Onde moras?
Há quanto tempo te perdi
Ando por aí Procuro o teu paradeiro
Banho-me nas águas profundas da imaginação
Trepo barreiras de sofrimento
Escalo montanhas que nunca conheci
Não te encontro…
Choro lágrimas de despedida
Partiste sem aviso prévio
Meu coração é a própria solidão
Que procuro
Lua cheia de mágoa
Nem tu me acompanhas
Para que o alvo perdido
Se torne na seta do achado
É um vazio que sinto
Que tento preencher
Com sonhos de loucura
Para a minha dor entreter
Onde estás?
Escondida ou não
Aparece no meu espírito
Deixa a tua marca
Crava-te novamente
Neste pobre coração
Sim! É a ti que procuro!
Desde o dia que partiste
Deixaste-me a sofrer
Todo o meu ser vive triste
Onde estás inspiração?
É a ti que quero encontrar
Diz-me onde moras?
Para eu poder entrar.
Lisboa, 23 Janeiro de 1997
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