segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fado eternamente Severizado...



O fado foi meu cantar
Quando te amei mais que nunca
Mais do que ninguém
Nasci fora do fado
Mas sinto-me dentro dele
Como se me fosse amputada uma parte de mim...
Quando não o oiço
Percorro as ruas de Lisboa
Imagino aquelas ruelas cheias de pranto e dor
Entoadas por vozes puras
Tradicionais
Cheias de Pureza e saudade
Desde muito nova que me sentia em casa
Quando ouvia aqueles fados entoados pela Amália
Não sei se gosto assim tanto da Amália
Só sei que o entoado
Me trás à vida...
Nunca sei bem do que gosto
Porque amo demasiado o pranto português
As lágrimas dos pescadores
Os triunfos desejados dos navegadores
As ruínas que ficaram fossilizadas dentro de  mim...
Ando em busca de vozes doces
Que me relembrem quem eu fui...
Noutra era...
Noutras Severas por tabernas fechadas pelo tempo
Gritos de mágoa por não te poder trazer dentro de mim...
A sede de um copo de amargura...
Somos um povo de mar...
Para o mar...
Na ceifa mareante de azul...


Próximo vídeo, Maria Severa...
Foi assim a ouvir este fado, nas ruelas de Lisboa que mais o apreciei. estávamos em 1987, ouvia-o muitas vezes na voz do Nuno da Câmara pereira, essa versão não consegui encontrá-la. Deixo aqui esta...
Tenho saudades daquelas caminhadas na mouraria, onde cada pedra parecia entoar uma canção de Amor...
Também o ouvi vezes sem conta no Bairro Alto, mas não é igual, não é mesmo...

VALEU A PENA...



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