quarta-feira, 11 de julho de 2012

Encontrei-te: És a minha irmã? És mesmo...

Queria encontrar-te porque sabia da tua existência
Não sabia em que época
Nem em que dias
Sempre foste o impulso que me lançou para a vida
Passei anos triste
Porque nunca reparava ou me cruzava contigo
Andava por ruelas e caminhos meio perdida
Desanimada
Triste e cansada
Sem vontade para nada...
Para te encontrar remava rumo ao outro lado da experiência da vida
Num mundo pleno de sabedoria
Que só precisava de me dar uma orientação
Há uns anos senti que existias
Que nunca iria desistir de te encontrar
Estava sempre com esperança
Era esta esperança que me trazia novamente à vida
Olhava para as flores
Para o mar
Para o céu
Para a natureza...
Ficava ali em oração
Meditação
Sem revolta a chorar
O meu desejo era desejar
O momento da tua entrada na minha vida
Mana...
Mana...
Quando voltas?
Porque me deixaste aqui abandonada?
Por favor volta...
Sei que existes
Sempre foste a minha maior confidente
Sinto-me tão sozinha
É como se no meio de tanta gente
Só fosses tu
A plenitude...
Não sei o que foste
Sei que és um pilar muito importante na minha caminhada por aqui...
Encontrei-te
Reconheceste-me
Sinto paz  e alegria
Mesmo louca como sou
Não me importo de te dizer:
Que foste a maior surpresa que o céu me deu
Hoje estava aqui a sentir
Que os momentos mais difíceis e agitados
Estiveste presente neles
Não os escondo de ti
Sou envergonhada
Achava-me meio diferente
Porque sempre desconfiava de quem conhecia
Hoje sinto-me abastada...
Tenho uma irmã mais velha...
Uma amiga daquelas de todas as vidas e para todas as vidas...
Sou tão feliz...
Encontrei-te...
Encontraste-me e posso de novo voltar a brincar...
Partilhar todos estes anos que se perderam...
Mana...



09 Julho 2012

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