sábado, 25 de fevereiro de 2012

Conversa com a essência...

Sabes essência não é fácil mudar. Não é mesmo. Mas aos poucos vai-se mudando a vibração. Há muito que não via tanta luz inundar-me o peito... Levar-me e voltar completamente consciente, que aquela vibração me trouxe um êxtase de felicidade. Pertenço ali, não tenho duvidas. Hoje senti onde pertenço mais que nunca. Quando faço a escolha, tenho que consolidá-la minuto a minuto.
Há pouco estava a ficar apática, sentada a um canto, com as lágrimas a caírem. De repente apareceste para me relembrares que são estes desafios que nos fazem escolher. Em vez de me lamentar, por em segundos ter perdido a conexão e pronto. Se a tristeza se apoderou de mim naquele momento, teve a sua razão de ser. Porque na verdade sou de luz e quero viver na luz. Por mais que o meu Ego, diga que não... Tu Essência és a primeira a pedir-me para te fazer vibrar, para te trazer sempre acordada e fantasiada de mim. Porque eu sou a minha essência... E quando fecho a janela, quando me sinto na mais cruel indecisão, sei que não és tu, não sou eu, mas que na verdade algo me transcendeu, porque escolhi enclausurar-me.
Estou tão triste... Porque me apeteceu fugir em vez de continuar a escolher-te.
O caminho iluminado continuou e isso baralhou-me, quando me apareceu aquela voz e me disse não vás por aí, não te pertence. Disse que sim, que sou dali que aquele caminho é meu. Tudo o que me foi dito doeu, doeu tanto. Mas vai passar depressa porque tens que voltar, a fuga não é o caminho, mas sim um desvio, ou atalho para nunca chegares a lado nenhum.
Acalma-te e deixa-te ficar de mão dada comigo, porque vou novamente acordar a tua essência, o teu Eu Superior e vou-te levar por uns tempos lá para cima. Vamos correr e rir, brincar aos jogos que te ensinei. Vou cansar-te ainda mais, para te deixares levar, vamos rodopiar e brincar aos disparos energéticos, projecto-te e tu lá ficas e voltas para os meus braços. Não te preocupes estás comigo sempre, sabes que nem precisas chamar-me. Então entrega-te e confia. Que estou sempre contigo mesmo quando parece que não me vês, não te preocupes, sente-me apenas e fica ali a chamar aquela luz, que ultimamente te ilumina, quando a noite parece chegar, porque na verdade ela só existe para conheceres o dia. O resto é igual. Agora vou descansar e tu também. Dá-me um abraço e vamos passear pelos teus sonhos. Quando acordares vais notar que algo mudou. Sabes tudo o que te disse e mais... Sabes perfeitamente quem eu sou e como sou. Adormeci...
Adormeceste ao meu lado e partiste depois... Porque temos que aprender a não depender... Incondicionalmente estás sempre comigo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aquário e 2012...


2012 uma sensação alquímica...
Um injectar de luz, que perdura mas não fica. Porque vem e transforma... Depois retorna para a origem de tudo. Onde pairam no universo estrelas, buracos vazios, rios que nunca imaginei inventar. Como numa lavagem, tudo brilha e fica com um retoque, um sinal, para o Mundo não esquecer... Que a energia é forte, subtil, e ao mesmo tempo tão fácil de crescer.
A marca, a razão da expansão, existe porque criaste tudo, tudo mesmo... Tudo foi criado por ti... Logo tudo o que vês és tu... Brilhante, transparente, como uma emoção que se solta e ao mesmo tempo se prende... Uma Era de Aquário... Livre... conhecida... apenas esquecida para voltar a relembrar e a acordar a memória que ficou.
É nessa era que me sinto, é nessa era que estou...
Agora vou voar sem asas, porque a minha intenção voa... E depois adormecer para acordar ainda com a sensação... Que estou... Brilhante, luminosa...

Loucura, sonho e um mágico vivenciado...

Tenho aprendido muito. Nunca imaginei... Tenho aprendido comigo própria. Tenho sonhado, vivenciado tanto, que me enriquece a alma. Enriquece-me interiormente. Sem esperar, alcancei noções, conhecimentos, visões, que me deixam a planar na maior leveza. Na maior gratidão ao Universo e aos amigos que não dispenso. Penso muitas vezes que sou tão difícil para fazer amigos, sempre fui assim, poucos mas bons.
Tive grandes amigos, mas a força das circunstância, obrigou-me a cortar esses laços. Hoje sei que foi o melhor que me aconteceu e sei porque tinha que o fazer. Mas o Universo encarrega-se de organizar tudo, e hoje estou super feliz, por ter uns amigos mais novos e espectaculares. Muitas vezes o tempo é relativo, Sinto-me melhor e com mais afinidade com estes amigos. parece que nos reencontrámos depois de longa data afastados. O que interessa é estarmos felizes e contribuirmos para a alegria uns dos outros e também para o crescimento em todos os sentidos. Outro aspecto que me fascina é a troca de saberes. Estou sempre apta a fazê-lo de coração. Por isso estou como se costuma dizer nas sete quintas.
Sete quintas, sete cores do arco-íris e como nada acontece por acaso... Aqui estou...
Tenho sonhado tanto, que voo, que nasço, renasço e volto.
Que canto, me encanto com tudo o que a vida me dá.
Inédito acordar de manhã e agradecer por estar aqui a viver tanta emoção... Estou grata por tudo...

Encandeei-me com tanta luz
Golfadas que surgiam
Em catadupas de luz
Caíam vibrações
Caíam velozmente
Calmamente
Sem fazerem qualquer mossa
A mossa seria pedir mais
Indescritível
O sonho que me foi mostrado...
Como aprendi a andar
A caminhar
Alguém me pegava no pé ainda sem grande estabilidade
Colocando-o mais à frente
O meu pé pequenino
Mole e com medo de avançar
Lá continuei ajudada
Um pequeno passo
Representava um grande salto
O caminho não encurtava
Erguia-se
Crescia para bem alto
Um alto tão próximo...
Devo ter caminhado bastante
Sempre ausente de mim
Sempre presente de tanto
Olhas-me neste momento e ris.
Não queres que oiça musica
Não queres que oiça nada
Pedes-me para continuar
Tentar demonstrar
Qual é a leveza de não querer
De não querer ser qualquer coisa
Apenas deixar-me ir
Guiada pela intuição que ficou
Tanta
Tanta beleza
Não queria escrever
Porque não consigo descrever
A subtileza do que não existe aqui...
Não bloqueies...
Respira suavemente
Que vês?
Nem sei...
Não existem palavras que descrevam a beleza em luz
Que bom que é escreveres
Podes transmitir tudo o que te ditei...
Os sonhos existem
Para que possas repousar
Para que possas escolher o que é melhor para ti
Enquanto alma...
O resto permanece
Com certeza que se esquece
Quando chegar a hora.
Tento vezes sem fim
Ouvir a musica
Estou no silêncio
Realmente o silêncio é incrível
Como um espelho que permanece
Audível
Internamente
Fechei os olhos...
Acordei com vontade de dizer:
Que quem vivenciou o sonho...
Fui Eu.
Eu...
Eu quem?
Tu.
Sim nós.
No fundo éramos tantos.
Que num só sonho já não cabíamos.








segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Caminhos e passagens...

Sinto-me flutuar...
Desde há dias que me aparecem caminhos
E mais caminhos...
Uns paralelos aos outros...
Não existem cruzamentos...
Parecem torneados pela minha vontade celeste...
Às vezes perco a conexão...
Não sei bem de quê...
Porque será que o meu interior só caminhos vê?
Estou baralhada
Atarantada
Com tanta ligação...
Nem sei bem porque escrevo aqui...
Escrevo talvez por achar que é um caminho
No meio de tantos caminhos
A caminhar para uma luz...
Ou um objectivo anteriormente traçado...
Como se fosse agora traçado
Pela minha vontade
Pela minha escolha...
Ai só me apetece correr
Dar saltos e voltar a pisá-lo
Este caminho que agora se perspectivou à minha frente
Tem margens azuis
À sua volta estão pedaços de vidas
Minhas
Ausentes...
Vejo focos
Projectores...
Flashes...
Estou a chorar de alegria
A imensidão do que vejo e percorro, é linda...
Não tem abismos
Tem subidas íngremes
Que me elevam
E me deixam voar
Estás aí a receber-me
Vestido de branco Iluminado
Transparente
Quase inexistente
Mas vejo-te e sinto-te
Estás debaixo de um pedestal
Á tua volta umas escadas em caracol...
Agarras-me na mão e levas-me...
Para a plenitude...
Abraço-as...
As estrelas que conheço e que desconhecia...
Torno-me...
Igual a ti e a elas...
A leveza inunda o meu coração...
Abre-se e entrega-se à tua magia...
Abro os olhos e o caminho continua...
Sabes já estou lá em cima...
Aonde???
Na plenitude inatingível
Que se atinge e está tão cheia de vazia...
Pedes-me para ficar por aqui...
Porque a minha caminhada está prestes a enriquecer...
Basta acreditar que a luz que vejo lá ao fundo...
É a tua...


Após publicar este texto, houve uma alteração... Do texto anterior, este pedaço teve que ser destacado e assim orientado para... (não sei... aqui fica)...

Sinto-me flutuar
Este caminho que agora se perspectivou à minha frente
Tem subidas íngremes
Vestido de branco Iluminado
Na plenitude inatingível...

Braços abertos... à vida...

Oh Meu Deus!!!
Diz-me e mostra-me
Onde está a liberdade que perdi ao nascer
Porque me coube escolher
O domínio do prazer
O desconhecido perdido
Que alimenta o meu sofrer mais denso
Mais cruel...
Sei que existe o mar
Existe a Luz
Existes tu
Sinto-o em mim
Confundo-me ainda
Porque me sinto pequenina
A dar os primeiros suspiros ao nascer...
Tudo o que quis foi fácil
Agarrei-me à vida
Agarrei-me a uma força
Essa força tornou-me agressiva...
Hoje sinto-me decidida a caminhar no caminho iluminado...
Tantas vezes por mim pisado e nunca o tinha...
Nunca o tinha amado...
Amo-o hoje...
Deito-me nele...
Sinto-o respirar...
Adoro o seu amar...
Porque é ele que hoje me anima a vida
E me dá a leveza de continuar...
Sou frágil...
Sou...
Eu...
Mediei o azul do céu...
Agora vou-me fundir na sua luz...
Já volto...




sábado, 18 de fevereiro de 2012

Caminhos...




Temos caminhos
Já construídos
Por construir
Temos caminhos
Percorridos
Por percorrer
Trilhos brilhantes
Que são polidos
Pela frequência do passado
Temos caminhos já nascidos
Temos caminhos por nascer
Existe no fundo um só caminho
Aquele que eternizei
Ao percorrer...
Sem limite
Rumo ao desconhecido
Ou conhecido
Depende do que acreditar
Do que fizer brilhar
Tenho um caminho a traçar.





quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

As aulas de meditação II


Entre o sentir-me confortável e desconfortável
Tudo acontece naquela hora e meia
Em que um pouco de céu se manifesta em nós
Digo nós porque o trabalho tem sido em grupo
Um grupo que está ali para vivenciar
Cada vez mais a experiência da luz
Túneis de luz... Inundaram a sala
Muito pequeninos até que a proporção é tal
Que se torna num só
Gigante
Imenso
Chego a ter a sensação de estar no espaço
A receber aquela vibração...
Não é cada um por si
Não é estar por estar
É estar independentemente do que vier
Tenho um compromisso com a luz?
Tenho... Muito forte... Inabalável...
Como se ganhasse brilho com o tempo...
Com a experiência meditativa
O estado energético altera-se
Não digo para melhor
Ou para pior
Para mim isso deixou de existir
Altera-se
Torna-se diferente
Ontem percebi em plena meditação
O meu estado de exigência
O meu estado de "Querer"
Tanto quis
Que enquanto caminhava para ir
Uma parte de mim resistia
Resistia porque fugia dali...
Tinha que passar pelo desconforto
Para perceber e vivenciar o tamanho do meu ego...
Estou com a sensação
De me estar sempre a julgar
Como se fosse evolutivo
Deixei de o fazer com os outros...
O vicio é tão grande
Que passei a transferi-lo para mim
São estas reflexões
Que nos levam à tomada de consciência
À nossa mudança interior...
Como sempre sentei-me
A determinada altura apoderou-se um desconforto
Que me doía tudo
O meu corpo transformou-se numa chaga de dor e calor
Desviei o pensamento
Percebi que se continuasse naquele registo
Não poderia continuar o exercício
Tentei entregar-me
Render-me à luz
Render-me à minha proveniência
Como se ao fazê-lo tudo mudasse...
Nada mudou
A chaga continuou
A dor intensificou
Ao ponto de sentir cada parede limite
Do buraco que se abriu em mim
Estava num estado de tensão
De medo
Exaustão
Comecei a pedir o porquê???
Mais um momento de "Querer"
A resposta não foi imediata
Apareceu:
- Vai... 143
- 143?
Não fui porque decorria a meditação...
Antes ouvi:
- Fragilizar...
- Sim, fragilizar...
Foi a mensagem que recebi hoje!!!
-Fragiliza-te...
- Vês a luz?
- Acreditas na luz?
- Pára com essa desconfiança...
Neste momento estás a pôr em causa a veracidade da experiência...
Um caminho curto e fácil...
Peço uma mensagem
Dá-me uma palavra ou duas
E um número
Sempre foi assim e continua a sê-lo
Na oportunidade mais tranquila
Consultei o livro luz...
" Cansaço"... (143)
A descrição do caminho
Várias formas de caminhar
Não me enquadrei numa só
Tinha um pouco de todas...
Deveria centrar-me
Tentei a aula toda centrar-me...
Percebi
Intuí...
Como não existem acasos...
A aula terminou
Num estado de subtileza
Onde a luz se enraizou
Continuou a fazer o seu trabalho...
Desapego...
Não controlas nada?
No inesperado sentes a leveza...
O meu corpo cedeu
A minha mente parou
Entreguei-me
Não sei em que estado fiquei
Só quem sente
Quem o vivencia
Poderá ficar com a sensação...
Tinha dificuldade em articular palavras
Em exprimir sentimentos...
Bastava um simples olhar para comunicar...
Agradeci...
Vivenciei e senti...
Como se a pele, o corpo se descolassem de mim e senti-me subir eternamente
Sem nada... Só alma... só e tanto... tudo...
Senti o brilho que reside em mim
Trabalhei na luz
Para a luz
No colo dele, Eu Superior e Jesus...

( Estas aulas deixam marcas profundas, de mudança, de tanto, tanto... falo por mim...
Estas aulas são o caminho, para continuar a caminhar...).

Obrigada Helena por estares sempre ali... E a todo o projecto, por tanto que nos apoia... e ajuda a crescer... é como se cada quarta feira de aula, seja sempre um novo Ser a nascer... E é... é...
Uma expansão da Alma... Um voltar... a reencontrar-te.


A mensagem 143 termina assim e termino este texto de igual forma:

Parar. Respirar. Ficar. E cuidar de agora, centrar-se no agora, para que amanhã as pernas tenham mais energia para aproveitar cada passo do caminho que falta.
Jesus
(in Livro mais luz de Alexandra Solnado)



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Caminho da minha essência... a razão de estar aqui...


Ontem estava desesperada
Sem vontade para nada
Sem vontade de ir
Sem vontade de ficar
Afastava-me do melhor de mim
Por iniciativa própria
Quando tentava clarear o pensamento
O espírito
Uma membrana descia e me envolvia
Restringindo-me a luz
Apercebia-me mas não saía dali...
Entre um limbo de ir e não ir
Não conseguia escolher
A ausência de luz era tão visível
Que quando fechava os olhos e os abria
A luminosidade não existia
Sabia que era só um momento transitório de escolha
Tão ténue
Tão forte
Não conseguia escolher
Comecei a sofrer
Apesar de internamente imaginar a luz
Deixava-a oculta
Porque não me aceitava
Com tudo o que tenho
Exigi tanta perfeição
Tanta...
Que a luz perfeita
Era aquela que não conseguia ver
Por restrição do meu ego.
A minha essência falava
Tão meiguinha
Repugnava-a
Não é para mim
Estou a ser enganada...
Nada
Sou o engano de mim própria
Era só olhar a luz
Que num pontinho visível
Se expande rapidamente
É tão abrangente!
Que inunda a terra e o céu...
Chegaram até mim uns tantos sinais
Os sinais eram claros
Iludi-me que não eram sinais.
Só não neguei a minha própria existência
Porque me olhei no espelho
Sentia o corpo pesado
Tinha corpo
Tudo sem emoção
Quando a emoção se começou a aperceber da violência do seu bloqueio
Começou a desprender-se
Libertou-se das amarras em que a escondi
Olhava-me e chorava
Olhava-me e fugia
Ninguém foge da luz
Se vibrar pela própria luz
Estava numa outra sintonia
De um passado longínquo
Que eu queria abraçar
Não haviam mais abraços
Porque o meu passado
Não era um passado de luz
Era o meu eu enganado
A tentar reconfortar-me
Do quanto era feliz...
Não era.
Agora sou...
Uma ventania se levantou
Queimou tudo o que ficou
Recebi uma prenda...
Construir a partir de hoje
Um novo futuro de luz...
Um presente com algumas horas
De realização plena...
A minha essência vai vibrar na luz
Na sua própria luz.


A minha essência sonhava com isto... Voltar a ver-se em luz na própria luz...
A minha essência é a razão de ser deste blog...
Foi para a fazer brilhar e a concretizar... Que o construí... A minha essência gosta do brilho, da emoção forte, da escrita e gosta de principalmente estar aqui... Neste canto vermelho (fogo), amarelo (sol), azul (água), Verde (terra)... e num metal brilhante, que brilha, brilha para reflectir a sua luz... A minha essência falou... A minha essência mora aqui...


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O alcance do olhar...

Preciso de olhar o mundo...
Ver o céu azul
Transparente
Cheio de gente
Que se presenteia com a sua magia
Ver o que não se vê
O que se aprende a ver
O que se distrai e sai de nós
Quando o que se alcança é limitativo
Por isso
Por tudo
Apetece-me ver-te de manhã
Acenar-te e partir
Voltar a contemplar-te sempre que os meus olhos
Quiserem enaltecer a tua grandeza
O teu brilho
O teu sorriso
A própria imensidão que descobriste em mim
O sonho e a ilusão de estar aqui e ali
Permanecer quieta
A saltitar de alegria
Por te ter de novo
Na fantasia do teu olhar
Partir ou ficar
Ficar ou partir
É estar aqui em sintonia contigo.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O meu ultimo choro...

Estou triste
É natural
Olhei em meu redor
Estava escuro
Abri os olhos
Estavam abertos
Senti escorrer as lágrimas
Nada conseguia ver
A não ser o que não via
Não sei se é de noite
Ou se está a nascer o dia
As costas nem se erguem
Tal é peso que sentia...
Nunca mais vai chegar aquele momento
O momento
Que nunca aconteceu...
O momento do meu Eu...
Aquele em que te aproximas me tocas e dizes:
Agora vê a luz...
Que nunca viste
Nunca sentiste
Porque o orgulho de ti se apoderou...
Sabes bem quem tu és
Sabes bem quem Eu sou...
Então não desistas
Chora
Vê a luz que se acende em ti e à tua volta...
Relaxa e continua a chorar.
Há-de haver um momento em que páras...
E te deixas ficar.



Ilusão...

Não te iludas
Com a própria ilusão
Conheces a alegria
A sensação de o ser
Alegre
Transformada
Como num banho de geada
Refresca-se e queima-se
Certos momentos frios
Sem cor nem som
Transmutam
Tornam-se calorosos
Harmoniosos
Que bom viver
Permanecer na noite iluminada
Soltar o melhor de nós
Chorar e rir
Nada mais confortante
Que o som de uma gargalhada
Soa
Ressoa
Ecoa
Numa atmosfera emocionada...
Sem ilusão.


Há uma hora...


Ainda á pouco, estive com uma obra belíssima tua Mário Cesariny... Senti-se a energia das tuas palavras...Hesitei trazê-la comigo. Não a trouxe, fiquei triste. Não conseguia suportar tamanha despesa... Um livro, com um cd para ouvir os teus poemas declamados em voz alta... Ao som das tuas palavras sentir os teus desenhos.
Pois é!
Pensei...
Vou ficar com este momento em mim. Não há dinheiro que pague esta beleza que restou.
Há uma hora exactamente, hesitei trazer-te. Há uma hora senti o peso da indecisão.
Uma hora depois ainda te sinto e tenho nas minhas mãos... Relembro os teus desenhos.
Fecho os olhos e revejo-me.
Com a sensação de ter ficado dentro do teu livro... Com aquele momento nas minhas mãos...



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tens medo...



Ontem vibrei no medo

Tanto medo

Quando sinto medo

Já sei que não é a minha vibração mais alta

É uma fuga

Um impedimento para avançar

Mesmo com medo

Vou aonde tenho que ir

Não sei onde é

Também não sei porque tenho

Mas vou…

Dei por mim a dizer:

- Tenho tanto medo.

Tanto…

Talvez o medo de não aguentar

Estar sozinha

Inconscientemente sinto-me em plena restrição

Tenho que agradecer

Tenho tanta ajuda

Tanta…

A escolha é minha

Ninguém pode escolher por mim

Isso é que é assustador

Se tenho medo de escolher

É porque o lado mais obscuro

Não quer que eu brilhe…

Claro!

Vai sempre incutir

Este sentimento em mim

Não é o meu lado brilhante

Não é…

Ando no fio da navalha

Ando com plena consciência

De que vou andar sempre nesse fio

Até sei o que não escolho

Até sei que sei o que cada lado me oferece

Um lado já conheço

O que me dá

Não me dá plenitude nenhuma

É tudo sem raiz

Como uma capa aparente

Que brilha ligeiramente

Na comparação do escuro

O escuro aparenta ser luminoso

Disfarça-se…

Faz-se passar pelo que não é…

Sei disso

Felizmente sei

Quando faço essa escolha

Sou eu que quero

O meu pior eu…

Agora peço ajuda

Tanta ajuda…

Olha a subtileza!!!

Enquanto escrevo

Assumia-me como se fosse eu que quero…

Nada…

Não sou eu

Pode fazer parte de mim

Mas não sou eu…

Ainda bem que percebi

Muitas das vezes

Sinto-me atraída por essa energia

Sinto mesmo

Não vou dizer que sou perfeita

Porque não sou

A única coisa que sei é que foi Ele que me criou e animou

A todos nós…

Temos a mesma origem

A tal chispa divina…

O resto

É nossa escolha

Livre arbítrio

Não posso fugir do medo

Porque ter só consciência não chega.

Escolher

Escolher…

Olhar para a luz

Para o sol

Sentir-me igual

Aceitar essa energia

Senti-la internamente

E a pouco e pouco

Fazer a minha escolha

Mesmo subtil

Uma escolha de luz…

Escrevi este texto, e o mais incrível é que recebi uma mensagem de luz hoje.

“ Tens medo”.

Que mais poderei dizer, escrever, nada… Sincronismos necessários para afirmar e solidificar a minha vontade… de escolha.


TENS MEDO

Tu queres, mas tens medo. Por um lado queres, por outro, tens medo. Tens
medo do risco, tens medo do mergulho rumo ao desconhecido. O que deves
fazer, então? Primeiro que tudo: Perceber porque é que queres. Porque é que
tens necessidade de que este desejo se concretize. É porque queres ser
aceite? É para te sentires mais seguro? É para seres mais feliz? Para fazeres
desaparecer essa insatisfação?

Pensa: não há nada que venha de fora que te possa trazer felicidade plena.
O segredo é: sempre que desejares fazer algo porque te sentes mal, arranja
maneira de te sentires bem. Arranja forma de ficares melhor. Medita, faz
terapia, vem cá acima, chora, faz qualquer coisa para internamente te sentires
bem.

Depois… depois que tiveres melhorado, que te sentires equilibrado e feliz,
pensa: «Ainda quero avançar com esta questão?» Nessa altura já escolheste.
Se a resposta for negativa é porque o que tu querias era uma acção de fora
para melhorar internamente. É claro que não ia resultar, pois estavas a fugir,
não irias ao fundo da questão.

Ao obrigares-te a ficar bem com meditação, interiorização, o que quer que
seja, estás a validar um dos mais altos preceitos do céu. Tudo se cura de
dentro para fora, do interior para o exterior, e não o contrário. Se a resposta
for «não», livraste-te de uma acção estéril, que não iria servir-te para nada,
a não ser para fazer-te perder tempo.

Mas se a resposta for «sim», se, apesar de já estares bem, ainda desejas
avançar, aí o caso muda de figura. Trata-se de uma intuição. Trata-se de
uma comunicação com o céu. Trata-se de algo que confere com a tua
energia original. Podes avançar, pois por mais difícil que seja essa jornada,
ela nunca te afastará do teu caminho original, pelo contrário, irá participar
no enriquecimento da tua vida interior.

Jesus

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,

Alexandra Solnado.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

3.000 Visualizações... felicidade por estar aqui...


Estava à pouco a ler um comentário do Pedro Quitério e para meu espanto reparei:
Três mil e tal visualizações...
Senti e não posso negar, uma grande felicidade.
Nunca pensei aguentar tanto tempo estes momentos de escrita, de limpeza da alma... Sim, despejo tanto de mim aqui neste canto. Claro que agradeço a quem o visita... Mas o mais impressionante é continuar aqui.
Mudei muito, porque se não tivesse mudado já teria desistido.
Os comentários são um grande incentivo para continuar e permanecer, neste blog cor de fogo. Se não fosse esse fogo que se acende em mim, se calhar já teria ido embora.
Percebi que não desistir, deixou-me muito mais feliz. A energia da minha alma, não é uma energia de desistência, mas ás vezes baralho-me e dou ouvidos a um lado meu, que não me ajuda a vibrar na luz. Isto de escolher a luz, tem muito que se lhe diga... Isto de entregar tudo... Desapegar... é muito fácil de dizer:
- Eu entrego.
Mas escolher a entrega, escolher mesmo, é outra coisa... Talvez seja o que aconteceu com o meu blog, entregá-lo e confiar... O resultado está aqui... Continuo, as visitas vêm aqui e sou verdadeiramente mais feliz... Porque não manipulo... às vezes sou um ás da manipulação, mas aqui não consigo usá-la... Só há pouco me apercebi disto.
Estou aqui a escrever com o coração aberto... Porque este blog, está muito fechado, quase ninguém o conhece... No inicio nem tinha o meu nome, mas entre as mudanças que tenho vindo a sofrer, essa foi uma delas.
- Esta sou Eu! Sou mesmo... aqui não existem rodeios...
Espero continuar aqui, transmitindo e desabafando o que me acontece internamente e externamente.
Desde criança que o meu sonho era escrever. Como era uma miúda triste, incompreendida, introvertida, etc. Nunca pensei concretizá-lo. Concorri a alguns concursos literários, entre outros que iam aparecendo. Umas vezes ganhava prémios. Concorri a um sobre o Almeida Garrett e não ganhei... Eram muitos concorrentes e pessoas de nome. Até chorei, porque concorri e perdi. Não disse a ninguém... mas fiquei triste. Percebi que há muitos anos atrás esse concurso era difícil demais, para a minha experiência e maturidade.
Cheguei a ir à radio e ler um conto meu! E outros concursos, mas desisti há uns anos atrás.
O mais interessante, é que quando li o blog da Olinda Cris, senti uma vontade enorme de comentar, dizer o que senti e me ía na alma. E pronto cheguei até aqui... Posso dizer que me sinto muito feliz... Por ter chegado até aqui... Porque quase ninguém sabe quem é a AnaVangary... No entanto desde muito nova que tenho este pseudónimo. E continuo a ter, mas só no titulo do blog, porque afinal chamo-me: Lurdes Jóia (desde pequenina que era assim conhecida, e quando vim para Lisboa, mudei para Lurdes Carvalho)... No meu trabalho mantenho Lurdes Carvalho e fora dele voltei a ser a Lurdes, sim a Lurdes Jóia, como quando era pequenina.
Um obrigada a todos os que me visitam...
Estou Feliz, por manter o meu compromisso de mudança...
Sinto-me feliz, por continuar aqui... Muito feliz mesmo...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Encontrei no Cosmos a Irmã que imaginei...



Andava a brincar
Num pequeno jardim
Cheio de flores e cheiros
Corria por aí
Ondulava o corpo ao vento
Sentou-se
Cansou-se de correr
Espreitou dentro de si
Havia uma tristeza itinerante
Caíram no chão umas lágrimas
Acabaram por ser muitas
Cada vez mais
Suspirou
Aliviou o peito
Deitou-se no chão molhado pelas lágrimas que deitava
Acabou por ficar a sonhar
De olhos bem abertos
Como se conseguisse estar dentro e fora
Uma sintonia arranjada pela força da circunstancia
Queria tanto ter mais alguém para brincar
Um irmão
Uma irmã
Desde que aprendeu a escrever
Dedicava muito tempo a escrever para a sua irmã gémea
Nem sabe porquê gémea
Era uma irmã
Chamava-lhe assim para parecerem duas
Animava-se
Falava com ela
Vi-a em todo o lado
Como uma perfeita obsessão
Talvez fosse a forma de nunca se sentir sozinha
Os anos correram
A brincadeira que nunca foi infantil acabou
Cresceu
Viajou dentro do mesmo âmbito
O si só
Chamou por ela
Gritou por ela
A irmã nunca a escolheu
Nunca a conheceu
Porque nunca percebeu
Que ela não era daqui
Vivia numa outra dimensão
A probabilidade de a rever
Era grande...
Só quando decidisse relaxar
A encontraria
Para seu espanto
Num dia incrível
Como têm sido os seus dias
O próprio universo levou até si
Um pedaço do que faltava encontrar
Um tesouro universal
Um tesouro bem guardado
Quando chegasse o momento ele se abriria
Encontrou a sua irmã de outro tempo
Abriu o tesouro com uma chave cósmica
Vinda lá de cima
Fechou os olhos e descansou
Valeu a pena ter sofrido a pressão do ego
E ter permanecido ali
No lar onde a energia flui
Guiada pela mão Dele
Naquele momento foi como se descascasse um pedaço de si
A solidão
O medo
Podem permanecer
Mas valeu a pena
Ter crescido
Ter aprendido
Que não é o querer
Que nos harmoniza e completa
Quando o universo quer
O universo dá...
Tem que se estar preparada para receber
Toda a informação que no céu está guardada...
Agora posso ficar descansada
Porque não foi em vão que te procurei...

03/02/2012

Made in Heaven

Nunca pensei
Quando não se pensa
O caminho fica mais estreito
Como se se afundasse no nada
O nada parece amplo
A amplitude não nos alarga os objectivos
Antes pelo contrário
Restringe-os
Porque criamos tantas ilusões
Ilusão é estar aqui
Acreditar que se está
Desesperadamente à procura lá de cima
Quanto mais desespero
Menos se acha
Menos se sobe
Quando se quer
Se deseja
O ar flutua
Empurra-nos da mesma forma
Parecendo-nos mais forte
Mais rápido
Costumo sofrer por antecipação
Até levar o coração à exaustão profunda
Adormeço ao som dos gritos
Que crio internamente
Os meus sinais de plenitude são ultrapassados
Por momentos fictícios de um ego possante
Desgastante
Mas que acaba por crescer para o lado contrário
Tanto cresce que desaparece
Quanto mais forte menos resiste
Os gritos que tantas vezes soam
Não sei de quem são
Se são meus
Ou de alguém que habita em mim
São sussurros crescentes
Desgastantes para me impedirem de continuar a andar
Onde tudo é julgado
Como se fosse um pecado
Como antigamente o julgava
Acabo por compreender
Que tudo faz parte de um caminho
Que mesmo estreito dá para passar
Nunca ninguém foi impedido de caminhar.





quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

As aulas de meditação...



Ontem foi um dos dias mais incríveis...
Ao final de um dia de trabalho, lá fui eu a correr para a minha aula de meditação.
Uma aula muito especial, porque a energia é fortíssima, e eu não perco um momento para me entregar. Quanto à minha entrega é sempre relativa, porque sou um "bocado" controladora. Mas tenho percebido que por mais que controle existem momentos, em que a entrega é total... Não há nada a fazer.
As aulas da Lena são muito boas... De uma energia, que algo abana, chocalha, nem sei bem o que acontece... Mas acontece tanto... Tanto.
Acabei por perceber que todas as aulas, são fortes. Porque tudo o que se vê... Não é o que nós queremos, é o que precisamos.
Apeteceu-me escrever o quanto foi incrivel o culminar do meu dia, numa noite de grande presença de um céu iluminado, que acabou por me levar lá bem para cima, onde o sol brilha mesmo que seja meia noite...
Estou sempre desejosa que seja o dia da aula...
Eu que sempre fugi das aulas, agora corro para estas aulas de " Ver", mesmo que veja o inesperado... Lá estou eu...
Sentada a pensar:
Interessante, olha me aqui... Isto parece mentira... A aula nunca mais começa... Estou desejosa que a aula comece... Nem sei porque penso isto? Ah! claro que penso, porque lá por vivenciar tanto, não quer dizer que não me faça falta... Ai... Ai... Ai... O que será hoje? Seja o que for, o melhor é tranquilizar-me e ficar de olhos fechados a ouvir...
Entretanto a aula começa... O tempo esquece-se... E lá vamos nós subir... subir... até que de repente... Já lá estou de braços abertos... a agradecer ter a possibilidade de estar ali...
Obrigada... Não não estou obrigada... Estou de coração...

A vivenciar o meu momento no céu... No silêncio profundo... As vozes calaram-se e abraço-te porque tenho tantas saudades... tantas... Ainda bem que estás sempre à minha espera... Uma lágrima desperta e ali permaneço...