quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aula de meditação "VER" III-Er Hu...

A meditação começou com um texto da Olinda sobre Rendição... A partir daí aqui fica um pouco (5%) do que me ficou para escrever sobre o que senti e vi... O texto pode ser consultado no Blog da Olinda:


A Aula de meditação " Ver" no projecto dada pela a Helena Valente, para mim chamou-se Er Hu (violino chinês de duas cordas) Er=Duas Hu=cordas

Estava na mais profunda escolha, achando que a vida seria tantas vezes injusta. Tantas vezes tanta coisa... Ontem estava na mais profunda inquietação, pensando que a vida é como um Erhu, tem duas cordas e soa afinado ou não, depende de quem o tocar. Ultimamente tenho andado na dualidade. Antes de nascer já estava na dualidade. Sabia que ela existia, apesar da minha primeira experiência ter sido una. Estava a tentar escutar a voz do coração, a imaginar como seria ter um filho ou não. Que amor é esse de que tanto se fala, de que tanto se entrega, de que tanto se rende... Apareceu-me uma perda total, uma perda desde criança, como se tivesse perdido tudo, e se tivesse perdido, e se...
Na mais alta montanha, bem no cimo do meu ser apareceram duas mãos que me protegeram e uma voz que me guiou. E tu Deus, e tu Jesus, estavam ali, nunca vos perdi, porque a minha conexão é connvosco, por mais que exista essa dualidade, a minha escolha é una. Não me rendi ainda, nem sei se me vou render aqui. Vi-me na plena restrição, o querer fugir. Estava num registo antigo, muito antigo, não vou mais estar... Não... Pedi ajuda aos céus, aos amigos, e percebi internamente como que uma voz, um sinal no meu coração a dizer: - não fujas.
Hoje sinto vontade de chorar por estar num sofrimento interior, que me ajuda a crescer... Não é só por chorar, não, não é nada disso, são as memórias que ele lava e desfaz, transmuta, como a mais perfeita alquimia. Não vou desistir. Como no Erhu, que tem duas cordas, quem o toca não desiste duma ou de outra. Um Erhu tem a dualidade uma corda yin, uma corda yang, não interessa qual delas é uma e outra.
Estou neste momento em descoberta, a seguir sinais, a tentar crescer dentro de mim, a tentar ser a criança que chorava, se magoava, mas continuava ali encerrada, num corpo pequenino com uma alma imensa. Via a luz, e também deixava de a ver, via e revia. Nunca ninguém acreditou em mim. Nunca... Estava doente, e na verdade o corpo adoecia fortemente. Abria os olhos, que permaneciam cerrados e estavas lá... Uma luz ténue, que era a tua, o instrumento Erhu (uno) mostrava-me a corda de luz, a mais Yang, para voltar a estar aqui, resolver o que faltava para cumprir uma missão.
A aula de meditação ontem, trouxe-me tudo e não estive quase em nada. Estava nas mãos dele... Centrando-me e tentando escutar o meu lado de luz. Todos o temos, todos... Senti vergonha, medo, senti... Se fosse há uns tempos atrás, estaria encerrada em casa, numa luta interior. Saí a sorrir... A Rendição pelo menos começou na primeira nota desta musica que o Erhu entoa.
Hoje estou a tentar subir a minha vibração, olhar para dentro do meu coração e descansar na sua harmonia.



2 comentários:

  1. Texto magnífico...
    Tens uma sensibilidade Lurdes, até arrepia.
    Cada um de nós tem uma individualidade muito própria, contudo muito próxima dos outros.
    Haveria muito para dizer mas não consigo organizar o pensamento... tem sido assim nos últimos dias.
    Boa Páscoa.

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    1. Obrigada Pedro!
      Já tinha saudades de ler as tuas palavras. Aliás porque deaqui a alguns dias temos um dia especial, o nosso aniversário. No mesmo dia... Incrível.
      Ontem fui à aula da Helena, e apenas o que deixo aqui é o testemunho de algo que senti... Nem imaginei alguma vez, que sentia fosse o que fosse. Fico grata pelas tuas palavras, mesmo. A pouco e pouco, comecei a organizar-me internamente, a centrar-me e só depois reparei que existe uma ordem natural, e à medida que essa ordem natural se desenvolvia o pensamento se organizava lentamente, lentamente.
      E quando temos dias seguidos assim, de certeza que virão muito dias opostos também seguidos. Dias de organização. Mas a organização acaba por não ser importante, importante é sentir o que está em nós a pedir atenção, os sinais. Ficarmos a olhar, a admirar a nossa essência e segui-la. A minha andava atrofiada, como já o revelei nem tinha notado que tinha uma essência, e quando fiz o blog nem reparei que lhe tinha colocado o nome "a minha essência". Por Isso Pedro, o nosso lado de luz, o melhor de nós, tem umas asas que se abrem lentamente e se vão libertando... E as tuas têm um potencial imenso... Deixa-as abrir ao seu ritmo e vais ver... Nem existe jacto que te acompanhe. LOL
      Boa Páscoa para ti e tua família.
      Um gd Abraço... E dia 10 falamos...
      Lurdes JC (Jóia)

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