segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pequeno apontamento



Como num diário vou deixando aqui palavras soltas, unidas pela emoção que lhes dedico.

Sinto tanta felicidade dentro de mim, mesmo muita…

Imensa que nem sei como aproveitá-la.

E porque tenho de aproveitar? Devo deixá-la fluir, elevá-la ao mais alto de mim, até que essa alegria se transforme na luz, que toda a minha vida procurei.

Tanta intenção na procura, tanta que quando a tinha perto, na ânsia da encontrar nem a vi.

Nem reparei que morava dentro de mim.

Achava que a violência me dominava, me protegia, me escudava da fragilidade que todos estes anos escondi.

As trevas eram o meu quarto escuro, onde sentada num canto, me perdia e julgava.

As lágrimas que se soltavam eram nesse escuro para eu própria não as ver, não as sentir.

Uma vida inteira de fuga, uma vida inteira de sofrimento …

Sempre o julgamento! Se não fosse o julgamento teria chegado até aqui?

Também não sei … Não prevejo o futuro …

Tudo é caminho, tudo é percurso…

Tudo me deixou insatisfeita, tudo me deu incerteza … Corri várias vezes por ruas desconhecidas na esperança de me encontrar ou de me perder para sempre…

Tentativas vãs…

Uma vida inteira nisto …

Uma vida inteira!

Um dia acordei e despertei para o mundo!

Contemplei o azul do céu, senti o calor do Sol e o brilho do luar…

Desde esse dia resolvi publicar pequenos retalhos de uma vida …

O lado de lá e o lado de cá …

O todo que completa o ser.

O lado de cá passou para lá e vice-versa…

Quem diria?

Esvaziar para voltar a encher de novo …

E de novo esvaziar para poder caber mais um pedaço de mim…

04/04/2011

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