Ontem relembrei o quanto estava diferente. O quanto achava há muitos anos atrás, que tinha feito uma mudança incrível. Sempre centrada no passado, a fazer julgamentos, a tentar massacrar-me por não ter sido diferente, como a auto-castigar-me, sempre com pensamentos obsessivos, sempre em plena tristeza, mas restritiva. Como sempre o fui, apesar de internamente sentir, a presença de uma força de vontade tão forte que sempre me trouxe para junto de ti. Que bom ter-te ou melhor sentir-te, imaginar-te e não te ver.
Sempre sozinha, sempre a mudar, a trocar, a chorar às escondidas, a viver num grande sofrimento, a tentar desbloquear emoções recalcadas, vivenciadas noutras vidas, a transportar memórias e a alimentá-las, tudo com medo da solidão. Até achava que tinha perdido um irmão, achei tudo, para me vitimizar, para não aceitar que a minha fragilização, tinha que existir, tinha que a sentir. Esse irmão ajudou-me e libertou-me para poder ser eu, viver a minha própria essência, ou melhor descobri-la. Com a ajuda lá de cima, cá de baixo, com ajuda desbravou-se um caminhou e escavei no mais profundo de mim. No início retirei camadas densas, de uma sujidade perfeita, para não aceder ao melhor que existe em mim. Quando comecei a escavar, senti, um pontinho de luz, um pontinho de amor, a cair em mim, a apoderar-se de mim. Tantos complexos de inferioridade, tantas incertezas, tantas. Julguei jamais ser capaz de ser humana, sensível. Hoje o meu peito dói-me tanto, está prestes a abrir-se, prestes a entregar-se ao brilho da vida, ao que nunca imaginei, porque sei que a vida que escolhi até há bem pouco tempo, não me deixaria ser. Sinto-me muito mais leve, mas ainda tenho restos bastante enraizados do passado. Não se acaba com o passado de um momento para o outro. Sei que preciso prescindir daquela energia densa e escolher um caminho de luz. Sei, sei mas não é fácil. A sensação parece ser criada de dependências, que se ressacam e voltam com dor, sofrimento. A ajuda para a libertação é muito difícil, mas faz-se, se a nossa escolha for essa. O nosso livre arbítrio…
A vibrar pelo céu, um povo lindo, o povo a que pertenço, que me comprometi, a visitar de novo, várias vezes, e poder com uma pequena acção, mudar a energia do universo, por muito pouco que seja.
Venho com uma missão, sei qual é, estou prestes a pô-la em prática e não vou desistir. Por mais que me custe, tenho tanto medo, sei que tenho mesmo muito medo, mas vou. O medo limita tanto… Se vejo, sinto, e sei qual é a missão, preciso de ajuda para caminhar, ir ao encontro da minha missão combinada lá em cima na nuvem.
Se a nuvem vem e vai e me puxa e me trás, chegou a hora.
De uma coisa tenho a certeza… Vou ser capaz… (sim vejo, sinto, e agora…Vou…)
04/07/2011
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