Como num diário vou deixando aqui palavras soltas, unidas pela emoção que lhes dedico.
Sinto tanta felicidade dentro de mim, mesmo muita…
Imensa que nem sei como aproveitá-la.
E porque tenho de aproveitar? Devo deixá-la fluir, elevá-la ao mais alto de mim, até que essa alegria se transforme na luz, que toda a minha vida procurei.
Tanta intenção na procura, tanta que quando a tinha perto, na ânsia da encontrar nem a vi.
Nem reparei que morava dentro de mim.
Achava que a violência me dominava, me protegia, me escudava da fragilidade que todos estes anos escondi.
As trevas eram o meu quarto escuro, onde sentada num canto, me perdia e julgava.
As lágrimas que se soltavam eram nesse escuro para eu própria não as ver, não as sentir.
Uma vida inteira de fuga, uma vida inteira de sofrimento …
Sempre o julgamento! Se não fosse o julgamento teria chegado até aqui?
Também não sei … Não prevejo o futuro …
Tudo é caminho, tudo é percurso…
Tudo me deixou insatisfeita, tudo me deu incerteza … Corri várias vezes por ruas desconhecidas na esperança de me encontrar ou de me perder para sempre…
Tentativas vãs…
Uma vida inteira nisto …
Uma vida inteira!
Um dia acordei e despertei para o mundo!
Contemplei o azul do céu, senti o calor do Sol e o brilho do luar…
Desde esse dia resolvi publicar pequenos retalhos de uma vida …
O lado de lá e o lado de cá …
O todo que completa o ser.
O lado de cá passou para lá e vice-versa…
Quem diria?
Esvaziar para voltar a encher de novo …
E de novo esvaziar para poder caber mais um pedaço de mim…
04/04/2011
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