido...
À medida que ía caminhando os olhos íam pingando lembranças do passado...
Tentei dar um abraço apertado a mim própria...
Sentir a energia do meu abraço...
Vou continuar a chorar...
Abri os braços...
Olhei para o céu...
Senti a chuva na cara...
Lavou-me intensamente...
Foi tão intenso o momento...
Que abri os olhos...
E quando os abri
Vi-te...
Emocionei-me ainda mais...
Estavas ali a olhar para mim e a chorar...
A chorar de contentamento...
Porque me fragilizei e ao fragilizar-me
Pude sentir o teu abraço aconchegar-me...


Ontem perdi-me outra vez...



Quando pensava que tudo se apaziguava dentro de mim, enganei-me...
Deve fazer parte da vida espiritual, uns dias puxamos o que nos dá mais jeito, e no meu caso sai muitas vezes disparate. Escolho o que é fácil, mas não é bom para mim, ou melhor para a minha alma. Iludi-me com histórias do passado, sentimentos que voltaram, com um ego fortíssimo, achei que estava preparada para tudo. Mas no momento mais difícil, puxei o mais fácil... Só que em vez de me deixar ficar quieta, a pedir para o mais alto de mim se manifestar, não o fiz... Envolvi-me no meio de uma raiva que não se ouvia, não se manifestava, mas destruía-me internamente. Só eu a ouvi, só eu a senti. Ao mesmo tempo queria agarrar-me ao passado, mas fiquei perdida, já não o conhecia, já não condizia comigo. E agora? Dentro de mim manifestava-se a tristeza, e chorei, mas o meu coração estava estranho, como que pesado... Era o mesmo coração que eu chamava no passado... olhei para a lua, e não conseguia vê-la clara, olhei para o sol... Já não podia estar no céu, era noite... E agora... agora...
Sentei-me num cantinho de mim, mas repleto de tanta gente, como filha unica, habituei-me a isolar-me no meio das pessoas... Imaginei o sol, e agarrei-o bem forte... Pedi ajuda aos céus... E senti saudades, muitas saudades do que fui primordialmente... Mas escolhi vir aqui assim... Ontem até me esqueci que a escolha foi minha... Teve que me ser relembrada por uma pessoa muito especial. Agora ponho o orgulho de lado e peço ajuda. Este é um passo gigante na minha vida. Pois antigamente fechava-me e não olhava nada, nem ouvia nada, ficava perdida de mim. Olhava para a vida e esquecia-me que era eu que estava ali...
Pois é...
Realmente estamos sempre a ser postas à prova... E ontem fui posta outra vez... E muitas mais vezes hei-de ser... Só peço é que nunca me esqueça de chamar o melhor de mim... Porque esse melhor que eu sou, só há pouco o conheci, ou melhor o identifiquei...
Pedaços de mim que aqui ficam... Para que nunca me esqueça que quando se fecha uma porta abrem-se outras muito maiores e em grande número...
Só preciso não esquecer é que sou da luz... E ás vezes sofro de uma amnésia aguda, que me faz tanto mal...
Mas não deixa sequelas... E os sintomas que ficam, são a vontade de vos abraçar... Porque tenho tantas saudades vossas... Tanta saudades de casa... Tantas...

(Este texto é dedicado a uma amiga muito especial que me tem ajudado na minha caminhada de aprender a ver e a sentir que sentia e fugia para não sentir... Obrigada Lena)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mudança...

Circundando o vazio
O mundo a que pertenço
Dei por mim aqui
A relembrar momentos passados
Desconexados de sentido
Buscava encontrar a mesma razão de existir que nunca tive
Desorientada não a encontrei
Porque já não existe
Já não ecoa em nada
Vou largar-te passado
Deixar-te
Abandonar-te
Porque vais sempre ficar aqui a meu lado
Vou-te buscar para me torturar
Vícios que ficaram
Mas que não se repetem
São remotos
Gosto do confronto
Para me iludir duma fortaleza que não existe
Vou ficar triste
Vou ficar aqui
Imaginando o quê?
Nada porque nada é igual
A mudança faz parte
Não a perpetues
Não
Vai
Olha-te ao espelho
Vês tudo igual
Pois é
A mudança está no teu interior
Despe-te de quem és...
Sê a tua essência...
E vai...
Parte daqui...
Abre as asas da imaginação e voa
Vai...
Lança-te ao mundo...
Ao Universo...
Alegra-te por teres tido a oportunidade de te olhares...
Fecha os olhos e sente...
Essa não é a ilusão que te conforta
Não
Esta és tu...
Sorri...
Escreve mas não te atormentes...
Que bom que é sentires a vibração da mudança...
Circundando-te a ti própria...

26/01/2012


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Caminhar por aí...

Às vezes vagueio por aí
Ando ao relento
Sem me preocupar
Ando por andar
Relembro os passos que dava em criança
Pés pequenos
Que marcavam profundamente
Pegadas fundas
Provocadas por uma raiva herdada
Muitas vezes controlada
Por regras severas da educação
Construía caminhos torcidos
Linhas tracejadas e cruzadas
Dependendo do que se anunciava dentro de mim
Dos holofotes que me iluminavam fora
Outras vezes deixava-me cair
Ficava presa a um canto
Horas sem fim
Suplicando ajuda
Surgia uma espécie de calma
Que me acariciava
Me estendia a mão
Abrindo-me sempre uma porta para a vida...
Acordava estendida
Rejuvenescida
Sem saber se agradecer
Ou lamentar
Hoje essa mão
Essa calma é-me muito assídua
Antes vivia no anonimato
Hoje está sempre presente em mim
Embora por medo ou cobardia a rejeite
Não há dia nenhum
Que ela não me espreite
E me diga: - Sabes estou aqui.
Os seus dedos são brilhantes como cristais
Que não se espelham em diamantes caros
Porque o seu brilho é simples
Imortal
Permanece nos sinais ancestrais do universo
Devia estar a dar passadas de contentamento
E não estou
Porque parece-me sempre que não mereço
Um mecanismo egóico instala-se
Auto-acciona-se e deixa-me assim...
Tirei os sapatos
Tirei os medos
Refugiei-me nos segredos
Da mais pura ilusão
Hoje as linhas dos meus caminhos
São paralelas e prolongadas
Com traços bem rasgados...
Vou caminhar muito devagar
Procurar um pouco de luz
Para aquecer o coração
Ficar sentada numa paisagem perfeita
Surgida no auge da meditação
Agradeço e vou adormecer eternamente...

25/01/2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Abre a janela...

Abre a janela
Deixa o meu amor entrar
Não quero bater à porta
Porque posso me arrepender
Estou triste
Não quero mais sofrer
Mas sabes que me sinto bem
Que a vida é mesmo assim
Com risos e choros
Quem me dera ser o teu coração
Sentir e apreciar o que sentes
Para dar valor ao que o amor me roubou
Alguém me magoou
Esse alguém aqui ficou
Espero tempos e tempos
Por saber porque gosto deste sofrimento
Que me arrasta pelo chão
Me fragiliza e me deixa só nesta pressão
Quem me dera poder amar e amar
Subtilmente entregue
Mas a fuga apodera-se
Se não fosse o medo
Estaria aqui ainda a amar-te
Abraçar-te
E a dizer-te que bom estares aqui...
Que seria de mim sem ti
O mesmo que sou hoje
Porque hoje renasci
De ti...
Medos tremendos
Medos estupendos
Que me deixam aqui a mudar... Abro a janela
Vou ficar ali
Aqui
A respirar...

Livre...


Livre...
Liberdade...
Acorda-me do sonho em que permaneci
Acorda-me da realidade que nunca vi
Quebra-me as barreiras que construo
Destrói-as completamente
Dá-me o poder de ser
O poder de permanecer aqui
Sem amarras e sem crentes
Liberta-me do fanatismo antigo
Actualiza os espíritos
Espelha a sua luz...
Não deixes que o ego os preencha de plenitude cruel
Deixa-os caminhar à deriva
Libertando-os dos conflitos e julgamentos
Ser livre é ser-se o que se é
Ser livre é estar aqui e dizer:
- Que afinal sem nada sou tudo...
Num nada iluminado
Constroem-se sonhos do que é...

domingo, 22 de janeiro de 2012

A caixa dos medos...

A minha caixa está cheia de medos...
Que foram fermentando ao longo dos anos.
Fui crescendo, envelhecendo e ela também...
Fui maturando os conhecimentos, alegando ganhar experiência, mas os medos continuaram. Não os revivi, não os enfrentei, não os alimentei, pois não, fugi deles.
Acentuaram-se com o tempo, pensava que nem me pertenciam, porque sempre os ignorei. Era a rapariga forte, aquela que é imbatível, e por dentro tremia, por dentro formava-se um terror, um pânico, cheguei a chorar, com medo de não conseguir.
Estava a um passo dos resolver, quando inesperadamente fugi... Toda a minha vida foi uma fuga, uma fuga especial, da matéria, de mim.
Se pudesse voltar atrás talvez nada mudasse. Por isso mesmo, chegou o dia em que me entreguei à verdade, à realidade da fuga, à causa que tanto me limitou. Apareceram pessoas na minha vida, que me foram amparando, e quando os sentia, deixava-me ser, quem realmente eu sou.
Hoje trabalho esses medos, porque confio em algo mais. Confio em mim, apesar de não ser muito de fiar... Porque às vezes são recorrentes pensamentos, e sensações, que o ego não sabe explicar.
Pois é tens razão. Ainda bem. Porque se o ego se apoderasse deles, acabaria por amedrontá-los mais.
Pois é...
O segredo está em perceber, e ver porque o medo existe. O medo existe para por à prova a coragem de estar aqui a escrever.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mundo cheios de ti...


Às vezes imaginamos mundos
Cheios de estrelas
Cheios de luz
Raios que se desprendem
Desenhando caminhos
Caminhos cheios de cor
Onde os pés pisam sem peso
Vestidos de roupa clara
Leve e esvoaçando ao vento
Caminhamos com uma força
Muito forte interior
À medida que nos aproximamos do destino
Todo o corpo flutua
Por ti me entreguei a esse mundo
Por ti me entrego de braços abertos
Todo o meu mundo de poesia
Hoje tem cor
Ontem não tinha nada
Só umas sombras que se definiam apenas no escuro
Por ti...
Acreditando que me guias
Passei a desenhar com lápis de cor brilhantes
Como uma criança
Aquela que nunca desenhou
Porque apenas escrevia
Escrever é desenhar formas belas
Que se lhes der-mos vida
Ecoam no universo...
Cheguei
Entreguei
Senti amor
Expandindo-se e descobrindo em mim
Novos caminhos de sol
Guiada por ele
Guiada por ti
Escutando cada sinal
Cada respiro...
Ficarei até à eternidade...

18/12/2011

Talvez um poema...


Senti-me tão feliz
Como se a felicidade se apoderasse de mim
Pela primeira vez
Orgulhei-me de existir
De prescindir de tudo o que conheço
Lancei-me nos braços da luz
Agarrei-a com tanta força
Como que temendo perdê-la
Percebi que sentir felicidade
É sentir o céu em nós
Vi um brilho que se expandiu
E se apoderou de mim
Como me senti flutuar!
Ou melhor voar
Deitei-me levemente
Veio um tapete voador buscar-me
Mostrar o quanto é mágico voar
O quanto é mágico aceitar
O que não se concebe com a mente
A mente mente-nos tantas vezes
Ou quase sempre
Entrei mar a dentro
Banhei-me em pensamento
Rebolei-me na areia celestial
Como é bom sentir o areal!
Juntamente com a espuma que nos lava
E nos envolve
Continuo a sentir o quanto ser feliz vai fazer parte de mim
Pode tudo acabar
Vou continuar a olhar
Para dentro de mim
Porque esse tudo é nada
É a não existência
Porque afinal dou graças ao céu
Por me conceber nestas experiências
Onde o azul se projecta na luz
E me conduz ao Universo...
Se escrevesse poesia
De certo a alegria de existir
Seria o meu primeiro verso.

15/12/2012

O Livro da Olinda...


Que conforto!
Que magia!
Hoje tenho na minha mesa de cabeceira, um livro muito especial... O livro da Olinda Cris.
Um livro que me foi mostrado por Ele... Cor do céu...
Quem eu sou e o caminho para esta descoberta...
Desde que o vi internamente, não tive descanso...Pensava que importa, vou conseguir. O livro há-de ser concretizado. Estou com o céu a meu lado, com o céu dentro de mim.
Estou na última folha do meu caderno de notas, ou escritos. Significa que hoje se fecha um capitulo e abre-se outro. O livro final chegará a todos, os que tiver que chegar.
O livro que me libertou da escuridão em que me encontrava... aconchegou-me no mar azul, levou-me a navegar nesse Tejo na harmonia do azul do céu.
Os teus olhos na capa, são a imagem mais fiel do teu blog...
Um livro de sonho, que o sonho concretizou.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estava aqui a pensar...


Estava aqui a pensar...
Tenho recebido tanto e nem dou o devido valor.
Será?
Perco-me muito na imaginação, à espera que me digam que tudo não passa de um sonho...
Vão...
Talvez.
Se olho para o céu e o vejo mais azul que nunca, em vez de ficar contente, dou por mim a pensar, será que está mesmo azul?
Quem terá visto?
Azul... Não, não estava azul...
Vou para casa ainda a olhar e a sentir, o que vi sem ver.
Porque faço isto?
Porque duvido tanto de mim?
Devia estar grata por ver, por sentir e por poder transmitir. Em vez disso divago na suposição, na incerteza da certeza e dou por mim, a perguntar?
Que viste?
Que sentiste?
Eras tu...
Respondo: Não, não era...
Não posso ser Eu...
Porque Eu...
Quem sou eu?
Um foco de luz...
Que só se ilumina quando lhe dá jeito...
Pára de enrolar e sê quem realmente és...
A verdade vem sempre ao de cimo...
Por isso tranquiliza-te e deixa-te estar aí...
Quem sabe a sonhar...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Sonho e imaginação...

Acordei dum sonho, mera imaginação.
Estava a dar uma aula, uma sensação de desconforto apoderou-se de mim, fiquei parada, não me mexia... Tinha-me esquecido, ou melhor deu-me uma branca.
A única coisa que me ocorreu foi abrir os olhos e olhar para cima. Pedi ajuda, com a convicção plena de que a ía receber.
De braços abertos e parados, porque não sabia o que fazer, recebi um calor aconchegante. Como se uma mão me confortasse.
À minha frente, formou-se uma bola de luz, clara e fortíssima. Permaneci tranquila, confiante, e entreguei-me de braços abertos, rendi-me à luz. Não ficou por aqui. Essa luz afunilou e dividiu-se em duas... E eis que sinto uma leveza profunda.
Formaram-se dois dedos de luz, que me levantaram e me guiaram os braços até ao fim da aula. Deixei-me levar, entreguei-me e confiei...
E os braços leves, levíssimos eram conduzidos tão lentamente, que jamais em situação alguma, o conseguiria fazer. Durante este processo agradecia, e sentia-me merecer pela primeira vez esta ajuda, esta energia.
Os alunos estavam com um ar radiante, e diziam-me que a energia era forte. Eu sabia que sim, era uma energia celeste, divina, uma energia pura. Continuei a sentir os dedos de luz, e pedi aos alunos para continuarem ao seu ritmo e eles assim o fizeram.
E eu vi Jesus à minha frente, senti-o dentro de mim, e deixou-me ficar assim de braços abertos bastante tempo, e os meus braços abraçavam-o, senti que os meus olhos se inundaram de água.
Agradecia a experiência e ainda hoje quando sonho, sinto essa energia em mim.
Que pena ter sido sonho...
Que bom ter sonhado...
Ter estado com Jesus nos meus braços e eu nos braços Dele.
Tocámos coração com coração.
Sentimos o olhar brilhar.
Levou-me para cima e acordei.
Queria tanto não deixar de sonhar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sempre que oculto...






Este quadro feito à mão, com cores maravilhosas, e com um significado especial, foi uma prenda de natal também muito especial, de um amigo. Obrigada por ser tão parecido comigo, neste momento e só agora...
Este quadro intitula-se "Lurdes + 3 em Ascenção"... Obrigada ZJ...

Sempre que oculto o próprio oculto onde vivi
Sinto uma vontade de voltar
Sei que não é o meu lugar
Mora apenas a recordação
De outras vidas em que andei vestida
Com trapos roubados numa feira ao relento.
Conheci ciganos
Conheci pobres
Ricos
Conheci e vivi assim
Não sei bem onde me encaixo
Encaixo-me aqui
Sento-me numa praia deserta
Chamo-lhe deserta porque não está ninguém
Uma praia só minha
Fecho os olhos
Adormeço
Penso que adormeço
Caio noutra realidade
Que hoje é pura ilusão
A ilusão é forte
Faz-se passar por um colorido
Só que as cores são superficiais
Não profundas com a raíz que as formou
Nasceram e cresceram
Têm percurso
Vida própria
Fui eu que as desenhei
Apenas o que elas são
São...
Se algum dia receei
Foi escrevê-las
Desenhá-las
Achava que não as conhecia
Ainda hoje pergunto:
- Que cor é essa?
É a cor do coração...
Respondo:
- Azul.

05/01/2012

sábado, 7 de janeiro de 2012

Palco de um tempo não concretizado...


Quando oiço e vejo a Mylene Farmer, sinto uma emoção muito forte, uma alma fantástica, que se entrega, com um desapego total em pleno palco, desapega-se de tudo que o ego tomou.
Eleva-se e conduz-se pela alma que lhe dá vida.

O meu sonho sempre foram os palcos... Vê-los, senti-los, como se os revisitasse mais uma vez...
Nunca percebi esta loucura. Ainda hoje quando os vejo, sinto-me sem fôlego, como se parasse de respirar, para não estar aqui e voltar para ali, onde sempre pertenci.

Uma essência fulminante, que se contagia a ela própria e a quem a ouve e vê...
Lembra-me os Iron Maiden... Quando os ouvia há mais de vinte anos atrás...
Gosto de uma energia forte... Vivo profundamente e sinto felicidade... Mesmo que seja aparente, sinto-a nascer de uma emoção sem gente.

Algo que se sente e navega na noite que inventei.
Um dia fugi, um dia nasci assim.
Neste lugar de seres que se animam e se mantêm profundamente aqui.
Por isso sou hoje um ser feliz.

Sou como um navegador que navega, se entrega ao vento e ao leme...
Deixando-se conduzir por esse mar...

Perdeu os filhos ganhou o sal.
10 Dez 2011


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Escrita no silêncio...


Queria escrever...
- Porque não escreves?
Tenho medo de me expor...
- Medo?
Sim, muito medo...
Todos imaginam que sou forte
Que não sofro...
Sempre sofri em surdina
Sempre me ri escondendo a tristeza
Nunca se aperceberam de quem era
Ao mínimo contratempo afastava-me
Enclausurava-me em casa a ler
A escrever só para mim
Nunca disse quem era
Nunca me assumi como nada...
Nunca liguei à profissão
Sempre quis ser livre
Não ter nada...
Deparo-me com contradições gigantescas
Penso em tudo
Tenho tudo
Nunca gosto de nada
Nada me satisfaz
Nada me arrasta para nada
Sou um marco de pedra
Que estar metro acima ou metro abaixo é igual...
Não posso revelar o que já pensei
O que imaginei
O que desejei
Não posso...
Se me choca a mim
Que construí esses pensamentos
Imagino aos outros...
Porque me preocupo com os outros?
Para não me preocupar comigo
Fingir mais uma vez
Que está tudo bem...
Estou magoada
Cansada
Triste e ao mesmo tempo feliz...
Porque aceito o que tenho
O que mereço
Apesar do inesperado me desnortear
Apesar de balançar no conflito...
Agradeço estar aqui
À mercê de um grito
Tão interior
Que por mais que me esforce
Nunca soará...
Porque ficou mudo...
Apesar de tudo ainda vive
Mesmo sem voz.
04/01/2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Somos ou não somos?

Reflexos e espelhos
Nascem em mares à distância
Brilham cristais inventados
Por ferramentas mentais
Engendradas para o sucesso particular
Juntando partículas de sons reais
Perturbados e jogados ao acaso sem acção
Estáticos
E a prisão que os segue?
Amarra-os e não os deixa soltar
Gosta dos perturbar
Assim se é
Assim se alimenta
Porque será que a alma não quer
Nem sequer os sustenta?
Perante a imensidão
Perante a transparência
O Cristal é puro
Livre e seguro
Apesar dessa distância
Somos pequenos cristais
Que iluminados pela luz
Nos tornamos imensos
Universais...
Pois é...
Somos ou não somos cristais?
02/01/2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

Happy...

Que feliz me sinto!!!
Consigo escrever neste primeiro dia do ano. Andava triste com medo, sempre o medo, de não conseguir escrever.
Depois de grande stress neste mês de Dezembro, de ver tanta coisa acontecer, achar que dominava e controlava tudo, caí num cansaço.
Senti uma impotência tremenda de querer erguer os braços, a cabeça, o coração, e nada acontecia a não ser ficar quieta.
Foi a primeira vez que respeitei esta ordem que o corpo me deu.
Tenho passado por transformações, que acharia impossível acontecerem.
Se não julgasse tanto e deixasse fluir com a energia lá de cima, estaria num outro estado.
Sempre achei que quanto mais rápido melhor, a energia primária de carneiro, é e tem que ser assim. Ou melhor era...
Hoje sento-me e dou por mim a reflectir e a sentir, esperando perceber o que o meu corpo me diz. O corpo fala... A própria Medicina Chinesa entende a linguagem do corpo e de cada órgão e quais os danos que se pode ter, se bloquearmos a parte emocional. a Medicina Chinesa é acima de tudo preventiva, consegue-se perceber, se tivermos um determinado padrão emocional, qual será o tipo de manifestação no corpo em termos de doença, ou melhor qual poderá ser o desequilíbrio que se poderá ter, se não se tratar energéticamente. E isto daria pano para mangas...
Neste inicio do ano, quero agradecer o ter percebido, o que a vida me estava a mostrar e qual o desafio que me propunha. Por tudo isto... Aqui estou, regenerada e pronta para retomar o meu trabalho e as minhas aulas... Sou muito feliz, porque faço tudo o que gosto...
Tratar doentes e dar aulas de Medicina Tradicional Chinesa... Fora o resto... Ler, escrever, ouvir musica, teatro e meditar...
Acima de tudo: Ser Feliz!!! Muito Feliz!!!