domingo, 11 de novembro de 2012

Ontem fui ver o mar e abracei-te...




Ontem apeteceu-me ir ver o mar, sentir o rebentar daquelas ondas dentro de mim. Aquelas ondas, naquela paisagem, onde luzem lembranças de outros e destes tempos.
Dar as mãos ao sol, senti- lo entrar em mim, com doçura e amor.
Ontem fui ver o por do sol. Fui relembrar como é tão linda a paisagem do céu, com nuvens ligeiras e cheias de cor. Não era para ali que tudo estava indicado, ou programado. Programou-se pela emoção e chamamento que sentia.
A mesma energia, o mesmo calor, o mesmo abraço, que no verão senti no Cristo rei.
Há momentos que ficam registados para sempre nas nossas células, como carimbos de luz de todas as cores. Não precisei subir arco-íris, não precisei de fazer rigorosamente nada, a não ser abrir o coração e deixar-te ficar aqui comigo por um instante. Tive momentos que me assolava a tristeza, a alegria, a agonia, a pressão no peito e depois um momento de libertação. 
Fui ter contigo, apesar de estares comigo sempre em cada momento da minha vida.
Não vivo na dependência da tua existência, na dependência de nada, porque és parte integrante do que sou.
Ontem a tua luz foi o sol que em mim reflectiu e em mim se transformou.
O teu caminho é o caminho, onde ando, corro e morro de cansaço...
Depois dou-te um abraço e parto para voltar.
O teu brilho ainda hoje me chama, ainda me ilumina e reclama quando não te escolho.
Sabes a vida tem-me dado tantas provas, tantos sinais, como sempre deu, só que nem sequer os sentia, porque não me dava jeito nenhum. Egóica era o que era e ainda sou. Talvez menos, porque me perturba muito o excesso de ego dos outros. Cada um evolui à sua maneira, não julgo mas vejo a diferença do que era e do que sou.
Na quarta-feira tive a minha aula de meditação. Nessa aula pude sentir e perceber o quanto tenho recebido de dádivas. Nunca me expus assim, nunca fui de coração aberto para o meio de tantas pessoas meditar, nunca A não ser desde que senti o teu impulso. Muitas vezes fugia das aulas Foi antes e depois delas que mais provas passei. Hoje se me perguntarem porque sou mais feliz? A primeira ideia, pensamento que me vem, é a aula da Helena Valente. Faço tudo por ir Ali dispo-me de preconceitos e saio sempre mexida internamente. Nãé nada fácil sentir o desconforto da incerteza, mas é possível sentir a luz quando se aprende a confiar. Não são só as aulas, acima de tudo é a amizade e ternura que aprendemos a resgatar. Ai! Tudo tem sido uma aprendizagem constante. E os amigos que tenho feito!
Estou tão grata por tudo.
Que bom que é sentir-te na praia, no dom, na aula, na vida e mais importante dentro de mim”…
Sou tão feliz assim
Mesmo quando me sinto triste, sou mais feliz




















1 comentário:

  1. Lindo, lindo, lindo este teu texto. As fotos também estão um espanto.
    Um xi-coração
    Lena

    ResponderEliminar