quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quando um dia fechar os olhos...





Às vezes quando o desespero se apoderava de mim
Quando a esperança desaparecia
Sumia-se por tanto duvidar
Por tanto desejar partir...
Pensava que a verdade era a partida
Partir com sinais de outros tempos
Outras eras que nem sequer conhecia
Só sei que sofria por vitimização...
Imaginava o céu perfeito
Mas não para mim...
Tentava imaginar um céu de outra cor
Para aquelas que como eu não se enquadravam em nada
Em nada mesmo...
Sonhava acordada pensando no reencontro
Com almas fabulosas de saber
Experiências vivenciadas por motivos idênticos
Era essa semelhança que me chamava e arrastava para o abismo da incerteza...
O incerto talvez fosse a liberdade
Fosse o meu lugar
A minha felicidade...
Acordar todos os dias de manhã quando dormia
Isso acontecia raramente...
E pensar:
- Quem me vem visitar ou acompanhar para comunicar comigo?
Partilharmos momentos de céu
Ou de loucura?
Mas ao menos que a identifiquem
Que me aceitem tal e qual sou
Estou num momento de perfeita solidão...
Vou encontrar uma alma gémea que me estenda a mão e me arraste para a vida...
Precisamos de incentivos em certos momentos caóticos...
Só não percebia que estavam dentro de mim...
Passava dias e noites a chorar às escondidas
Pensando que era filha do nada...
Acreditando na tua existência...
Até hoje...
E quando um dia fechar os olhos para sempre
Vou agradecer-te tê-los abertos para ti...


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