segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Júlio Pereira... o meu vizinho...

Hoje acordei com a minha costela tradicional portuguesa a dar guinadas
Daquelas guinadas chatas que vão incomodando com a mudança do tempo
Realmente estamos noutro tempo
Que também me trás muita sabedoria
Esta nostalgia de hoje trouxe-me lembranças
Sou de Castelo Branco
Morava num andar muito grande e tinha como vizinhos
A família Pereira
Ora o Sr. Júlio Pereira meu vizinho tocava acordeão
Era o padrinho e tio do artista Júlio Pereira do cavaquinho
Acordava de manha com uma toada lindíssima
Imaginava-o a tocar
Aquele articular dos dedos
Com tanta destreza e sabedoria
Mal eu imaginava que destreza e sabedoria eram as palavras que mais usaria hoje em dia
E que tento transmitir aos alunos que passam na minha vida
Eram tão lindas aquelas toadas
Populares mas tão belas
O Sr Júlio devido à sua idade faleceu
Ainda eu estava a estudar em Lisboa
A sua esposa a D. Firmina ainda está viva
Já não mora na casa mas está num lar
Porque não tinham filhos
Acho que só sobrinhos
Os meus pais foram forçados a vender a casa...
Mas ainda estas férias senti a musica entoar no meu coração...
A D. Firmina tinha três nomes próprios
Foi registada em três lados com nomes diferentes:
Carminda
Franscisca
Firmina
Nunca vou esquecer a musica do Sr Júlio
E deixo aqui a musica do sobrinho
Júlio Pereira também...
Como manda a tradição...
Espero que estas guinadas de costela portuguesa abrandem...
Porque já me falha a memória...


A canção da meia praia, tem uma historia muito importante na minha vida, foi lá que conheci um dos grandes amores da minha vida, se assim posso denominar, não quero regressar a esses tempos, porque não me apetece...




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