Tenho estado hoje numa leveza, fora do habitual.
As lágrimas desprendem-se e tenho estado a chorar. Choro de comoção, estou desde manhã a agradecer, por estar aqui a ouvir vozes celestiais, que se constroem dentro de mim. Vozes de que sempre me escondi. Cada lágrima trás uma letra, uma emoção, um pouco de algo que se desprende do meu coração.
Tenho andado em plena descoberta, apetece-me fazer o que nunca fiz...
Navegar, subir por essas árvores, que muitas delas conheci em Gouveia, árvores centenárias, que trazem uma mensagem incrível do Universo... De Deus e de tempos já idos... árvores que fazem parte do meu dia a dia... Tenho estado a sentir-te e a amar-te... és o único que amei até hoje e o meu amor é correspondido...
Hoje sinto um brilho nos olhos e aceito-o... Porque sempre fujo do melhor da vida... Sonhar e estar aqui a viver esse sonho... Porque gosto que matem os meus sonhos, quando sempre me impedem de crescer, ninguém me impede sou eu que me impeço...
Acabou e vai começar...
Vou andar de baloiço até lá acima ao céu e por mais estranho que pareça este jardim que aparece aqui e sempre apareceu é o Jardim das minhas meditações, é o Jardim que está em Gouveia, onde moram algumas colunas construídas em pedra flexíveis como luz, sólidas como amor.
Onde moram passos e sinais do tempo... Sinais de sabedoria, sinais de amor... Que não se sabe bem por quê, aqui em baixo cria desavenças, porque nos queremos apoderar de pequenos pedaços de terra, que na verdade são pedaços de céu...
Por isso as minhas lágrimas são de agradecimento e consentimento por estar aqui e conseguir sentir-te...
29 de Junho 2012
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