Como foges de ti
Explica-me coração insólito
Tens razões que não existem
São
Sem nunca temer a origem
Rodopias sem vontade
Sem maldade
Revoltas-te
Pulas e gemes
Com garras ferozes
Momentos atrozes
Foges de ti
Levantas as rédeas
Corres velozmente
Sem cavalgar
Atiras-te
Para o outro lado
Onde existe nevoeiro
Uma existência precoce
Que mais uma vez
Uma parte de ti foge…
13/08/2011
Que texto tão forte, tão intenso, tão suave ao mesmo tempo.
ResponderEliminarForte, Intenso, Suave... Belo.
Obrigada amigo... Às vezes temos que escrever para tomarmos consciência da leveza e da fortaleza que somos. Assumir que se foge, não é fácil, quebram-se tantas resistências, até assumir. Quando escrevi este texto senti que já não faz sentido fugir... Que já passei tanto, que já não faz sentido. Apesar de não fazer sentido ainda existem raízes por cá... E com suavidade vou arrancando-as, para que elas não se magoem, e eu possa subtilmente deixá-las ir... P'ra sempre... E mesmo assim uma parte de mim foge...
ResponderEliminarUm beijo