Não consigo telefonar-te, assola-me o medo inseguro, de não saber que te dizer.
Ao mesmo tempo nasce em mim o impulso de te ver.
As emoções confundem-se e enrolam esta minha nova gama de sentimentos.
Seria tão fácil dizer-te o que penso, ou melhor o que sinto, como o faço quando estou segura. Mas hoje sinto a tristeza chegar e instalar-se para me provar que se te tivesse perto, tudo poderia ser tão intenso...
Fico e acabo por ficar na mera ilusão que a vida me tem facilitado.
Daqui a alguns dias quem sabe, sinta a coragem de não me mentir e assumir que afinal estás aí...
Do outro lado da minha vida, por detrás de um filtro que construo ardilosamente, que me impede de te sentir, que me impede de seguir... Vejo-te caminhar para mim e agarrar-me com todo o cuidado que se tem que ter comigo.
Tenho saudades tuas, ainda mal te conheci... Porque o que interessa é o que de facto senti... A plenitude imensa quando te aceno do outro lado vidro, do outro lado da sala, do outro lado da porta... Disfarçadamente para não me fazer notar e tu também não desconfiares...
Acabo por ficar aqui, como uma adolescente tola, à espera do teu sinal...
Com vontade de dormir... Para um dia ao teu lado acordar...
Assim sensível... Como sou... Já não dá para disfarçar...
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