domingo, 14 de agosto de 2011

Filha da Lua Cheia...

Sinto a sua luz

Abro a cabeça

Sento-me num cantinho

O corpo vibra

Estranhamente ondulante

Um peso invade-me os ombros

Quero andar e as pernas recuam

Dentro de mim

Um fogo se acende

Juraria ser capaz de levantar voo

Como um foguetão sem destino

Imagino-me uma lobismulher

Mascaro-me de unhas aguçadas

Escavo a terra

Entro lá para dentro

Eis que de repente

Tudo se ilumina

Uma bola invade os meus pés e o meu corpo

Já nem me apetece gritar

Já não me apetece ficar

Quero ir contigo Lua cheia

Plena de energia

Dá-me a tua alegria

Já não me quero atirar para essa linha

Esse limite que aos poucos ou rapidamente

Me quereria matar…

Lua cheia

Estou aqui

Para ti… Abraça-me…

Porque te pertenço…

Leva-me…

Leva-me devagarinho…

Quem me dera estar sempre contigo…

14/08/2011


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