Fui de férias e estou de regresso...
Foi tão bom voltar às origens! Desta vez resolvi ir e sentir o que é ser Albicastrense... Ser o que sou...
Não nasci naquele local por acaso... Não pode ser. Somos influenciados pelo universo que se encarrega de nos orientar... A sua oferta é sempre generosa. Aceito-a...
Estou no autocarro a escrever e a reflectir sobre tanto...
Fui feliz e infeliz ali... Fui o que fui... Porque carregava esse peso? Porque fingia que não gostava? Para ser forte, mas não sou. Verdade, não sou mesmo... Sou frágil...
Hoje senti desprenderem-se lagrimas enquanto partia. Fez-me relembrar à 25 anos atrás. Era assim, vinha, passava o fim de semana e regressava a Lisboa, para a universidade, para o trabalho, para a vida... Para a via.
A sensação de chegar à terra Natal é incrível... Sente-se o cheiro, o ar, a vida, o céu... Abre-se o coração e subimos... Eu pelo menos subi...
Cheira a Castelo Branco... Abre-se o vidro do carro... Põe-se a mão de fora e sente-se... E verbaliza-se: Já chegámos...
Respira-se fundo. O coração bate tranquilamente... Agora já posso ir...
Como se fosse um desejo...
Um ritual...
Não choro por Lisboa... Reparo nisso agora mesmo! Mas choro por ti...
Algo acontece intrinsecamente...
És a Lurdes jóia? Sou...
Sou a tua amiga que foi para a Holanda à 29 anos...
Amália, és tu...
A vida foi dura, mas nunca a teria voltado a encontrar, se não regressasse à rua onde vivi...
A minha terra está linda... Sempre foi linda... É linda...
Tenho lá a minha família... Tenho lá as origens... Um dia Hei-de voltar... Vou voltar...
Sou de lá... Não sou de Lisboa, eu achava que era... Não sou...
Sempre que acho que sou de algum sítio, nunca sou...
Daqui a 1hora, chego a Lisboa...
Depois Alcabideche...
Vivo lá...
Só...
Gosto muito...
Mas sou de Castelo Branco...
Sou feliz por ser daqui.
Sou feliz por estar aqui...
Sou feliz!
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