A minha essência tem cor... Descobri há bem pouco tempo, que se apagava aos poucos... Resolvi conversar com ela, senti-la e pedir-lhe se me ajudava... Não me respondeu. Fiquei triste... Continuei triste... ela ria-se, ria-se... Não me ajudas! Não me respondes! Já um pouco no seu extremo, disse-me: Já me sentiste? Já? Se me sentires e deixares de me ouvir... Escutarás a voz do coração... Ela tem razão, muita razão... Vou entregar-me à emoção...
domingo, 30 de outubro de 2011
A meio da noite...
Sem época sem idade
Percorro caminhos desconhecidos
Andando na incerteza do ser
Amando a natureza que me trouxe
Que me criou e me deixou ao abandono da vida
Navego por rios desconhecidos
Por sonhos perdidos
Essências por vencer
Ando perdida de tudo e perdida de ti
Se me deitasses a mão e me guiasses
Pelo caminho da loucura
Por livros nunca escritos
Poemas nunca lidos
Por pedaços rasgados em mim
Mesmo de mão dada com a vida
Mesmo orientando-me para continuar
Mesmo partindo ficando
Acabaria por matar
A saudade que ficou...
Essa nem o vento a levou...
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
It's my life!
Que bom que é partilhar!
It's my life!
Chama-se Espanca a minha boneca...
Chama-se Espanca a minha boneca.
Este é o único brinquedo que guardei de criança, nunca brinquei com ela.
Era como uma companhia para mim, a ideal, a minha melhor amiga. Tem uma particularidade, não precisa falar, porque sempre ouvi as suas respostas dentro de mim.
Não ainda não enlouqueci... Porque na verdade ainda não calhou...
Será que o medo me ajudou a manter-me sã?
Obrigada boneca por estares aqui comigo. Espelho da minha infância, de uma criança interior que preciso amar... Para voltar a ser feliz...
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Ser, chorar, ficar a sentir a minha essência...
Hoje apeteceu-me escrever…
Não sei bem sobre quê… Porquê?
Senti uma vontade incrível de sair de mim, para poder correr por aí… Gritar:
- Sou Livre!
Não sei de quê?
Essa liberdade sinto-a desde que me senti ser.
No entanto a cada momento, a cada passo, corria por aí, iludida que a minha vida, nunca iria continuar.
Que a vida, me temia, e eu temia-a também. Medo de viver? Talvez.
Como é que se pode viver sempre no medo, aterrorizada com o dia-a-dia, como?
Sempre vivi assim… Sempre…
Um desgaste tremendo, um medo e um agradecimento por estar aqui.
Um sentimento de não merecimento, porque me refugiava, não sei onde, mas refugiava.
Usava uma força tão forte, onde me prendia e sufocava, numa energia negra, fria, no lado mais sombrio do meu ser.
Sabia que existia a luz, sabia que via a luz, mas pura e simplesmente, não era aí que vibrava, não era aí que ficava, não era.
Só quando a dor me apertava, o medo piorava, pedia ao outro lado mais iluminado, para me vir buscar.
Não vinha, mas dava-me um sinal, que me acompanhava nas horas mais difíceis, onde os meus olhos se perdiam, e ficava cega para tudo.
Falava vezes sem conta com a natureza, estrelas, árvores, e principalmente com a noite. Desabafava sobre tudo, principalmente sobre o tal medo de estar aqui. Ficava aliviada, acho, mas não tenho a certeza.
Isso não importa por agora, não vou perder tempo, com o que ficava ou não ficava.
Vou apenas deixar aqui, o relato de uns momentos, que hoje praticamente se explicam, e ainda para mais vivencio-os, quase uma vez por semana, ou de duas em duas semanas. Só na semana passada, me apercebi, do quão forte eles eram. Abri os braços ao céu, agradeci, comovi-me, o que em mim é difícil, ou melhor era difícil, porque achava que chorar, chorar era para pessoas fracas. Um julgamento impeditivo do meu ego, para não sentir qualquer emoção, ponto automático de bloqueio. Automatismos que se geram e alimentam ao longo da vida. O ego por um lado ajudou-me a não cair no ridículo do desespero, ajudou-me a erguer nos momentos mais dificeis, a ser forte para aguentar continuar aqui, e foi assim que aqui cheguei, que aqui me sentei neste canto de mim.
Neste pequeno cantinho, onde espelho um pouco o que vai dentro de mim.
Imagino tanto, iludo-me tanto, que a cada momento preciso parar, para poder sentir, abrir o peito e olhar lá para dentro. Quantas vezes apesar de cega, sentia, bloqueava, para não ver, e digo ver porque apenas queria, e mais… Querer ver…
Posse, um tormento absoluto, tudo pequenos pedaços de nada, hoje espremo e nada, nada sai.
Talvez apenas um pequeno momento fugidio do que não quero ser.
Hoje apesar do choque interior, senti que fugi de tudo, na verdade fugi do meu eu. Tinha que ter passado por aí, para poder vivenciar, conhecer e amar a minha própria essência.
26/10/2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Sincronismo...
Sincronismos que não se explicam, porque devemos senti-los, aceitá-los e disfrutar do que têm para dar.
Toda a tarde, sempre que tinha ocasião, comecei por ouvir Adele , de seguida senti necessidade de ouvir Áurea. Vi os vídeos no youtube, na gala, onde cantou com um vestido preto. Vi-a também cantar na rua, antes de ser conhecida, outras imagens no parque Eduardo VII. Toda a tarde sempre que aparecia um intervalo, disfrutava a sua voz. Recebi uma mensagem no telemóvel que não abri, porque estava a trabalhar. No final do dia recebi uma prenda muito bonita, do Zé Jorge,uma foto com a Áurea,que tirou propositadamente para mim. Fiquei encantada, que incrível, daí o estar com uma vontade muito forte internamente de ouvir Aurea. Quem me dera ouvi-la ao vivo e a gravar,não podia estava a trabalhar. Ela dá a voz a um trabalho que o Zé Jorge está a fazer... Não posso revelar.
Estou feliz porque o meu coração sintonizou no estúdio, o estúdio do Zé Jorge com a Áurea. Confesso que não sabia,não sabia mesmo.
A voz da áurea ecoa dentro de mim, como se entrásse nos meus meridianos e removesse toda a estase. Sinto o sangue a fluir, ir ao coração, e a espalhar-se por todo o corpo, a fazer a conexão entre o céu e a terra. Uma voz que no nível homem entoa, fazendo a ligação céu/terra.rapidamente ascende e me transcende lá para cima. Vou fazer qigong ao som da Áurea... Sentir a dormência provocada pela livre circulação de qi e sangue ao longo dos meridianos.
Entra no coração e sinto uma alegria indescritível. Aquece-me o rim, liberta-me dos medos e faz-me voar. O pulmão palpita e deixa para trás a tristeza. O fígado apazigua, deixando desvanever alguma raiva, que sentia.
Entrego-me à vida, sem me preocupar com nada, enalteço o baço e solto-me.
Coração/ baço - pâncreas/ pulmão / rim / fígado, todos em harmonia...
Que sensação!
Obrigada Zé Jorge.
Agradece por mim à Áurea.
A tua voz vibrou em mim, a quilómetros de distancia.
Trouxe-me a alegria de braços abertos.
Aqui estou!
Num rasgo de abundância, fica a esperança de te ouvir...
Em presença.
Lurdes jóia
domingo, 9 de outubro de 2011
A luz...
Não tenho às vezes força para me erguer, mas felizmente tenho tido no meu caminho, tantos companheiros de viagem, que me deitam uma mão, para segurar sempre que achar necessário.
Sou ajudada, até diria que protegida por uma luz, que muitas vezes, parece que se apaga. Nunca em vez alguma se apagou. Juraria que sim, mas não.
Agradeço ter estas recordações, estas ajudas, apesar de me sentir frágil, sei que continua a contemplar a luz... De Jesus... A LUZ...
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Só queria ficar e chorar...
Pensei meditar e meditei
Fiquei um pouco fechada em mim
Notei que me libertava da embrulhada
Dos estigmas que me faziam acreditar
Há quanto tempo não me sentia sonhar assim
Abrir os olhos e ver o brilho
Que enclausurava no meu coração
Hoje acabei por ficar aqui
E fiquei tão bem
Que as lágrimas se desprenderam toda a tarde
Todo o dia senti
Que precisava ser
O que a minha essência pedia
Deixei-me ficar quietinha
Ela só queria chorar...
Acabou por desabafar
De tão feliz que se sentia...
Amanhecer ... e adormecer...
Enquanto a cidade acorda
Sinto-me adormecer...
Nunca gostei de viver de dia
Dava tudo para sair dessa monotonia
Quando chega a noite de lua cheia ou sem ela
Sinto o impulso de ir por aí...
Viver minuto a minuto
Correr e chorar
Rir e perdoar a mim própria
A falta de descanso... Gosto tanto de ti...
Noite de sonho
Amigo que te fizeste esquecido
Estás no meu coração
Noto que já não resisto
Sei que estás aqui pertinho
Vou estrada fora
Ninguém me vê
Porque na verdade
Não Existo...
Apenas sou a sombra que ficou de outros tempos...
Dual...
Criar uma sensibilidade diferente e acordar de novo para a vida...
Quem és tu de novo!
Porque sempre quero e quis... E de repente a porta fechou-se e o meu coração abriu-se. Ganhou volume e penetrou na penumbra da noite. Quis escondê-lo e ficar ali a acariciá-lo a dar-lhe tanto amor... Acabei por ficar estendida na imensidão do sonho... Não sei quem sou, isso pouco me importa. Tenho um canto onde me sento, e sinto... Pasmo de tanta imensidão me atrofiar, porque nunca mereço nada. Infeliz ideia. Mereço o que tem que ser. Só assim, não tenho expectativas, não vale a pena ter... O importante é sentir a essência viva. Vou buscar um banco para me sentar aqui neste pequeno cantinho do meu blog. Que bom ter este cantinho... Descanso a cabeça e vejo que as minhas mãos estão calejadas no dedo polegar. Será que é de segurar tanto a cabeça? Antes que me aborreça vou agora descer ao blog de baixo e quando me der o sono, volto a recolher-me no meu.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Vou devagar... até lá chegar... e tocar o céu...
Volto parada cheia de nada
Sonho que tudo se libertou
Vagabundeando pela noite
Encontro uma vida
Cheia de tanto
Repleta de uma luz que me cega
Fico espantada
Como que partindo do nada
O tapete escorrega
Continuo a flutuar
Sem planar
Fico um pouco amedrontada
Porque a sensação de continuar a alimentar-me
Perdura
Como um quente de ternura.
Sou feliz porque te fiz Rei
Um pouco sem lei
Sinto-me livre.
Afinal o céu está aqui tão perto.
Abro os braços
Sinto-o e deixo-me levar...
Quando cai a noite na cidade...
Que bom que é cair na noite da cidade...
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Irei...
Gritando aos sete ventos
O quanto sou feliz
O quanto a vida me tem oferecido
Só me tinha esquecido de existir
Sou o que sou
Sou um pedaço de ser
Que se estende e expande
Vou abrir os braços
Flutuar e planar
Nos horizontes que se perdem
De tanto percorrer
Que bom é sentir-me viver...
Outra vez...
Já me tinha esquecido
Um dia abrimos o coração
Beber o mar
Segurar a lua
Amar o sol...
Quero ser feliz... até um dia...
Obrigada... LUZ...
Não é fácil falar da Luz, falar no coração, falar da emoção, de estar no seu coração...
Agradeço poder partilhar, que hoje me entreguei a tanto, a tudo... O que sempre temi...
Obrigada Jesus por estares aqui em mim...
A todos os que estavam comigo, e por ser ali... Com a ajuda do céu me rendi...
Obrigada...