quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cansaço... próprio... meu...

Estou cansada de mim
De tanta incerteza
Vulcões de insegurança
Esperava acordar
Ver tudo calmo e mudado
Durante o meu sono
Continuei a sentir
Como se fosse um rio a correr
Sem obstáculos finais
A uma velocidade desgastante
Um dia vou acordar
Abro os olhos e estou lá
Um dia vou correr sem corpo
Brotar de novo da fonte que me criou
Me amou e viu renascer
Estou cansada mesmo de mim
Das incertezas e desconfianças
Por ter recalcado tantas lembranças
Acordar e estar sempre aqui...
Sempre igual sem mudança física...
Apenas a caminhar para ali...
Onde me arrisco a dizer
Que acabo por ficar
A olhar o meu próprio cansaço
Que sinto que vem de mim
Porque em tantos círculos
Que vejo e brinco
Não consigo
Não sinto capacidade 
Para continuar a subir
Permaneço no mesmo nivel
aqui...
Ao mesmo tempo
Ou sem tempo
Apenas cansada de mim...


05/07/2012
8:30



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