segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ascensão expansiva...



Tenho andado em pura ascensão
Sinto-me subir
Sei que vou
Não tenho qualquer sensação
Não tenho sequer a noção
De onde tenho estado
Para onde tenho subido
Conheço-te Luz Superior
Universal
Conheço-te amor incondicional
É ele que me tem dado a mão
Faz-me acreditar
Que vivo a meditar
Em plena fuga celestial
Sempre fujo
Sempre me entrego
Tremo de medo
De uma violência que nunca conheci
Ou melhor nunca  apliquei a ninguém
A não ser a mim
Como me sinto enganada
Como não fujo
Não choro
Fico no meio de mim
Parada
À espera do teu abraço
De ficar no teu regaço
Adormecer ali
Sentir um aquecimento perfeito
Aquele que me estimula a sentir de onde vim
Saber que continuo a caminhada
Mesmo sem caminho e sem estrada...
Vou flutuando até me erguer
Neste universo acima
Sinto-me saltar
Daqui para trás
De trás para um futuro
Que se aparenta familiar
Queria muito continuar
Não sei se vou...
A minha intenção é permanecer
Ir andando
Aos poucos
Sentindo que cada dia é diferente
Permanecendo na entrega
Mesmo sem sentir
Porque tenho a certeza
Que ao subir
Regero-me
Entrego-me
E vou...
Abro a boca de espanto
Os teus braços são imensos
Abraçam-nos a todos
E também à terra...
Que bonito!
Obrigada por me incluíres nos teus braços de luz
E me destacares
Logo a mim
Que nunca ninguém me viu
Nem sentiu
Que a sensibilidade era o meu forte...
Com artimanhas esconderam-me
Com artimanhas a descobri
Porque me deste essa sensibilidade de sentir...
Agora vou adormecer
Para poder repousar e permanecer nos teus braços
Encostadinha ao teu coração
Que sempre me sorri
Sou tão feliz...
Acabo de abrir os olhos e vejo-te aqui...
Abraçado a mim e a sorrires...
Sinto-me em pura ascensão...
Sinto o pulsar do teu coração que se entrelaça no meu...
E expande...

30/04/2012




Aula de Meditação (e o após...)

Julgamento/ Criatividade
Rejeição

Mais uma aula, um momento em que nos vemos introspectivamente.
Ver ou sentir.
As pessoas dizem-me muito: Eu não vejo nada!
Quando da sua descrição apercebo-me que viram tudo e até mais alguma coisa. Fica-lhes sempre a dúvida: Será que é a minha imaginação?
Não tenho problemas em ver, não tenho também em sentir. Só que o meu querer, o meu pequeno modo de sofrer, anda sempre a procurar, o não ver e o não sentir.
Uns a querer, eu em vez de agradecer, fujo. É o meu padrão, que um dia destes se vai mesmo alterar.
Por um lado escolher o julgamento, a rejeição, por outro a criatividade. Tenho um bocadinho de cada uma. Só não escolhi a criatividade, porque mesmo quando a escolho, faço-o em julgamento.
Prevalência do julgamento e da própria rejeição.
Nesta ultima aula, dei por mim a questionar-me. Vale a pena sentir e vale a pena ver?
Tenho sofrido ultimamente um bocadinho, mas tenho sentido por outro lado felicidade e amor.
Tenho desbloqueado tanto, que ás vezes penso: O que me vai acontecer a seguir?
Que imagem vai surgir?
Será que vai ser sempre assim?
Não tenho tido descanso. Ou melhor não tenho tido tanto conforto.
Perco-me a meio da meditação, acho-me depois. Outras antes de começar já estou em fuga, outras acabo por acabar, nem me lembro. Sei que estou na luz, no meio de tanta luz, independentemente da minha vibração.
iniciei este texto no dia da aula, termino-o hoje.
Desde a aula até hoje, a minha vida tem sido uma dádiva de enfraquecimento.
Fragilizo-me...
Claro, até me dá jeito dizer que mudei. Dizer que sou rejeitada, até me esqueço que o disse, até me esqueço de tudo e de nada.
Não fui rejeitada, sou eu que me rejeito.
Por insegurança, por amar o impossível, por amar e nem sequer me debruçar sobre a sensação  que provoca. Amar é uma dádiva. Quando nos sentimos amados a nossa alma engrandece, brilha. Fujo sempre disso, nunca me lembro dessa satisfação. Ao ver a imagem do amor, já a noto turva, mal delineada, imperfeita, inacabada e dá-me jeito vitimizar-me. Passar a eternidade em busca. Sim em busca, do que o meu ego pretende.
Amores imediatos.
Amores cor-de-rosa, daqueles que só pelo olhar se concretizam.
Há um amor que encontrei, uma vida que amei, disso tenho a certeza. Vidas em que ajudei a curar e a amar.
Nesta vou mudar padrões que já iniciei.
O amor é tão livre e tão bonito.
Sinto-me livre...
Concretizada...
Só tenho uma sensação...
Nunca vou gostar de nada...
Porque preciso de abrir o coração...
Se for rejeitada?
Pelos vistos tenho essa experiência, tantas vezes registada dentro de mim.
Tenho uns pais que me amam.
Uma família igual.
Amigos que adoro...
Tenho sem ter...
Passam  na minha vida e alegram-na.
Sinto rejeição mesmo assim... Então porque fujo?
Hoje vou iniciar a minha nova fase:
Criatividade...
Livre...
Bela...
Daqui...
Dali...
Vou ser como " salvador Dali"...
Criatividade é assim...

28/04/2012






sexta-feira, 27 de abril de 2012

Papelinhos que me animam e libertam...


Acordar
Relembrar a cor que anima o meu coração
Pequenos traços
Pequenos papelinhos
Que me enchem a alma de alegria
Flores
Sorrisos
Barcos
Escadas e lindas caras
Luz e mais luz
Como focos que me iluminam e me ajudam a partir
Ir ao mais bonito sorriso que escala dentro de mim
Não sei pintar
Não sei tanta coisa
Só sei que amanha é o dia de mais um papelinho colado
Escondido e bem perdido
Para mim...
Uma pomba branquinha
Que nem sequer precisa de levantar voo
Porque voei com ela até hoje
Hoje sinto-me feliz
Porque a pomba tem um raminho e uma luz no seu bico...
Imagino se ela falasse
Se ela demonstrasse como me sinto feliz
Por estares sempre aqui
Papelinho colorido
O papelinho mais querido
Que um dia o céu me ofereceu...
Céu mensageiro dessa luz forte e quentinha
Desse amor que alimenta a alma
E me ajuda de novo a sorrir
E a sentir...
O calor dos papelinhos colados
Numa madeira especial
Numa luz fenomenal
Que nunca mais irei esquecer

27/04/2012




quarta-feira, 25 de abril de 2012

Butterfly

Como uma borboleta
Apetece-me voar suavemente
Bater as minhas asas frágeis e ir...
Poisando aqui e ali
Dizer pequenos segredos
Deixar mensagens
Sonhar acordada
Deixar a vida avançar sem controlar nada
Mesmo nada
Juntar as mãos e agradecer por cada momento
Cada pequeno sopro de vida
Olhar bem para dentro dela e respirar
Fazer umas festas sem tocar
Com o sentir da energia
Que se eternaliza e vai...
Deixar pequenos pós de alegria e sensação
Amar por amar
Amar tudo e todos
Respirar e abrir o pequeno sopro no meu coração
Deixar as lágrimas cair e deixar-me ir
Correr com elas
Sentir por onde passam
O que deixam
Porque se libertaram
Tenho uma vontade imensa de chorar
Sim chorar neste preciso momento
O meu coração está pequenino
Reduziu-se a um tamanho de criança
Fragilizou-se
Tenho tanto medo de ir
Tanto medo de caminhar no desconhecido
Como se tudo já tivesse sido percorrido
E tenho medo de lá ficar outra vez e me perder
Desta vez é mesmo de vez...
Um, dois, três e vou voar...
Butterfly...
Leva-me contigo...
Deixa-me ser tu...
Butterfly...
Tenho medo de voar...
Perder uma asa e cair...
Tenho medo de partir...



Adeus Butterfly...

domingo, 22 de abril de 2012

Preto e branco...

Estou num dilema...
Como tantos outros que tive...
A dualidade.
Sempre a mesma indecisão
Às vezes a tristeza e o medo
Outras o medo de existir e permanecer...
Permanecer sem controle...
Parece que não consigo...
Parece mas vou...
O corpo aquece e dói-me
Parece um estado febril
Para fugir do desconhecido...
Já não devia estar a viver este dilema...
Andei para trás...
Primeiro pensamento que surge...
Andei para a frente...
Andei mesmo...
Porque antigamente nem sabia se andava, se ficava, se parava...
Apenas adormecia sem saber qual  o acordar...
Se havia outro acordar.
Tanto olho para o branco e vou
Como olho para o preto e fujo...
Se fujo porque não fujo para o branco?
Essa é a grande questão que me coloco...
Olho o branco...
Não contemplo mais o preto...
Deixei-o ali...
Porque escolho sair do meio e ir para ali
Branco eterno...
Iluminado e muito desperto por tanto que te escolhi...
Mesmo quando sem olhos e só de coração te senti...


A mensagem...

Estava aqui a pensar, que mensagem será esta?
Porque estão as mãos nos ombros, outra mão direccionada para a terra e o porquê desta imagem?
Porque são três as personagens da fotografia...
Que fotografia vê aquela mulher?
Porque tenho que pensar?
Vou fechar os olhos e sentir este misto de composição...
Que lindo...
Que sensação...



domingo, 15 de abril de 2012

No meu coração...


Tenho tanto no meu coração...
Fiz uma renovação...
Retirei alguma energia mais pesada e substituí pela mais pura que me foi oferecida
Talvez me tenha sido ensinado a distinção entre uma e outra
Às vezes pensava que o mundo era todo pesado
Como se o carregasse às costas...
E carregava mesmo...
Os joelhos flectiam e não se erguiam
Pesavam as toneladas que eu desejava carregar...
Quanto mais peso mais punição
Quanto mais de tanto e tudo tão pouco
Mais sentia a felicidade de um dia poder renovar
Renovei mas o modelo pensado e desejado
Não foi deveras o escolhido
Afastei-o tanto...
Foi o primeiro a ser posto de parte...
Hoje o meu coração vai falar com a sua alma
Sinto o peso da insegurança e do medo
As costas estão leves
Quase flutuam
Porque me entrego e me rendo...
Surge lá bem no fundo
Um recanto de rejeição
Porque temos que ser rejeitados?
Se nos rejeitamos a nós próprios...



sábado, 14 de abril de 2012

Dao... Caminho perfeito... Rendição...

Será que me estou a render?
Me espanto e espanto de tanto não compreender...
Critico-me ao extremo da minha essência...
Será que este aperto que me invade e ao mesmo tempo me centra
Será vontade de chorar
Largar padrões temidos
Difíceis dos alimentar
Por não os deixo partir?
Que ego complicado
Queremos o desejado
Os desejos são o que menos me atormentavam
Será um destes dias desbloquearam e vou andar por
Ansiando ver o que sempre vi
E fingi não ver
Para não me comprometer com nada...
Existem caminhos
Rumos
Estradas virgens
Rios que me atravessam e me espetam razões para não estar...
Sou a mesma criança
Como?
Como?
Passaram 45 anos de estar aqui...
Como?
Não posso perceber nem conceber que não cresci
Nunca fui criança...
Talvez...
Tenho a certeza e agora...
Já não a consigo desbravar...
Aos poucos contacto com ela...
Não volto a trás mas solto-a...
Vou permanecer no que sempre acreditei...
No que sempre me rendeu e rendi...
A ti...
Dao... Deus...

E continuo no que tanto acredito, relembro frases de Lao Tzé...

" Para que possamos observar os seus segredos, temos de permanecer sem desejo. O desejo é uma ânsia de complementação. Um processo compensatório... Etc. " in Livro do caminho perfeito.
Para o Tao Té Ching existem sempre duas coisas interligadas: A essência e a casca. Ao observar o homem não podemos deixar de lado o interno, o lado oculto, sob pena de transformarmos as relações humanas em algo puramente externo. Esse é o Mistério. Aquilo que aqui é chamado simbolicamente de Portal.Cada coisa, portanto, é como um portão escancarado diante de nós. Todas elas nos levarão à essência primordial. Ao Tao."


Aqui nesta ou noutra galáxia...


Sinto-me numa nova galáxia...
Emitindo ondas e recebendo ondas
Desencontradas
Outras vezes estruturadas pela razão sem sentido...
Caminho descalça
Caminho de braços abertos
Num mundo de tanta e pouca cor...
Caminho com um grande amor
Que se expande e irradia uma vibração tão fina e leve
Do meu coração...
Amo estar aqui
Sem Ler
Sem perceber que nada já é o bastante para te ter...
Ela canta
Ela brilha
Bem no fundo
No fundinho continua a sofrer...
Vou para outra galáxia...
Sei que vou...
Acabei de dar o salto
Estou neste momento no alto
Que se descobre em mim...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Não posso mais... Vou embora...


Estou a iniciar a minha libertação...
Prestes a largar aquilo que sempre instituí como meu...
Nada é meu...
Não tenho nada...
Tenho-me a mim e Deus...
Para que penso em ter mais...
Vou partir por uns tempos de mim...
E Acariciar as limitações e não vou fugir...
Não vou mesmo...
Passei tanto tempo nisso...
Tanto...
Que vou aceitar as interrogações...
Aceitar o que sempre pûs em causa...
Libertar-me do medo...
Aquele medo de que tanto falo...
Mas nunca ponho em prática...
Claro que sou um poço com vários níveis e vários medos...
Tenho fé...
Acredito na luz...
Mesmo quando se finge não ser...
Não é ela que finge
Sou eu que adoro mascará-la para não a ver...
Dá-me tanto jeito manter padrões antigos
Conhecidos...
Tanto...
Que quando algo treme...
Parece que me tiram o chão...
Estou prestes a ir...
Vou-me embora...
Sinto-me liberta...

terça-feira, 10 de abril de 2012

Nasci há 45 anos...

Esta canção era ne cantada)

1,2,3 Vou nascer outra vez... Vou mesmo...


Faz hoje 45 anos que nasci... No dia da romaria de Castelo Branco, Nossa Senhora de Mércoles.
Chovia muito, a minha mãe já nao foi almoçar à Romaria, mas depois do almoço ainda foi à nossa Sra da Póvoa, outra romaria. Mais um bocadinho e nascia nas romarias. Aliás a minha vida muitas vezes parece uma autêntica romaria. Ainda não sei bem para onde mas parece.
Chamei-me Lurdes de imediato, nome da minha madrinha. Assistiram ao meu nascimento a minha madrinha, a minha tia Silvinha, a D. Conceição da Lousa, e a D. Teresa Barbas. Mais um bocado uma autêntica procissão... Tinha 2,600 kg, e nasci às 00:50, na minha cidade de Castelo Branco. Em casa, era assim na altura... Dava tantos ponta´pes que nasci com os pés grandes e achatados. perguntei à pouco à minha mãe, qual a primeira pergunta que tinha feito:
É perfeitinha?
Percebo a sua intenção, disseram que era... Seria! Sou! Pelo menos fica a intenção... A minha mãe referia-se só ao físico... Não é só, mas pronto...
A primeira palavra que pronunciei foi: má... Bolas não é facil, pés grandes, pontaése, má... Andei muito tarde, falei muito cedo. Como não andava os meus padrinhos foram ao Porto comprar um andarilho (que a minha mae diz que foi o que me valeu)...
Dormia bem, muito caladinha, uma verdadeira menina... Que só ás vezes chorava. Tinha um mémé de borracha lindo, que me deu a Tia Isabel... E a chupeta denominava-a de "bica".
Fui para o infantário pequenina. Chorava, vomitava, uma autêntica tormenta, mas tinha que ir. A minha avó ajudava-me muito. Pois quando regressava a casa tratava de mim, ou então a D. Teresa. Que sempre me tratou como uma filha. Desde os 6 anos, nunca mais os vi... Que pena...
Tive um automovel de pedais vermelho, um triciclo de banco azul, na quarta classe uma bicicleta òrbita amarela, e depois uma orbita azul de mudanças no meio.
Não tenho irmãos, mas adoro as minhas primas. Apesar da vida não nos juntar, insistimos.
O meu pai cantava para mim...
Lembro-me de tanto, tanto...
Agradeço o estar aqui a escrever... No meu blog como foi o meu nascer...
Obrigada por estarem na minha vida.
Acabei de nascer à 45 anos...
Que bom... Mesmo...
A Romaria:

sábado, 7 de abril de 2012

Incógnita ou não...

Tenho estado a pensar, se o meu blogue começa a ser divulgado? Tenho hesitado imenso... Mesmo muito... Intrinsecamente sinto uma força enorme a puxar-me. O meu sonho era ser escritora e actriz... Já lá vão trinta e tal anos... Passaram estes anos e continua a ser um dos sonhos. Outros que nem sonhava, tornaram-se sonhos que concretizei. Posso dizer que me sinto feliz, por escrever. Vou ter que meditar sobre o assunto. Enquanto isso vou esperando aqueles sinais, que são sentidos cá dentro e nos dizem: - Chegou a hora, o momento.
Hoje percebi, que tenho uma imaginação muito forte, que idealizo tanto, mas não estou a conseguir concretizar tanto do quanto sinto. Interessante, tenho menos tempo, e sou mais feliz agora. Desde aproximadamente um mês e tal, tenho sentido isso. Desde há tanta coisa, que tenho vindo a mudar... A ser mais flexível comigo e com os outros. E ando aqui nesta roda viva, sem saber que fazer? Pode ser que um dia destes tenha a resposta... Ganhe coragem, e me entregue definitivamente ao universo...
Será a crise dos 45 ou será a perda do juízo final??? Sei lá... Eu sei lá quem sou? Um fogo farto, uma miragem... Lá dizia a poetiza Florbela Espanca. Eu sei lá... Vou e logo se vê... Se chegar, chego. senão fico aqui a descansar...
Apetece-me levantar os pés do chão e ir por aí... Gritar: Tenho um blogue da minha essência.
Às vezes sou a criança que nunca consegui ser... Vejo-me muito rígida, pequenina a um cantinho, de calções e um casaquinho de tecido verde claro, tipo safari... Com as lágrimas a rebentar pelos olhos e a ficarem retidas por não saber se sou criança ou não. Estas pressões, estes tumultos, têm ficado a bloquear o que nunca fui, e quero tanto ser... Vou abolir o que quero e vou aguardar... Sem prisão, sem ilusão... Vou sentar-me neste cais de fatinho verde claro... Até me cansar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Heusu Na Aking Kapatid


Soltei
Abri
Corri lancei caminhos azuis celestes
Estradas cheias de cor
Mistérios que se recomendavam eles próprios para alcançar a felicidade
Não é ser feliz
É ser
Ser e continuar a jornada
Ter um sorriso
Que quem ri é o coração
Quem chora é ele
Que faz soltar o mais entranhado nas entranhas das memórias
Caminhar por ruelas imaginárias
Ou não Seriam elas daquele tempo
Em que te vi e caminhei de mão dada contigo
Desbravando emoções recalcadas
Caladas por chapadas dadas pela vida ou não
Ele está aqui abraçando e soltando esta criança interior...
Que prospera em cada minúscula célula de mim
De ti
Vou ser peixe e vou nadar
Vou ser ave e vou voar
Vou ser eu e VOU...
Subir...
Colocar aqueles óculos que trazia ao nascer...
Que me sujaram as lentes e os pisaram
Para não ser e ver
A pureza com que a alma vem...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aula de meditação "VER" III-Er Hu...

A meditação começou com um texto da Olinda sobre Rendição... A partir daí aqui fica um pouco (5%) do que me ficou para escrever sobre o que senti e vi... O texto pode ser consultado no Blog da Olinda:


A Aula de meditação " Ver" no projecto dada pela a Helena Valente, para mim chamou-se Er Hu (violino chinês de duas cordas) Er=Duas Hu=cordas

Estava na mais profunda escolha, achando que a vida seria tantas vezes injusta. Tantas vezes tanta coisa... Ontem estava na mais profunda inquietação, pensando que a vida é como um Erhu, tem duas cordas e soa afinado ou não, depende de quem o tocar. Ultimamente tenho andado na dualidade. Antes de nascer já estava na dualidade. Sabia que ela existia, apesar da minha primeira experiência ter sido una. Estava a tentar escutar a voz do coração, a imaginar como seria ter um filho ou não. Que amor é esse de que tanto se fala, de que tanto se entrega, de que tanto se rende... Apareceu-me uma perda total, uma perda desde criança, como se tivesse perdido tudo, e se tivesse perdido, e se...
Na mais alta montanha, bem no cimo do meu ser apareceram duas mãos que me protegeram e uma voz que me guiou. E tu Deus, e tu Jesus, estavam ali, nunca vos perdi, porque a minha conexão é connvosco, por mais que exista essa dualidade, a minha escolha é una. Não me rendi ainda, nem sei se me vou render aqui. Vi-me na plena restrição, o querer fugir. Estava num registo antigo, muito antigo, não vou mais estar... Não... Pedi ajuda aos céus, aos amigos, e percebi internamente como que uma voz, um sinal no meu coração a dizer: - não fujas.
Hoje sinto vontade de chorar por estar num sofrimento interior, que me ajuda a crescer... Não é só por chorar, não, não é nada disso, são as memórias que ele lava e desfaz, transmuta, como a mais perfeita alquimia. Não vou desistir. Como no Erhu, que tem duas cordas, quem o toca não desiste duma ou de outra. Um Erhu tem a dualidade uma corda yin, uma corda yang, não interessa qual delas é uma e outra.
Estou neste momento em descoberta, a seguir sinais, a tentar crescer dentro de mim, a tentar ser a criança que chorava, se magoava, mas continuava ali encerrada, num corpo pequenino com uma alma imensa. Via a luz, e também deixava de a ver, via e revia. Nunca ninguém acreditou em mim. Nunca... Estava doente, e na verdade o corpo adoecia fortemente. Abria os olhos, que permaneciam cerrados e estavas lá... Uma luz ténue, que era a tua, o instrumento Erhu (uno) mostrava-me a corda de luz, a mais Yang, para voltar a estar aqui, resolver o que faltava para cumprir uma missão.
A aula de meditação ontem, trouxe-me tudo e não estive quase em nada. Estava nas mãos dele... Centrando-me e tentando escutar o meu lado de luz. Todos o temos, todos... Senti vergonha, medo, senti... Se fosse há uns tempos atrás, estaria encerrada em casa, numa luta interior. Saí a sorrir... A Rendição pelo menos começou na primeira nota desta musica que o Erhu entoa.
Hoje estou a tentar subir a minha vibração, olhar para dentro do meu coração e descansar na sua harmonia.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

No peito...


Olho para o peito...
Olhar não me parece ser o caminho...
Só vejo o que não quero ver
Se dói não quero sentir esse doer...
Finjo estar aliviada com medo de tudo e de nada...
Será o peito a sombra de um peito já ído.
Porque te escondes aqui
Magoas-me e deixaste-te estar aqui acomodado
Num peito meio aberto meio fechado
Magoado pela imensidão do sentir...
Se deixasses que tudo fluísse
Mesmo assim não vais conseguir
Não és tu...
Vai pedir ajuda a quem te possa ajudar
Já não tem a ver com a escolha
Tem a ver com uma explosão que se vai expandir
Fortemente...
Não existe domínio...
Deixa-te guiar e vai...
É mais um desafio sem fio condutor
Amar com medo de sentir amor
Mas vai
Continua a entregar-te...
Mesmo que magoar-te faça percurso
Nesse mundo onde brilha um mágico
Feiticeiro
Que se escondeu propositadamente ali.
Bem num cantinho recatado do teu peito...
Não de agora mas de um outro tempo...

domingo, 1 de abril de 2012

Bem aqui... Começa a desgarrada da escrita... I


Apetece-me escrever...
Ir por aí...
Por aqui...
Contar histórias que não têm fim
Porque se juntam, desenrolam e vão...
Como num teatro fica a deixa e aí se vai
Ou não.
Histórias em que cada um é protagonista e vai...
Tem tudo a ver com o ir
Tanto se ama como se detesta
Como se repara que afinal
Aquilo que existia
Já não faz sentido, já não presta e vai...
Estava sentado a um canto da rua
Escolheu estar ali no momento exacto
Eis que vem uma mão e o puxa, o leva
Sem ser por arrasto
Leva-o pelo ar
Como que voando
Convidando-o a ser anjo
Ser subtil
Fluir
Mesmo ao cair da noite
Ou não
No limiar da madrugada...
Olha-se para o chão e vê-se
Lágrimas e mais lágrimas
Misturadas com a chuva quente que se expande do seu coração...
Ajoelha-se sem forças ...
Abre os olhos e acorda para a vida...
Soltam-se os entraves interiores
Cordas que o prendiam e vai...
A força é interior...
A curiosidade de deixar as pernas andar
O coração bater
Crescer para o céu...
Criar cada vez mais raíz na sua essência
Na sua preferência de viver
Com o mais belo de si...
Vai e fica...
Acabou por deixar-se levar e subir para o piso de cima
Um patamar abaixo do chão que imaginou
O que é certo é que abriu o seu peito e voou.