segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sonhar é um gasto da mente sem fim

Sim

Um sonho de amor

Um sonho de ilusão

Um grito que reflecte um sorriso

Uma lágrima que trás um rasto de dor

Um viver sem esperança

Sem querer sofrer tudo isto nada me diz

É utópico

É absurdo

Querer encarar a realidade e fugir dela

Ter uma vida sem viver

É um sol que um dia se envergonhou de mostrar o seu brilho

O seu sorrir

Quando a noite se transforma em solidão

Chego a pensar que vou morrer

Sinto um rasto de perseguição

Que me ignora

Que me faz correr no sem fim do tempo

Ás vezes a noite é um abismo de sonhos

Que se tornam pesadelos

Que vão afectar a mente

Esta que deixou de pensar

Para dar ouvidos àquilo que não se vê

Uma sombra que ri calada

Que quase não diz nada

Mas fala do temor do vento

No temor do medo

Ás vezes uma traição do rir

Influencia o sofrer

Que faz de mim um ser

Que apenas existe

Nos cúmulos do fim.


21 de Maio 1984

15h 58m

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