sexta-feira, 29 de junho de 2012

Brilho no coração...


Tenho estado hoje numa leveza, fora do habitual.
As lágrimas desprendem-se e tenho estado a chorar. Choro de comoção, estou desde manhã a agradecer, por estar aqui a ouvir vozes celestiais, que se constroem dentro de mim. Vozes de que sempre me escondi. Cada lágrima trás uma letra, uma emoção, um pouco de algo que se desprende do meu coração.
Tenho andado em plena descoberta, apetece-me fazer o que nunca fiz...
Navegar, subir por essas árvores, que muitas delas conheci em Gouveia, árvores centenárias, que trazem uma mensagem incrível do Universo... De Deus e de tempos já idos... árvores que fazem parte do meu dia a dia... Tenho estado a sentir-te e a amar-te... és o único que amei até hoje e o meu amor é correspondido...
Hoje sinto um brilho nos olhos e aceito-o... Porque sempre fujo do melhor da vida... Sonhar e estar aqui a viver esse sonho... Porque gosto que matem os meus  sonhos, quando sempre me impedem de crescer, ninguém me impede sou eu que me impeço...
Acabou e vai começar...
Vou andar de baloiço até lá acima ao céu e por mais estranho que pareça este jardim que aparece aqui e sempre apareceu é o Jardim das minhas meditações, é o Jardim que está em Gouveia, onde moram algumas colunas construídas em pedra flexíveis como luz, sólidas como amor.
Onde moram passos e sinais do tempo... Sinais de sabedoria, sinais de amor... Que não se sabe bem por quê, aqui em baixo cria desavenças, porque nos queremos apoderar de pequenos pedaços de terra, que na verdade são pedaços de céu...
Por isso as minhas lágrimas são de agradecimento e consentimento por estar aqui e conseguir sentir-te...

29 de Junho 2012



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Somos... Jueves...


Dias especiais!
Pessoas especiais!
Basta retirar os filtros e sentir...
Com sorrisos e lágrimas...
Somos...
Mesmo sem nada...
Somos...
Ser e não ser...
Não reflecte o que somos...
Somos...
TU...

Uma rosa...


Não sei como começar a escrever... Ando há um dia e meio para publicar uns vídeos e não consigo... Pedi ajuda a um amigo muito especial, ele consegue e eu não consigo publicar. Até que resolvi escrever sobre uma rosa perdida no deserto: Uma rosa amarela brilhante e flexível... Nunca fui muito virada para as flores... Só gosto de fotografá-las... Mas nestes últimos dias olho para as pessoas de quem sempre fugi e repugnava ( esta é a grande verdade) e vejo pequenas rosas, na eminência de crescerem. Tenho reparado na minha constante mudança. Que bom que tudo é mutável e sociável. Aqui há uns tempos fechava-me a sete chaves e não partia nem ficava. Vivia num impasse constante. A rosa que vejo e com que sonho sofre com a violência que a envolve e ao mesmo tempo tentam arrancá-la e até ignorá-la. Acreditam que continua ali? Pois é... Está a demonstrar-me que nós somos pequenas rosas que vão crescendo e vergando, sempre e nunca perdendo a qualidade de rosa. Além de tudo de isto tenho sonhado, visto imagens de flores, paisagens, tudo o que mais me anima é ser Eu própria como o nome do meu blog " a minha essência". Mesmo que não seja a minha essência, tenho a certeza que ela representa simbolicamente o melhor de mim.
Abre as asas ou melhor as pétalas e voa como lágrimas pelo espaço celestial. É assim que te vejo desde que partiste e me disseste que é assim... O brilho e a beleza de uma estrela rosa.


Estas rosas que vejo, sinto e imagino, fazem parte de uma parte de mim... Imortal...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Aquário...

Tenho andado em constante mutação...
Como jamais me sentiria ser tão útil à minha vida.
À minha experiência de vida
Estou mais assertiva
Mais comovida comigo e com os outros
Por onde navego
Piso pedras e escorrego com o propósito de sentir o chão.
Sinto-me liberta e os meus meridianos parecem iluminados e desbloqueados à medida que me conheço
Permaneço cada vez mais numa essência
A minha
Única e feliz...
Não vou mergulhar de novo no aquário...
Porque senti que foi ele que mergulhou em mim...
E me centrou e mostrou...


Que todos nós somos peixes que também gostam de voar...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Astros e espaços que permancem...

Reparo que estou aqui sentada...
Meio despida...
Sem guarida...
À espera que me venhas buscar...
Como se fosse um Marte acesso...
Uma Vénus em labuta...
Um Saturno a naufragar...
Olho-te e choro...
São lágrimas Jupitadas e abençoadas por uma Lua que se esmaga e entristece
Quando é nova lá em cima...
Nesta quadratura de vida...
Onde faço orbitas rasantes e fechadas
E deito-me em largadas de Lua Negra..
Com tanto medo de Ser...
Ai! Kiron leva-me contigo e cura-me pelo prazer de renascer...
Pelo prazer de sentir que somos apenas...
Umas penas leves e fugidias...
Traçadas pelo universo...
Num stellium em conjunção dupla com a própria eternidade...





domingo, 17 de junho de 2012

Um mão que me aconchega neste mar...


Umas gotas caiem de dentro de mim
Sinto que pertenço a ti
Mar que me agitas e me libertas
Senti que me embalo no teu leito
Sou um pequeno barco
Que navega à deriva
Foi nessa navegação que me descobri...
Descobri a melhor parte de mim
Um pouco do selvagem que escondi
Sem nunca ter a consciência que o fazia
Olho para as minhas mãos estão traçadas por cabos
Por Naus que nunca tinha visto...
Lembro-me de tanto que fugi e me enalteci
Porque o meu peito vai-se abrindo...
Rebenta e estala...
Saem farpas de mastros que estavam espetadas e amarradas em mim
Vou-me debruçar nessa proa onde adormeci
Onde vacilei com medo de ter medo de estar ali...
Hoje sinto a magia do céu e a magia do mar...
Sou tão feliz...
Ao mesmo tempo sinto-me triste...
Porque passam memórias aqui ao lado e quero agarrá-las...
Não consigo...
São subtis...
Porque são apenas memórias...
Olho para ti...
Abraças-me e entras em mim...
Tremo não pelo frio...
Mas sim porque o teu calor entra nas minhas células e liberta-as...
Limpa-as e deixa-as despertas para Amar... Para o Mar...
Navegar novamente em mim.


E agora vou passar por Sagres... Sentir a maresia em mim... Deixar-me levar por essa brisa agitada... Sem monstros desenhados pela escuridão da sombra ao luar... Sem trovoadas... Sem nada... Apenas eu e ELE...


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um dia...

Tenho andado num virote
Tudo me tem acontecido... Sinto-me bem...
Sim
Até sinto...
Tudo o que duvidava concretizou-se
Tudo o que punha em causa
Deixou de estar
As certezas absolutas nunca o foram...
Não sei bem como
Transformei-me...
Sou mais tolerante..
Às vezes...
O que é bom... Muito bom...
Porque tolero a minha própria tolerância...
Sinto-me mais relaxada...
Mesmo...
Com medos mais subtis...
Não são enganadores...
São apenas conscienciosos...
Sinto uma loucura pelo mar
As ondas grandes e rápidas...
Pois é...
Era tão forte que nem as sentia...
Vamos lá...
Quanto mais ondulação melhor...
Muito melhor...
Só que perdi-me completamente da razão...
Entreguei-me...
Vi e aceitei...
Passei mal e ao mesmo tempo bem...
Aprendizagens que se vão ganhando
Quando ganhamos consciência das nossas fragilidades...
Não gostei do espírito de competição...
Sempre me atraíu...
Sempre...
Quando se aproximaram com aquela energia tão competitiva
Senti-me deveras baralhada...
Agitada...
Com um medo que saltava juntamente com momentos Tempestuosos
Tudo dentro...
Cá fora brilhava a luz...
Parecia...
Cá dentro rugia o temor de tudo...
Um grito
Um brilho e o Ser que se desapega e se torna feliz...
Um dia tinha que ser...
Um dia que termina para iniciar outros tantos...
Um dia
Em que não ando num virote...









quinta-feira, 7 de junho de 2012

A imensidão imensa do Céu... (DOM)



(Este video "Chuva" dedico a alguém muito especial... Amigos muito especiais, não são especiais de corrida, são especiais do Céu...)




A minha rendição...
Hoje libertei-me do medo...
Quando me libertei
O céu mostrou-me tanto
Fez-me sentir mais...
A mão Dele ajudou-me tanto tanto
Que só uma mão grande como a Dele me podia ajudar
A sentir as palavras que foram direccionadas para mim
Nunca pensei
Nunca!!!
O que veio comprovar que quando enfrentei o medo
A imensidão do céu tornou-se cada vez mais imensa...
Mostrou-me tanto de mim...
Que a minha essência pulsava de contentamento
Tanto contentamento
Que eu própria me fundi numa só...
É como se Universo de luz
Voltasse de novo a brilhar
Para desta vez o sentir
Em público e assumir que tenho um compromisso
Muito forte com o céu...
O que senti em mim foi um fogo de artificio
Mas não artificial
Verdadeiro
Tão verdadeiro
Que me rebolei nele
Senti o seu calor
Expandir-se pelo meu peito...
Estive lá em cima a ouvir cá em baixo
Estive aqui a sentir o céu...
E agora vou adormecer lá em cima...
Porque sinto que hoje me entreguei...
- É incrível!!!
Obrigada...
JC
Tu és como sempre foste INCRÍVEL...

07 Maio 2012

Termino deixando uma homenagem muito especial... Com este video!





domingo, 3 de junho de 2012

Avó... e as palavras...

Quando eu era pequenina
Passava horas a representar
Pequeninos teatros
Com versos e poemas por mim inventados
Adorava rimar
Adorava partilhar as pequenas palavras
Que no meu coração eram imensas
Chorava sozinha
Talvez por interiorizar a fragilidade da incerteza
Não amava a vida
Amava apenas a natureza
Sentava-me no chão
Com as pernas encolhidas
Imaginando o medo
Que tinha o meu maior segredo
Que era esperar rapidamente a hora de partir...
Ficava meio perdida
Porque me dava a vida
Esta vontade de escrever...
Sentia-me grata por poder ter livros
Sentia-me perdida
Porque não os conseguia ler
Tinha sempre a estranha sensação
De já os ter lido...
Hoje sinto um vazio
A mesma ferida
Por nunca ter conseguido concretizar:
Ver a minha avó escutar as minhas palavras
Ditas por mim hoje mesmo...
Poder secar-lhe as lágrimas
Que estava sempre a deitar...
A minha grande ouvinte
A minha maior admiradora sempre foi a minha avó
Rita
Linda...
Tenho saudades tuas avó
Principalmente porque passei
Horas e anos contigo...
Hoje ainda te sinto num cantinho tão pequenino
que ainda vive no meu coração...
Fugia de ti...
Tantas vezes...
Para não me veres chorar...
Porque choras avó?
Tenho pena de vos deixar...
Não chores Avó...
Porque te estou sempre a abraçar aí em cima...
Ser de luz...
Sinto-te lá em cima...
Calma
Serena...
Com as palavras que nunca soubeste escrever...
Tinhas a grande mestria das dizer...
Com tanto amor...
E tristeza...
A simplicidade de uma vida vivida
Movida pela dor e sofrimento...
Sempre senti que uma parte da tua alegria
Residia
Na magia de me teres na tua vida...
Só hoje consegui escrever...
Com palavras azuis e luminosas
As lembranças amorosas...
Que acabaste por me deixar...
E vou alimentá-las nesta vida...
Ou noutras...
Amo as palavras...
As orações que me ensinaste...
O resto não tem conta...
Às vezes ando feita tonta à tua procura
Porque estás sempre no meu coração...
Cantando aquela canção com que me embalavas
Não sei qual era...
Só sei que é esta...
A lembrança que me resta...
Mesmo que sinta tanta dor.

03 Junho 2012



Amanhã...

Tenho estado deitada
Não descanso
Por enquanto a cabeça não pára
Roda
Roda
Numa loucura maior que o pensamento...
Não quero sapatos
Não quero roupas banais
Quero partir
Para novos originais
Que se estendem
Como lençóis brancos a secar
Na varanda da vizinha
Que mais mora perto da vida
Insisti em ir
Para aí amanhã
Sem pés
Tenho que ir buscar as minhas asas
Oleá-las
Treiná-las
Porque amanhã VOU VOAR...

03 Junho 2012