segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O céu da minha casa...

(Dedicado a alguém muito especial, que dentro em breve escreverá um livro, e que me mostrou em foto o céu da sua casa. Essa frase serviu de inspiração para este pequeno texto). Tem uns dotes musicais, até me fez lembrar uma Dj que conheço e que escreve... Divinamente...

Sentei-me num recanto do mundo

Do meu pequenino mundo

Abracei-me para me sentir

Saber que estava ali

Olhava a alegria que não se contempla

Aviva-se à medida que se cresce

Peguei num pedaço do ser

Aquele que muitas vezes quis ter

Sumia-se porque não era o momento

Olhei para cima

O sol teimava em adormecer

Uma vermelhidão invadia o céu

As nuvens acordaram

Baloiçaram

Voaram

Fazendo belas construções Celestes

Uns farrapos de ilusão

Imagens que aparentavam um coração

Chorei

Olhei

Continuei a olhar

Parecia ganhar asas

Perdi uma sem querer

Talvez por me sentir crescer

Vi o céu da minha casa

A casa nunca foi minha

O céu nunca foi meu

Hoje pergunto porquê?

Porque aquele era o céu da casa dele

Esse sim era o céu de uma casa

Que mesmo sem uma asa

Nunca se perdeu…

28/08/2011




4 comentários:

  1. Bem...amiga, palavras para quê? Nem me atrevo a comentar. Só que gosto imenso do que escreves e de como escreves...Quanto ao resto, já sabes...Grande abraço minha amiga. E mais, vejo-me aflita para conseguir publicar os comentários, nem sempre consigo, e por isso também, não tenho feito mais comentários.

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  2. Mais uma vez obrigada pelas tuas palavras amigas.
    Mesmo que não consigas comentar não faz mal. Na verdade tu vives no mundo das palavras, das frases, dos textos, mais sentidos que já li. Sou tua fã... Por isso... Podes achar-me exagerada, que não me importo nada. O que dirá a pessoa a quem dedico este pequeno texto... Já imaginaste? Por isso estou à vontade... Ainda para mais, tu que és uma Dj fabulosa e que também escreves... Já viste tenho amigas tão parecidas... Todas as minhas amigas são especiais.
    Obrigada...
    Um grande abraço

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  3. Não respondo porque quanto mais falo, mais me enterro...lol...

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  4. Nunca, jamais... Fala sempre... Antes pelo contrário.
    Como podes dizer isso? Como?
    Se escreves como escreves...
    Amiga... As palavras devem ser usadas... Mesmo quantas vezes temos que nos enterrar para nos desenterrar e voltarmos a renascer...
    Podes enterrar-te porque caso não consigas sair, faço uma corda de palavras, dou uns nós ou melhor ligo-as por uns traços, e trago-te para cima... E depois voas tanto, tanto, como sempre voas e voltas na maior leveza, na maior inspiração, ou melhor, aquela que já tens e que já és...
    LOL LOL LOL

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