quarta-feira, 7 de março de 2012

O Ser em mim...

Esse especial foi uma coisa linda de se ver. precisa virar dvd urgente!! Foi um deleite do começo ao fim. Se Gil e Caetano juntos já são um arraso, imagina com o talento, linda voz e astral de Ivete; era a cereja do bolo que faltava.
(nada acontece por acaso, faz hoje 1 ano que pela primeira vez comentei um blog, que tem um texto, que também termina assim, Freedom, da Olinda Cris).

Em criança cresci. Interessante parece que ao nascer fui muralhada, deixada acorrentar por seres, tabus e por mim. Não acreditando que podia ser livre e crescer assim.
Sentia um contraste, um conflito, que se foi intensificando. Não compreendia o porquê do dinheiro, porque se chorava de dor se a dor era criada por nós. Porque não se buscava a felicidade?
Todos nascemos diferentes, nunca percebi porque nos denominavam de iguais.
Imaginava um mundo pleno de liberdade, sem julgamentos, completamente absurdo de tanta liberdade se gastar. Este era o meu mundo interior.
Nunca pude exprimir o que sentia, apenas vivia com tanto dentro de mim. Quando tudo não se concretizava, comecei a ficar baralhada, achando-me completamente louca, insegura de tanto que vivenciava em mim.
Havia uma força interior que me foi desactivada ao longo dos anos.
Não queria viver em sociedade, aquela em que fui integrada. Queria que o mundo fosse uma elite de seres iguais a mim, livres. Completamente enobrecidos por uma imaginação e mundo interiores cheios de luz.
Logo à nascença percebi que existiam três mundos:
Um mundo do céu.
Um mundo da luz.
Um mundo das sombras e das trevas.
O mundo do céu era o que percebia melhor, o que encaixava em mim plenamente. Só que não podia ser, não era merecedora de tanto.
O mesmo acontecia com o mundo da luz, que na verdade mais próximo de mim, imaginava-o aqui na terra, mas não podia viver nele. Porque ao mesmo tempo, formavam-se dentro de mim emoções de violência e raiva, principalmente quando contrariada.
Por tudo isto optava pelo das sombras, o outro lado de mim, o lado mais triste, mais bloqueado, porque nunca foi o desejado, mas o que estava mais à mão. Oferecia-se gratuitamente, prometendo-me a liberdade e tudo o mais. Principalmente o aceitar que se controle o ser, o mundo em que ganhámos um puro poder, e só depois de passar tudo isto, seria merecedora da luz.
Até sempre vivi assim. Comecei a achar-me doente, sempre muito diferente. Temia ao mesmo tempo o próprio ser humano. Pois se construía dentro de mim pensamentos tão intensos e tão descontrolados, não poderia acreditar em mais nada, a não ser nisso mesmo.
Sonhava com a partida forçada para o mundo do céu, acolhedor, brilhante. Sentia-o tão bem e conhecia-o anteriormente, há muitos séculos atrás.
Mas tudo tem o seu tempo, tudo tem um propósito. O meu foi chegar até aqui e permanecer numa busca constante. Espreitando e vivenciando cada brecha de luz. Nunca perdi a esperança de encontrar o mundo que sentia e vivia desde pequena.
Encontrei a porta e de vez em quando abro-a, espreito e entro por um momento. Fecho os olhos e sinto uma paz incrível.
Nessa porta está um caminho que me pertence, sei qual é, mas ainda tenho que me preparar um bocadinho para poder segui-lo.
Nesse caminho esperam-me outros seres que já sabiam que os ía encontrar. Estou a angariar coragem para deixar tudo e levar alguns comigo. São sonhos que se concretizam quando menos esperamos.

O Nunca mais é agora, transformado na magia de seguir...

4 comentários:

  1. Concordo contigo...dvd...
    Lindo :)

    beijinho

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  2. Respostas
    1. Amiga...
      Quero agradecer-te. E nem sei que mais te diga.
      Não sei mesmo.
      Só te posso agradecer: Obrigada... Obrigada... Obrigada...
      Bj gd

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