Apetece-me adormecer e sentir a chuva acordar o desejo de sentir a luz.
Angustiada por não ver o sol e não poder sentir o seu calor em mim.
Aos domingos costumo ir correr e depois relaxar... Ver o mar e sentir a espuma em mim, aquelas ondas do Guincho a rebentar.
Sinto um vazio tão grande e profundo.
Não sei o que causa em mim aquela corrida, aqueles passos hesitantes durante tempo consecutivo. Desespero por não ver o tempo passar e ao mesmo tempo quero continuar.
O meu rosto torna-se feliz à medida que perco resistência e ao mesmo tempo ganho sensibilidade para poder continuar sem esforço. Sinto-me estranha, mas chove tanto que nem imagino para onde ir.
Vou tentar ouvir a musica que o caminho gravou em mim, fechar os olhos e ver-me a transpirar e a agradecer por correr tanto internamente e ver-te natureza em mim.