domingo, 1 de abril de 2012

Bem aqui... Começa a desgarrada da escrita... I


Apetece-me escrever...
Ir por aí...
Por aqui...
Contar histórias que não têm fim
Porque se juntam, desenrolam e vão...
Como num teatro fica a deixa e aí se vai
Ou não.
Histórias em que cada um é protagonista e vai...
Tem tudo a ver com o ir
Tanto se ama como se detesta
Como se repara que afinal
Aquilo que existia
Já não faz sentido, já não presta e vai...
Estava sentado a um canto da rua
Escolheu estar ali no momento exacto
Eis que vem uma mão e o puxa, o leva
Sem ser por arrasto
Leva-o pelo ar
Como que voando
Convidando-o a ser anjo
Ser subtil
Fluir
Mesmo ao cair da noite
Ou não
No limiar da madrugada...
Olha-se para o chão e vê-se
Lágrimas e mais lágrimas
Misturadas com a chuva quente que se expande do seu coração...
Ajoelha-se sem forças ...
Abre os olhos e acorda para a vida...
Soltam-se os entraves interiores
Cordas que o prendiam e vai...
A força é interior...
A curiosidade de deixar as pernas andar
O coração bater
Crescer para o céu...
Criar cada vez mais raíz na sua essência
Na sua preferência de viver
Com o mais belo de si...
Vai e fica...
Acabou por deixar-se levar e subir para o piso de cima
Um patamar abaixo do chão que imaginou
O que é certo é que abriu o seu peito e voou.

5 comentários:

  1. Yes :-) Agora prepara-te porque o interessante é seguir em estilo diferente - lol :-) Logo que me sinta inspirado e escreva - logo te digo :-)
    Lindooooo :-)

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    1. Tudo vai começar assim... Percebo-te claro... O desafio começa, e ao mesmo tempo a libertação de nos soltarem as amarras e partirmos por aí... Nada deve ser forçado... Tudo deve fluir, como vivendo cada momento da nossa história de cada vez, sem expectativa... E a desgarrada começa sempre pegando no que o Criador nos deixou... Criar a história, alimentá-la pela luz da alma e ir...
      Vamos caminhar com estilo ou sem estilo vamos... De mãos dadas ou com asas entrelaçadas a voar pela imaginação da essência que fomos naquele dia, num degrau de rua... Onde o insignificante se tornou a mais bela obra prima... A obra final... A Pedra filosofal das nossas vidas... De todas as vidas, de todas as estórias... Desgarradas.
      Bj gd

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  2. Depois de ler o que escreveste na resposta ao comentário, voltei a sentir a pedra onde continuo sentado naquela rua, e, a ver as coisas todas muito grandes à minha volta, e eu tão pequeno :-)
    Bj gde :-)

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  3. Que lindo... tão lindo... Sinto a pureza desse momento... Como nesse recanto pequeno, se expandisse uma alma grande, com imagens que se entrelaçam e estilhaçam de tanto se soltarem, e de tanto crescerem... Que lindo... Esse interior que os teus olhos sentem e vêem... São um ponto microscópico de uma alma imensa... Que bonita essa dança se começa agora aí...
    bj

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    1. http://www.youtube.com/watch?v=PSSYxnCoi-U&feature=related

      O baloiço sobe sem medo e vai...

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