quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Não quero...



Estava aqui sentada a pensar: - Que saudades me veem hoje dos tempos passados...
Nasce uma nostalgia rara, que se apodera de mim. Nestas alturas não sei se estou deprimida ou se é mesmo assim que a saudade se manifesta dentro de mim.
Agarro ao canto do olho lágrimas fugidias e reparo que hoje se choro do passado, é porque sinto um vazio desses tempos. Tinha amizades, tinha loucuras que nunca ficaram perdidas, apenas as recalquei. Porque se cresce e tem-se uma postura completamente diferente, mais séria, mais cuidada, mais menos eu.
Não estou feliz, não estou. Hoje sinto-me muito triste, estranha, pálida e sem forças para ir.
Se me perguntassem porquê? responderia prontamente: Não sei! Não sei mesmo...
Perdi-te porque optei por isso. Eras o homem da minha vida, eras mas quis que partisses... Sabia que nunca iria ser feliz assim. Hoje não sei se sou feliz, mas continuo aqui estacionada no tempo, recordando o que o passado me poderia ter dado.
Tive ofertas de vidas que julgaria fabulosas e deixei ir. Intuições que me surgiam e me deixavam à deriva...
Sempre fui... Fui embora e quando voltei estive em amargura plena e sem sofrimento.
Se algum dia eu compreender o que de facto se apresenta dentro de mim, vou dar-me por muito feliz.
Tenho encontrado labirintos tão bonitos com saídas tão fáceis e nunca me sinto pronta para entrar. Não quero ir... Tenho um não quero muito forte, muitas vezes ajudou-me tanto, tanto, tanto... Que se hoje estou aqui é porque sempre respeitei esses pensamentos, pressentimentos, ou sei lá como chamar.
Sempre me disseram que faz bem estar triste, é como se aliviasse e voltasse a encaixar em mim.
Esta é a parte que não quero encaixar...
Reparo que escrevo ultimamente não quero, muitas vezes.
Sei que não mando nada, mas depois de tantas certezas e incertezas continuo igual, a achar. Acho de mais, e acabo por perder. Aliás se nunca acho nunca perco.
Bem vou-me embora. Acho que é melhor mesmo. Não quero permanecer neste conflito sem remédio...
Vou trabalhar, vou trabalhar-me e já volto.





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