segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As lágrimas de um Tejo...




Sinto uma alegria interior., como nunca senti até hoje. Estranho ou melhor diferente de todas as emoções que senti na minha vida. A qualquer verso, a qualquer musica, sinto um despojar de sensações e sinto uma vontade de chorar. Além de sentir vontade, choro mesmo. Faço um esforço para controlar mas não funciona. Estas férias sofri transformações inexplicáveis, transformações interiores profundas e ainda não as entendo e nem sei se algum dia as entenderei. Só sei que sinto.
Estou a escrever e tenho os olhos alagados de água salgada, como se estivesse a navegar e devo estar mesmo.
O meu coração quer desprender-se e eu aperto-o violentamente e não resulta. Suspiro e o peito desprende-se e sente a profundeza da emoção. Estou um pouco aflita, porque me faltam palavras para explicar sentimentos tão reais. Procurei textos de outros escritores e não encontrei. Esses textos deviam transmitir o que eu não consigo, mas não encontrei, devem ter sentido o mesmo que eu. Talvez exista um fado, mas não me lembro de nenhum que fale de uma dor alegre, que se manifesta num nevoeiro inesperado, que transparece a clareza e a leveza de se amar e respeitar o mais profundo do céu.
Aos poucos soletro vocábulos que se unem (como aqueles desenhos de números que se unem e forma-se um boneco), uma amiga falou-me nisso como exemplo, e agora estou a ver e a sentir. Tudo encaixa, porque é ditado e não está a ser manipulado pela força da razão.
As lágrimas fervem de dentro de mim, saltam em pulos loucos de emoção, e vão cair num pequeno recanto de mim. Estou a contemplá-las para sentir a sua beleza e não as censurar e secar rápido, para ninguém ver.
Quero continuar aqui a esgotá-las e a amá-las, como os navegadores amam as suas caravelas. Porque se não fosse o leito do Tejo e a harmonia de um barco, não estaria aqui como estou. Sensível e feliz...
A chorar...



Realmente às vezes procuramos e não encontramos, e um amigo que só pode ser especial, relembra-nos que existe uma cena como esta, bela, calma, profunda que expressa a beleza de um grande momento, um saco que baila, só, reportando em simultâneo um rol de emoções. Deixo aqui esse momento. Pois os vídeos servem-nos para relembrar momentos reais, vividos em tempos reais, já fora do tempo...
Aqui Fica:



E finalmente quando se desfaz um nó, aparecem sinais de desprendimento e emoção... Yesssssssssssssss
Encontrei a musica que expressa tanto do meu sentimento...



4 comentários:

  1. A cena do saco de plastico do filme que te ofereci :-)
    http://www.youtube.com/watch?v=Qssvnjj5Moo

    :-)

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  2. Ele diz:
    "Sometimes There's so much beauty in the world
    that I felt I can take it
    and my heart seams is gonna give in"

    E, num alegria extrema
    ele
    chora

    :-)

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    Respostas
    1. Obrigada Amigo, como sempre uma partilha com arte, amor, calor e tanta emoção. Quando me ofereceste o filme senti uma grande alegria, agora ainda sinto uma alegria maior, e nem sei explicar a razão. Sei que a razão não interessa... Só sei que realmente era simples para ti, complicado para mim, encontrar um texto, filme, fosse o que fosse, que transparecesse esta emoção... São estas partilhas que nos fazer crescer e não estagnar agarrados a um conhecimento sem partilha.
      Partilhar é um sentimento dos mais bonitos do Mundo... Falo do Mundo interior... Essa sim é a verdadeira partilha.
      Bjinhos
      ;)

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  3. Mesmo quando não nos vemos, mesmo quando não falamos, sabemos que estamos cá. Não há espaço nem tempo. Tudo é simples. Tudo é nada. Nada é Tudo. Simples, tão simples :-)
    Beijinhos
    :-)

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