segunda-feira, 25 de julho de 2011

Procuro-te

Onde moras?

Há quanto tempo te perdi

Ando por aí Procuro o teu paradeiro

Banho-me nas águas profundas da imaginação

Trepo barreiras de sofrimento

Escalo montanhas que nunca conheci

Não te encontro…

Choro lágrimas de despedida

Partiste sem aviso prévio

Meu coração é a própria solidão

Que procuro

Lua cheia de mágoa

Nem tu me acompanhas

Para que o alvo perdido

Se torne na seta do achado

É um vazio que sinto

Que tento preencher

Com sonhos de loucura

Para a minha dor entreter

Onde estás?

Escondida ou não

Aparece no meu espírito

Deixa a tua marca

Crava-te novamente

Neste pobre coração

Sim! É a ti que procuro!

Desde o dia que partiste

Deixaste-me a sofrer

Todo o meu ser vive triste

Onde estás inspiração?

É a ti que quero encontrar

Diz-me onde moras?

Para eu poder entrar.

Lisboa, 23 Janeiro de 1997

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