sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Talvez um poema...


Senti-me tão feliz
Como se a felicidade se apoderasse de mim
Pela primeira vez
Orgulhei-me de existir
De prescindir de tudo o que conheço
Lancei-me nos braços da luz
Agarrei-a com tanta força
Como que temendo perdê-la
Percebi que sentir felicidade
É sentir o céu em nós
Vi um brilho que se expandiu
E se apoderou de mim
Como me senti flutuar!
Ou melhor voar
Deitei-me levemente
Veio um tapete voador buscar-me
Mostrar o quanto é mágico voar
O quanto é mágico aceitar
O que não se concebe com a mente
A mente mente-nos tantas vezes
Ou quase sempre
Entrei mar a dentro
Banhei-me em pensamento
Rebolei-me na areia celestial
Como é bom sentir o areal!
Juntamente com a espuma que nos lava
E nos envolve
Continuo a sentir o quanto ser feliz vai fazer parte de mim
Pode tudo acabar
Vou continuar a olhar
Para dentro de mim
Porque esse tudo é nada
É a não existência
Porque afinal dou graças ao céu
Por me conceber nestas experiências
Onde o azul se projecta na luz
E me conduz ao Universo...
Se escrevesse poesia
De certo a alegria de existir
Seria o meu primeiro verso.

15/12/2012

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