Ai! que bom! Regressei com uma suavidade.
Ontem senti-me tão esquisita
Como se sentisse um medo profundo de andar por aqui
Não é assim tão simples vivenciar e sentir
Tanta transformação
Tanta turbulência
Tanta incerteza...
Ora que mais dá
Não controlo nada
Por mais que assim o ache
Hoje sei que nada muda
Nada se transforma só porque eu quero...
Ora estou mais tranquila
Mais segura
Porque me seguro a ti
Os pés temem caminhar
As mãos temem mexer-se
Tudo se teme e treme dentro do meu coração
Às vezes sinto-o gelado
E parece que tenho vontade do guardar assim
Porque se ausenta toda a emoção
Não se ausenta definitivamente
Bloqueia-se por uns tempos
E quando volta a descongelar lá está a emoção
Porque não tenho poder para nada
O poder que julgava possuir teima sempre em me destruir e arrasar
O que de mais puro reconheço existir no meu ser.
Ai Deus
Ai ...
Sabes tenho que falar mais contigo
Porque parece que me trazes o reconhecimento de casa
Queres e falas comigo
Mas agora tapo os ouvidos
Com medo de nada merecer...
Ego e mais ego...
Será que sou assim tão importante para não merecer...
Vitimizo-me centrando e tornando-me o centro...
Baralhada
Mas segura de tudo o que me dizes e trazes
Que loucura!
Dizer-te isto...
Antigamente auto punia-me
Achava que atingia assim a luz
Ou melhor que realçava a minha luz...
Mais mecanismos e mecanismos
Sempre inventei mecânicas de fuga...
Desde pequenina era perita nesses arranjos superfulos....
Ai ai ai...
Quando é que ganharei juízo?
Nunca...
A minha essência é a maior das loucuras...
Mais me vale brincar com ela e senti-la.
Chegou a hora de recomeçar de novo...
A tanto...
Universo infantil e básico...
Que tudo trazes e tudo dás...
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