terça-feira, 30 de agosto de 2011

Amar... apenas amar...

Em plena revolução interna
Sofrendo ao limite do prazer
Acariciando cada pensamento
Cada migalha de momento
Sentindo o lapidar da alma
Sem sorrir
Sem amar
Sem partir
Ficam rastos de luzes apagadas
Gastas pelo desuso do medo
A sensação de se crescer
De olhos cerrados
Pensando em pequenos pecados
Como se fosse a própria inquisição
Aprisionando o meu coração
Quando se olha o interior
Não se vê nada
Está um vazio
Que nunca se teria preenchido
Porque nunca se sentiu plenitude
Choro com medo
Não de te perder
Porque acabei por nunca te ter
Choro
Porque me percebi
Detesto a mentira
Sou incapaz de mentir
Mas vi em mim tanta mentira
Minto a mim própria
Porque sonhava abraçar-te
Sonhava ter-te
Para me sentir renascer
Acabei por morrer
Morreu uma parte de mim
Porque a outra está aqui
A gritar de tristeza
A gritar por amor
Agarro o amor
Ou melhor agarrei-te
Sei que és
Não podes ser
Sabes porquê?
Porque sinto
Que não o és...
Sei neste momento que já não minto
Mentes-te tu...
Duas revoluções internas que se cruzam
No meio da encruzilhada do amor
Amar sem apegar
Amar sem existir
Apenas amar...
30/08/2011





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