segunda-feira, 25 de julho de 2011

Em branco...

O que procuras?

O desespero apodera-se do teu ser

Fraco, cansado pela ansiedade que te criaram

As lágrimas secaram numa fonte de saber e conhecimento

Deixaram um toque suave no caminho que percorreram

Nunca chegaram a crescer...

És a fortaleza que te mascaram

És a fragilidade

A sensibilidade que jamais conseguiram destruir

Busca a profundeza do teu ser

Escava!

Mergulha nas trevas que já conheces

Não tenhas medo...

O medo não existe...

O medo foi criado por ti

Não o podes alimentar...

Aos poucos ele transforma-se ou morre.

Depois de escavares na lama negra que te fizeram acreditar que existe dentro de ti

Rastejares sem força para te ergueres

De teres mascarado o teu ser

De não saberes nada

Achares que sabes tudo!

Chegou a hora de te entregares...

Sente o corpo flutuar

Sente a mente integrar a leveza

O azul do céu

O verde da natureza

O calor do sol

A beleza que te criou

Entrega-te a essa força criadora

Deixa-te envolver

O teu coração anseia por isso

O teu coração tem amor incondicional

O resto não é teu, não és tu...

Preciso da tua luz

Da tua força

Preciso de ti

O que velava não pode ser meu

Não me pertence

Quem te trouxe para dentro de mim?

Que sinais recebi...

Que foi que fiz?

Vivo a sombra da minha essência,

Fujo constantemente de mim...

Porquê?

A vida é uma harmonia de sons

De saberes ancestrais e de amor

O fogo que arde dentro de ti não queima

Não magoa

Ajuda-te a expandir e a seres feliz

A sentires o êxtase...

Agora abre os braços

Entrega-te ao mundo...

Atira-te...

Chora, chora de pureza e libertação...

Porque já não procuras!!!

O que procuravas? Eras tu!

Tu és uma parte do universal...

Uma partícula do mundo

Uma pequena pétala do amor que nos une...

Uma alma sem limites...

Uma subida para ali...

Onde as pérolas brilham...

Esse é o fim...

E nasces...

Cresces...

Sonhas e voltas para aqui...

Para ao pé de mim...

No pulsar que nos une...

Num verbo que nunca foi pronunciado...

Não é preciso.

Tem que ser sentido...

No teu coração.

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