segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Como foges de ti

Como foges de ti

Explica-me coração insólito

Tens razões que não existem

São

Sem nunca temer a origem

Rodopias sem vontade

Sem maldade

Revoltas-te

Pulas e gemes

Com garras ferozes

Momentos atrozes

Foges de ti

Levantas as rédeas

Corres velozmente

Sem cavalgar

Atiras-te

Para o outro lado

Onde existe nevoeiro

Uma existência precoce

Que mais uma vez

Uma parte de ti foge…

13/08/2011


2 comentários:

  1. Que texto tão forte, tão intenso, tão suave ao mesmo tempo.
    Forte, Intenso, Suave... Belo.

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  2. Obrigada amigo... Às vezes temos que escrever para tomarmos consciência da leveza e da fortaleza que somos. Assumir que se foge, não é fácil, quebram-se tantas resistências, até assumir. Quando escrevi este texto senti que já não faz sentido fugir... Que já passei tanto, que já não faz sentido. Apesar de não fazer sentido ainda existem raízes por cá... E com suavidade vou arrancando-as, para que elas não se magoem, e eu possa subtilmente deixá-las ir... P'ra sempre... E mesmo assim uma parte de mim foge...
    Um beijo

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